Quem foi Anne Frank: os 5 fatos que você não conhecia

Após sua morte, o diário no qual Anne Frank escrevia sobre a vida no local onde se escondia dos nazistas foi publicado como livro e se tornou uma das obras mais conhecidas sobre a perseguição aos judeus na segunda Guerra.

Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 9 de jun. de 2023, 09:43 BRT

Anne Frank, maio de 1942: Foto antiga restaurada em alta definição.

Foto de Gregorj Cocco

Annelies Marie Frank, mais conhecida pelo nome de Anne Frank, foi uma menina judia vítima do Holocausto. Ela nasceu em Frankfurt, na Alemanha, em 12 de junho de 1929. Durante seus primeiros cinco anos, viveu com os pais, Otto e Edith Frank, e a irmã mais velha, Margot, em sua cidade natal.

No entanto, com a ascensão dos nazistas ao poder em seu país, a família Frank fugiu para Amsterdã, nos Países Baixos, onde Otto tinha contatos comerciais, como conta o Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos (USHMM, na sigla em inglês).

A jovem se tornou conhecida pela história de seu diário, onde ela narrou sua experiência e a da família no "anexo secreto" – um esconderijo atrás dos escritórios comerciais onde Otto Frank trabalhava e que se tornou o local escolhido para os Frank se ocultarem da perseguição nazista.

À medida que se aproxima o aniversário de 94 anos do nascimento de Anne Frank, a National Geographic reuniu alguns dados importantes sobre a jovem escritora e o marcante relato que deixou em seu diário pessoal.

Traição ou acaso? Como os nazistas encontraram Anne Frank

No chamado anexo secreto, os Franks compartilhavam o espaço com outras pessoas: Hermann, Auguste e Peter van Pels, e Fritz Pfeffer. Todos eles foram presos em 4 de agosto de 1944, após dois anos de esconderijo, quando foram encontrados pelas Schutzstaffel (SS), guarda especial do Partido Nazista alemão, e pela polícia secreta alemã.

De acordo com o Museu do Holocausto, várias teorias foram levantadas sobre a prisão da família de Anne e do grupo de judeus que os acompanhavam . Por muito tempo, acreditou-se que as autoridades agiram com base em uma denúncia anônima. No entanto, uma teoria mais recente sugere que os alemães descobriram o esconderijo por acaso durante uma investigação na casa ligada a relatos de trabalho ilegal e fraudes com cupons de racionamento, como informa a instituição. 

(Relacionado: Primeiro transporte oficial de judeus para Auschwitz levou 999 jovens mulheres)

Anne sonhava em publicar seu diário

O diário de Anne Frank foi fundamental para que pessoas ao redor do mundo conhecessem a história dessa jovem e, com ela, a de outras vítimas do Holocausto. Anne começou a escrevê-lo em 1942, quando completou 13 anos de idade. Nele, expressava suas experiências,  medos e esperanças.

Em 28 de março de 1944, ela ouviu uma transmissão de rádio do governo holandês pedindo à comunidade que escrevesse diários, cartas e artigos capazes de documentar a vida sob a ocupação alemã. Motivada pelo anúncio, Anne começou a revisar seu diário com a esperança de publicá-lo após a guerra, com o título “O Anexo Secreto”, conta o museu norte-americano. 

Assim, de 20 de maio de 1944 até sua prisão – em 4 de agosto daquele mesmo ano –, ela transferiu quase dois terços de seu diário dos cadernos originais para páginas soltas e fez várias modificações durante esse processo.

Quem preservou o diário de Anne Frank

Segundo o museu, após sua libertação, Otto Frank descreveu que, durante o dia da prisão, um membro das SS pegou uma pasta, jogou os papéis de Anne no chão e a encheu com objetos de valor. "Se ele tivesse levado o diário, ninguém jamais teria ouvido falar da minha filha", lembrou ele na época.

Após a prisão, Miep Gies, uma das cidadãs holandesas que esconderam os Franks durante o Holocausto, preservou o diário e outros escritos e os entregou a Otto posteriormente. Ele se encarregou de organizá-los e trabalhou para que o diário fosse divulgado. A primeira versão foi publicada em holandês no ano de 1947.

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Anne Frank escreveu mais do que um diário

Segundo o Museu do Holocausto, Anne desejava ser escritora ou jornalista. Por isso, durante o tempo em que esteve escondida, ela escreveu contos curtos, contos de fadas e ensaios, os quais compilou cuidadosamente em um caderno. Ela criou um índice para que parecesse um livro e o intitulou como "Contos e Eventos do Anexo".

Quando Anne Frank morreu

Estima-se que Anne Frank tenha morrido de tifo (nome genérico de várias doenças infectocontagiosas causadas por certo tipo de bactérias) aos 15 anos de idade, afirma o Museu do Holocausto. 

Sugere-se que a data exata de sua morte seja entre fevereiro e março de 1945, pouco antes das tropas britânicas libertarem o campo de concentração de Bergen-Belsen,  na Alemanha, onde ela era mantida prisioneira. A libertação do campo ocorreu em 15 de abril daquele ano.

A irmã de Anne, Margot, de 19 anos, teve o mesmo destino, enquanto sua mãe, Edith, faleceu em Auschwitz no início de janeiro de 1945. Apenas Otto sobreviveu à guerra: ele foi libertado em 27 de janeiro de 1945 e desempenhou um papel fundamental na publicação do diário de sua filha.

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