Qual é o maior organismo vivo do mundo? Spoiler: não é a baleia
A idade do organismo foi identificada como 2.400 anos, mas acredita-se que ele seja ainda mais antigo.
Quando se pensa em um organismo vivo que esteja entre os maiores do mundo, logo vem à mente animais de toneladas, como a baleia azul (maior mamífero do planeta), ou seres de quatro patas enormes, como o elefante africano. Mas, segundo cientistas que estudavam florestas no leste do estado do Oregon, nos Estados Unidos, esse título fica com um… Fungo.
O organismo identificado trata-se de um fungo do gênero Armillaria ostoyae, também conhecido como cogumelo de mel. A informação está publicada na revista científica “Scientific American”. De acordo com essa fonte, esse fungo foi mapeado em 1998, nas Montanhas Blue do Oregon, e identificado como tendo 2.400 anos de idade.
Os pesquisadores, no entanto, acreditam que ele possa ser ainda mais antigo – tendo cerca de 8.650 anos –, com base em sua taxa de crescimento, que vem sendo estudada. “Isso o colocaria entre os organismos vivos mais antigos”, diz a “Scientific American”.
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O fungo A. ostoyae não afeta a saúde humana, mas causa uma doença chamada Armillaria, que ataca as raízes das árvores coníferas.
Qual é o tamanho do maior organismo vivo do mundo?
A publicação detalha que o fungo Armillaria ostoyae ocupa um espaço de cerca de 965 hectares – equivalente a 1.665 campos de futebol – ou quase 10 quilômetros quadrados do solo.
Para determinar a extensão total deste fungo, os cientistas usaram amostras de solo e análises genéticas para rastrear sua presença e extensão. O estudo mostrou que ele é um organismo conectado em todo o território que ocupa.
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Apesar de não afetar a saúde humana, o A. ostoyae causa uma doença chamada Armillaria, que ataca as raízes de árvores coníferas existentes em muitas partes dos Estados Unidos e do Canadá. No entanto, o artigo “Strange but True: The Largest Organism on Earth Is a Fungus” (“Estranho, mas verdadeiro: o maior organismo da Terra é um fungo”), dedicado à descoberta, ressalta que esse fungo também é essencial para a decomposição e a reciclagem de nutrientes no ecossistema florestal.