Barragem de mineradora se rompe em Brumadinho, MG

Há 84 mortes confirmadas e mais de 275 pessoas desaparecidas após o desastre.

Por Redação National Geographic
Publicado 25 de jan. de 2019, 16:54 BRST, Atualizado 5 de nov. de 2020, 03:22 BRT
Foto tirada por equipe de Bombeiros de Minas Gerais
Área atingida por lama de resíduos de mineração após rompimento de barragem em Brumadinho, nesta sexta-feira, 25.
Foto de Corpo de Bombeiros, Divulgação

No início da tarde da última sexta-feira, 25, a Barragem 1 da Mina do Córrego do Feijão, da Vale do Rio Doce, rompeu-se, liberando uma onda de lama em região próxima ao km 50 da rodovia MG-040, na região de Brumadinho (MG). O Corpo de Bombeiros havia confirmado 84 mortes até esta a manhã de quarta-feira, 30, mas o número tem aumentado diariamente.

Segundo boletim da Defesa Civil de Minas Gerais, 276 pessoas continuavam desaparecidas até a atualização desta nota. De acordo com informações da Folha de S. Paulo, foram liberados 13 milhões de m³ de rejeitos no meio ambiente após o rompimento da barragem. Foi declarado estado de calamidade pública na região, o que deverá agilizar a obtenção de recursos públicos.

(Relacionado: "É preciso banir as barragens de rejeitos de minério no Brasil, dizem ambientalistas")

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, afirma que os envolvidos na tragédia serão punidos exemplarmente. "Todas as medidas judiciais já foram tomadas", disse Zema. Em entrevista à Globo News, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que a prioridade agora é com as famílias atingidas pela tragédia. "Estamos fazendo todo o esforço para ajudar o Governo de Minas”, declarou ele.

Em nota oficial, a companhia Vale lamenta o ocorrido e informa que a causa do rompimento ainda é desconhecida. “A prioridade máxima da empresa, neste momento, é apoiar nos resgates para ajudar a preservar e proteger a vida de empregados, próprios e terceiros, e das comunidades locais”, comenta a assessoria de imprensa no comunicado.

Assista ao vídeo da coletiva de imprensa dada pelo diretor da Vale:

Durante coletiva de imprensa, Fábio Schvartsman, presidente da Vale, disse que a tragédia pegou a todos de surpresa, já que a barragem estava fora de operação havia 3 anos. "Foi uma única barragem que rompeu. Uma segunda barragem transbordou", observou ele.

A barragem ficava próxima ao Rio Paraopeba, afluente do Rio São Francisco que abastece um terço da região metropolitana de Belo Horizonte. A lama tóxica é formada por rejeitos de minério, que são impurezas sem valor, restos de minério, sílica e aminas (compostos derivados da amônia usados para separar o ferro).

A tragédia ocorre três anos após rompimento em barragem da Samarco, empresa também controlada pela Vale, em Mariana, considerado a maior tragédia ambiental do país.  Em maio do ano passado, a National Geographic reportou os graves impactos psicológicos das vítimas do rompimento em Depressão, medo e preconceito: a saúde mental das vítimas de Mariana.

Veja imagens da tragédia de usuários de internet em reportagem da Rede Minas:

Nota atualizada quarta-feira, 30 de janeiro, às 10h50.

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