
Bicicletas usadas na Segunda Guerra Mundial e mais: saiba 4 curiosidades surpreendentes sobre as bikes
Tropas britânicas da 3ª Divisão, com alguns combatentes de bicicletas, se deslocam para o interior de Sword Beach, na Normandia, em 6 de junho de 1944.
“A bicicleta é o meio mais eficiente já criado para converter a energia humana em mobilidade”. A frase presente na Encyclopedia Britannica (plataforma de conhecimentos gerais do Reino Unido), explica bem a importância dessa invenção, que tem um dia dedicado exclusivamente a ela. O Dia Mundial da Bicicleta, celebrado anualmente em 3 de junho, foi criado pela Assembleia Geral da ONU em 2018.
Ainda segundo a Organização das Nações Unidas, “a sinergia entre a bicicleta e o usuário cria uma conscientização imediata sobre o meio ambiente”, o que faz dela um símbolo dos transportes sustentáveis já que não polui a atmosfera.
Mas para além da importância ecológica da bike, ela também ajuda a manter um estilo de vida mais saudável e guarda diversas curiosidades desde a sua criação. A seguir, confira quatro fatos sobre a bicicleta, alguns deles bastante surpreendentes.
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A “Draisina”, a bicicleta criada pelo alemão Karl Drais em 1817 está exposta no Deutsches Zweirad-und NSU-Museum, na cidade de Neckarsulm, na Alemanha, que é conhecido por sua coleção de motocicletas e bicicletas histórica.
1. O primeiro modelo de bicicleta criado tinha nome: Draisina
Criado em 1817, o primeiro protótipo de bicicleta foi feito pelo alemão Karl Drais. Tratava-se de um veículo de duas rodas movido com a força humana e que recebeu o nome de Draisina, por causa de seu criador, como explica um artigo de National Geographic sobre o inventor da bicicleta.
“O Barão Drais von Sauerbronn vivia na Alemanha, no estado de Baden, e apresentou sua invenção em 12 de junho de 1817 na cidade de Mannheim. No ano seguinte, ele viajou a Paris, onde mostrou o veículo de duas rodas. Ela é considerada a precursora da bicicleta moderna”, explica o texto, com fonte da Encyclopedia Britannica.
2. Existe uma bicicleta que pode atingir mais de 250 km/h
O Guinness dos recordes guarda uma impressionante informação sobre as bikes. Segundo o compêndio, a velocidade mais rápida que uma bicicleta atingiu fora de um ambiente controlado foi de 280,571 km/h, segundo informa o próprio site de recordes mundiais nas mais variadas áreas.
A fonte indica que essa velocidade foi alcançada pelo ciclista britânico Neil Campbell Elvington Airfield, uma antiga base aérea localizada em Yorkshire, Reino Unido, em 18 de agosto de 2019 superando um recorde anterior de 268,831 km/h conquistado pelo holandês Fred Rompelberg em 1995.
A velocidade foi atingida em uma bicicleta modificada, mas ainda sem conter nenhum motor ou bateria, e que foi puxada por um carro que a deixou em alta velocidade, a qual foi mantida pelo ciclista até ele alcançar o recorde, detalha um artigo da BBC inglesa que registrou o feito.
Para se ter uma ideia da diferença, uma bicicleta comum (a depender do modelo e de quem a conduz) costuma se locomover entre 16–20 km/h no caso de um ciclista em deslocamento urbano, como informa um estudo da Universidade de São Paulo (USP), de 2021, sobre mobilidade ativa.
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Uma tenda onde os rifles e as bicicletas são consertados em um front da Primeira Guerra Mundial.
3. Bicicletas foram usadas na duas grandes Guerras Mundiais
Nem só de aviões, tanques militares ou imensos navios foram feitas as guerras. O Imperial War Museums, uma rede de museus dedicados à história das guerra com diferentes endereços no Reino Unido, tem os registros de como britânicos, franceses e combatentes de outros países usaram esse veículo de transporte em meio às batalhas.
“Muitos países tinham batalhões de bicicletas em suas forças de combate durante a Primeira Guerra Mundial. As bicicletas podiam carregar mais equipamentos do que um soldado a pé e, ao contrário dos cavalos, não precisavam de comida", detalha a Britannica sobre o tema.
“Como os exércitos começaram a usar mais os automóveis, as bicicletas militares caíram em desuso. No entanto, muitos soldados canadenses levaram bicicletas dobráveis para terra durante a invasão da Normandia na Segunda Guerra Mundial”, continua a fonte.

Um exemplo do mecanismo que guarda bicicletas a mais de dez metros de profundidade, no Japão.
4. As bicicletas guardadas a mais de dez metros de profundidade no Japão
Cidades que possuem grandes quantidades de bicicletas circulando pelo trânsito costumam ter problemas de espaço na hora dos ciclistas estacionarem ou guardarem esses objetos.
No caso do Japão, que está na lista dos países com mais bicicletas em casa, segundo uma pesquisa do Pew Research Center (banco de dados estadunidense apartidário e que analisa questões sociais e tendências, foi criado um sistema usado especialmente em metrópoles superpopulosas como Tóquio.
Trata de um armazenamento automático das bikes em estacionamentos subterrâneos de até 11 metros de profundidade – livrando, assim, espaço nas calçadas, como informa o próprio site da empresa que faz esse serviço para as cidades japonesas.
Mais surpreendente ainda é o tempo que leva para guardar ou recuperar cada bike estacionada nesses subterrâneos robotizados: pode ir de 8 segundos a até 1 minuto, a depender do modelo da bicicleta, diz o site.
