Na Etiópia, beber água lamacenta é algo comum – problemas de saúde também
Cerca de 8,5 mil crianças abaixo de cinco anos morrem todos os anos por causa de diarreia ligada ao consumo de água suja.
Publicado 22 de mar. de 2019, 11:13 BRT

No hospital de Turmi, a mãe acompanha o filho que está com diarréia avançada há mais de 5 dias, possivelmente por ingestão de água contaminada.
Foto de Érico HillerBelachew vai coletar água em um buraco que ela fez com as mãos no leito seco do rio perto de sua casa em Lalibela, Etiópia. Após alguns minutos escavando, ela encontrou uma linha de água barrenta que foi seu suprimento para o resto do dia.
Foto de Érico HillerA senhora Worku carrega água em um pote tradicional de barro. Ao lado de uma imensa árvore, a região seca sofre nas estações sem chuvas, forçando as mulheres a andarem muitos quilômetros para buscar água para o consumo diariamente.
Foto de Érico HillerFinal de tarde em Densa, vilarejo perto de Lalibela, na Etiópia, onde uma mulher vai ao longe carregando um tonel com 25 litros de água nas costas, como faz todos os dias.
Foto de Érico HillerNo vilarejo de Densa, não longe da malha urbana de Lalibela, na Etiópia, mulheres e crianças carregam água que pegaram em um poço cavado pelo governo local. Mesmo sendo um oásis em um lugar desértico, as pessoas ainda precisam carregar pesados galões de água por muitos quilômetros.
Foto de Érico HillerEm vilarejo nas redondezas de Lalibela, na Etiópia, Dibawba cozinha usando a água que recolheu no leito seco do rio a partir da escavação manual de um buraco.
Foto de Érico HillerEm Lalibela cidade da Etiópia característica pelo turismo religioso e por suas igrejas cristãs ortodoxas de pedra, mulheres acordam cedo para recolher água no rio próximo ao vilarejo de Simeno.
Foto de Érico HillerGarotos carregam água que retiraram de um buraco no rio Keske, em Turmi, Etiópia, para vender para empresas, restaurantes e hotéis. Juntos, fazem esse trajeto três vezes ao dia, cobrando 10 birr (cerca de R$ 1) por 25 litros.
Foto de Érico HillerO garoto hammer Muda carrega a água que irá beber recolhida no rio Keske nas redondezas de Turmi, no sul da Etiópia.
Foto de Érico HillerGarrafas cheias d'água são consumidas – sem filtro ou fervura – pelos moradores dos povos hammer no sul da Etiópia.
Foto de Érico HillerComunidade próxima a Turmi, no sul da Etiópia, escava um grande buraco que serve para captar água para consumo humano e para a dessedentação animal.
Foto de Érico HillerDetalhe no buraco cavado com as mãos pelas mulheres hammer na cidade de Turmi, na Etiópia, para coleta de água para beber.
Foto de Érico HillerA cidade de Turmi, no sul da Etiópia, é habitada pela etnia Hammer. Na estação seca, as pessoas, sobretudo mulheres e crianças, cavam buracos nos leitos secos dos rios em busca de uma linha de água para consumo. Ingerida sem tratamento ou fervura, a água contaminada é fonte de grande parte das doenças que matam cerca de 8,5 mil crianças abaixo dos cinco anos de idade por ano.
Foto de Érico HillerNa região de etnia Mursi, dentro do parque nacional Mago, na Etiópia, a Sra. Ngalu coleta água para consumo humano em uma fonte suja. Por mais que tenham tido o cuidado de cercar a área para evitar o pisoteio e dejetos do gado, a região era muito suja, repleta de insetos e répteis.
Foto de Érico Hiller