O que é religião?

Por meio de rituais, sacrifícios, cerimônias e orações, as pessoas tentam estabelecer contato com uma força superior. Elas agem dessa forma para se proteger, mas também por medo.

Por Redacción National Geographic

Situado em Nakkerd Hill, perto de Chalong, o Grande Buda de Phuket (foto ao fundo) tem 45 metros de altura e é uma das atrações turísticas mais populares da Tailândia. Embora a ausência de visitantes não seja total no momento da foto, é impressionante ver que há apenas 20 pessoas visitando-o ao pôr do sol.

Foto de Anthony Coyle

religião é o resultado do esforço humano para entrar em contato com o "além". A experiência religiosa fornece explicações e interpretações globais do mundo. As religiões tradicionais baseiam-se em um intenso intercâmbio cerimonial dos vivos com seus ancestrais e, por sua vez, com o mundo espiritual ao seu redor.

A grande maioria das religiões acredita que o mundo e a humanidade foram criados por uma força ou um ser superior. Nas religiões monoteístas (religiões que acreditam em um único criador), Deus é unanimemente considerado como o pai, conselheiro e preservador do mundo. Nas religiões politeístas (religiões que acreditam em mais de uma divindade), geralmente há um deus responsável pela criação. As interpretações simbólicas e literárias que podem ser dadas às histórias da criação têm sido motivo de disputa entre os adeptos religiosos. Entretanto, todos rejeitam a ideia de que a origem da vida foi uma "mera coincidência".

A experiência básica e fundamental de todas as religiões é a "transcendência" do mundo material para o espiritual. O conceito de um mundo no "além" é percebido em uma base pessoal e em relação a um deus/es. A existência do mundo e do ser humano é vista como parte de um plano intencional.

Sentimento religioso e adoração

sentimento religioso é conflitante: um ser divino cria e controla o mundo, enquanto o indivíduo obtém uma sensação de conforto por meio da adoração. Entretanto, os devotos também se sentem "assustados" por esse ser onipotente e possivelmente onisciente. 

A ideia é que um ser todo-poderoso exerce uma pressão orwelliana sobre os devotos, impondo assim um supercontrole que, de outra forma, seria impossível de ser alcançado. Os sacrifícios, as orações e os festivais de adoração servem para que as pessoas se sintam mais próximas desse poder divino e se sintam mais protegidas e guiadas. Em muitas religiões, Deus, ou o poder divino, é considerado o principal guia para a conduta ética. Portanto, os mandamentos e as proibições sagradas são dirigidos a todos os indivíduos da Terra.

Comunidade de fiéis

Um aspecto importante de todas as religiões é a prática comum da oração. Existem, é claro, maneiras particulares de orar, mas a prática geralmente é comunitária.

As cerimônias de adoração geralmente envolvem canções, orações, danças e rituais que garantem a solidariedade entre os fiéis e criam um sentimento de pertencimento a um grupo. Muitas das comunidades da antiguidade nasceram do vínculo criado em torno da adoração ou veneração das mesmas divindades.

Quantas religiões existem no mundo?

É complicado estimar o número de religiões no mundo. Alguns acreditam que pode haver até 4200 grupos, mas um estudo recente do Joshua Project – uma organização cristã norte-americana que coordena o trabalho de missionários ao redor do mundo – fala de 17 400 grupos etnolinguísticos que não são exatamente religiões, mas grupos culturais. Esse número é o que alguns especialistas acreditam estar mais próximos da quantidade de crenças que pode haver no mundo.

Entre essas comunidades, os especialistas os dividem em grandes grupos de crenças. De acordo com o estudo “Religious Composition by Country, 2010-2050”, do Pew Research Center (instituição norte-americana de pesquisas socioculturais), publicado em 2015, 31% da população mundial se considera cristã, 25% muçulmana, 15% se enquadrariam na categoria sem filiação (que inclui ateus e agnósticos), 15% hinduísta, 5% budista e 10% da população mundial estaria incluída nas chamadas religiões populares, nas quais os pesquisadores incluíram "crenças associadas a um determinado grupo de pessoas, etnia ou tribo. Elas geralmente não têm credos formais ou textos sagrados". De acordo com o estudo, os judeus representam apenas 0,2% da população mundial.

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