Qual é a origem da fantasia de carnaval?

Ainda que existam celebrações carnavalescas espalhadas por diferentes lugares do mundo, todas elas têm um elemento em comum: o uso de fantasias de carnaval para aproveitar a festa.

Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 1 de fev. de 2024, 15:00 BRT
A escola de samba Paraíso do Tuiuti desfila enredo sobre os búfalos da Ilha de Marajó ...

A escola de samba Paraíso do Tuiuti desfila enredo sobre os búfalos da Ilha de Marajó no Sambódromo da Marquês de Sapucaí. 

Foto de Fernando Frazão Agência Brasil

origem do carnaval como sendo uma festa popular típica, na qual as pessoas celebram e dançam disfarçadas pelas ruas, acontece em muitos países do mundo, como explica a Encyclopedia Britannica (plataforma de conhecimento e ensino alocada no Reino Unido), e remonta a comemorações bastante antigas

Ainda de acordo com a Britannicao carnaval teria nascido de um emaranhado de costumes do antigo Império Romano após este se tornar cristão. Ele se espalhou pelo Ocidente com o passar do tempo, sendo celebrado ainda hoje em lugares como Itália, Espanha, Portugal, França e Alemanha, além de países da América Latina como Argentina, Colômbia e Brasil. Este último, por sua vez, se consagrou como o destino sinônimo de carnaval no mundo no por causa de sua magnitudeimportância diversidade cultural dentro do país. 

Mas ainda que exista em diversos lugares do globo com características locais, algo não mudou no carnaval praticamente desde o seu surgimento é o uso de fantasias para celebrá-lo.

Uma mulher com fantasia de carnaval posa em uma das passarelas ao longo do canal de Veneza, na Itália, na época dos bailes de máscaras na cidade.

Foto de Dave Yoder

Por que se usa fantasia no carnaval? 

Um artigo da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), agência oficial do governo federal brasileiro para comunicação, explica que diversos povos antigos utilizavam máscaras e fantasias em seus rituais religiosos e festas. O costume de vestir disfarces esteve presente tanto na Grécia Antiga como também na Roma Antiga.

Na Roma Antiga, por exemplo, acontecia a chamada Lupercalia, um festival realizado anualmente em 15 de fevereiro sob a supervisão de um grupo de sacerdotes chamados Luperci, explica a Britannica. Suas origens são obscuras e, por ser uma festividade que incluía o sacrifício de animais, ela foi mais tarde proibida pelo Papa Gelásio I em 494 d.C., conta a enciclopédia.

Durante a Lupercália, no entanto, eram usadas peças de roupa feitas das peles dos animais mortos como uma espécie de “fantasia” que garantia a fertilidade para as mulheres que fossem golpeadas por essas peças. Sua data desta celebração coincide com a do carnaval moderno, mas ela já havia sido repaginada pela Igreja Católica após sua proibição, continua a Britannica. “A tradição afirma que o Papa Gelásio I se apropriou da forma do rito como a Festa da Purificação (Candelária), celebrada em 2 de fevereiro”, diz a plataforma. 

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    A escola de samba Imperatriz Leopoldinense, campeã do Grupo Especial com enredo sobre Lampião, faz o Desfile das Campeãs no Sambódromo da Marquês de Sapucaí.

    Foto de Fernando Frazão Agência Brasil

    O costume de usar máscaras e fantasias era visto em festejos de carnaval também na Idade Média, como nos bailes de máscaras da cidade de Veneza, na Itália, que mexia com as hierarquias sociais, misturando em um mesmo espaço ricos e pobres. Quando mascarados e fantasiados, nobres e plebeus não podiam ser reconhecidos, e os reis (entre outras lideranças) podiam ser satirizados, conta a Britannica.  

    As celebrações de carnaval (e por consequência, o uso de fantasias) chegaram ao “novo continente” trazidas por portugueses e espanhóis durante a invasão europeia às Américas, como informa um artigo sobre “A origem do Carnaval” publicado no site da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. 

    No Brasil, passaram a ser mais populares a partir do século 18, quando também sofreram influência cultural vinda da África por causa das pessoas escravizadas que foram trazidas ao continente, como informa o artigo da universidade.  

    Ao longo da história, o Carnaval desempenhou “um papel importante no desenvolvimento do teatro popular, da música vernacular e das danças folclóricas”, informa a Britannica, o que garantiu também a sua longevidade.

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