Imagem do furacão Beryl, de categoria 4, na costa de Granada, no Mar do Caribe, enquanto ...

Furacão Beryl: veja os dois principais fatos que demonstram sua intensidade no Caribe

À medida que se desloca em direção à Península de Yucatán, no México, o furacão pode gerar ventos e chuvas fortes na Jamaica e no Haiti.

Imagem do furacão Beryl, de categoria 4, na costa de Granada, no Mar do Caribe, enquanto a Estação Espacial Internacional orbitava a uma altitude de 421 quilômetros.

Foto de NASA
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 3 de jul. de 2024, 15:41 BRT

O furacão Beryl, que na quinta-feira (dia 4 de julho) passou para a categoria 3 na escala Saffir-Simpson, disparou alertas e chamou a atenção do mundo neste início de julho de 2024. De acordo com o governo mexicano comunicou  às 6h15, horário local, a tempestade permanece sobre o oeste do Mar do Caribe e continua a se mover rapidamente em direção à Península de Yucatán, no México.

As autoridades de diferentes países da região estão monitorando a situação e alertando a população sobre os possíveis efeitos que ela poderá ter nas próximas horas e dias. Por vários motivos, o fato chamou a atenção do mundo. Aqui estão alguns dos motivos:

(Leia mais sobre Meio Ambiente: Veja em 7 imagens o impacto da poluição plástica no meio ambiente)

1. O Beryl é um furacão de alta intensidade

Em 1º de julho, o Beryl atingiu o sul das Ilhas Windward com força de categoria 4 na escala Saffir Simpson, informou a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Ele também passou por Granada e causou impactos significativos em São Vicente e Granadinas – todas essas pequenas ilhas do Caribe.

Embora tenha se enfraquecido novamente para a categoria 4 no dia 2 de julho, o Beryl chegou a atingir o nível 5 na escala – o que representa (tanto 4 como 5) que ele é um furacão de alta intensidade e perigo. Atualmente está um pouco mais brando, baixando para categoria 3.

Conforme um artigo da National Geographic Latin America publicado em outubro de 2022, os ciclones e furacões de nível 3 ou superior são caracterizados por ventos de mais de 178 km/h, podendo causar danos devastadores interrupção de alguns serviços, como eletricidade e água potável

Mas os furacões de categoria 5 (ventos superiores a 252 km/h) têm a capacidade de destruir casas e podem até tornar parte da área atingida inabitável por um longo período de tempo, como já ocorreu com a passagem de furacões fortíssimos como o Katrina (em 2005) e o Mitch (1998), entre outros.

O Centro Nacional de Furacões dos EUA informou em 3 de julho que "ventos devastadores" e ondas de tempestade prejudiciais devem chegar à Península de Yucatan (México e em Belize  na noite do dia 4 e essa região poderá sofrer ventos prejudiciais, tempestades perigosas e chuvas torrenciais. 

Além disso, "são esperadas inundações repentinas e deslizamentos de terra em grande parte da Jamaica e no sul do Haiti devido às fortes chuvas", disse a agência dos Estados Unidos.

(Mais sobre meio ambiente: Mudanças climáticas: por que há cada vez mais furacões de alta intensidade?)

2. O Beryl é o furacão de categoria 5 mais rápido já registrado

Um artigo da Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que o Beryl é o furacão de categoria 5 mais rápido já registrado no Atlântico. Especificamente, ele se intensificou de depressão tropical para grande furacão em apenas 42 horas, uma situação sem precedentes para um mês de julho, segundo a OMM.

Como explica um artigo da National Geographic da Espanhaessa é uma ocorrência excepcionalmente precoce, já que os ciclones e furacões mais intensos normalmente ocorrem em agosto.

"Uma das razões pelas quais ele se intensificou e se tornou um furacão de categoria 5 mais de duas semanas antes do que qualquer outro furacão do Atlântico já registrado é devido aos níveis extremamente altos de conteúdo de calor do oceano", explicou a agência meteorológica internacional.

(Veja também: Descubra quais são os países mais ameaçados com o aumento do nível dos oceanos)

Philip Klotzbach, que faz parte da rede de especialistas científicos da OMM, explicou no artigo que o atual conteúdo de calor do oceano no Caribe é o que normalmente é registrado em setembro. De fato, as temperaturas da superfície do mar atingiram níveis recordes nesta região.

aquecimento dos oceanos resultante das mudanças climáticas fará com que a proporção de ciclones tropicais e furacões intensos aumente, assim como as taxas de precipitação, concluem os cientistas.

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