A saga de Mara em fotos: elefanta é transportada de Buenos Aires para santuário no Brasil
Em meio à pandemia, o animal de 50 anos percorreu cerca de 2,7 mil quilômetros até chegar ao novo lar.

Essa é Mara, um elefante-asiático fêmea. Na foto, ela aparece em uma ala para elefantes conhecida como Templo Hindu, no Ecoparque, em Buenos Aires, Argentina. O Templo Hindu foi construído em 1904 e é uma réplica de um templo de Bombaim, na Índia.
Cercada pelos edifícios de Buenos Aires, Mara se prepara para tirar a soneca diária no Ecoparque. À esquerda da imagem, é possível notar a grande caixa que será usada para a transferência da elefanta ao novo lar.
Segundo a fotógrafa Sofía López Mañán, os elefantes que vivem em cativeiro não têm o desgaste natural que suas pernas teriam ao se movimentar em um ambiente selvagem. Por isso, podem ter infecções e requerem tratamento frequente. O pedilúvio (processo mostrado na imagem) é um tratamento antisséptico realizado em casos de possíveis lesões.
Mara tem entre 50 e 54 anos. Nasceu na Índia, mas viveu a maior parte de sua vida em cativeiro.
A equipe de cuidadores e veterinários do Ecoparque ajudou Mara a se preparar para entrar na caixa de transporte que a levaria ao novo lar. Esse processo de adaptação pode levar vários meses.
Escondidos atrás das máscaras, os cuidadores Paula Lemos e Marcos Flores, bem como a veterinária Natalia Ruiz González, posam no recinto interno do Templo Hindu dos Elefantes, no Ecoparque. Eles ajudaram a preparar Mara para o longo trajeto até seu novo lar.
Mara está na caixa e a longa viagem está pronta para começar...
Mapa da rota de 2,7 mil quilômetros que a elefanta Mara percorreu de Buenos Aires (Argentina) até a Chapada dos Guimarães (Brasil).
Parte da equipe de cuidadores de Mara. Na foto, Marcos Flores, Florencia Gómez e Guillermo Delfino.
Primeira parada: Concordia, província de Entre Ríos, Argentina, ao amanhecer. O transporte estacionou em um posto de gasolina na estrada e os cuidadores abriram uma pequena porta da caixa de transferência para que Mara e sua tromba alcançassem um pouco de água.
A elefanta Mara coloca para fora sua tromba para tomar a água oferecida por um cuidador.
Tomás Sciolla, responsável pela Conservação e Manejo da Fauna do Ecoparque e encarregado de logística do transporte, corta galhos para dar à elefanta dentro da caixa.
Aqui, ela recebe dos cuidadores um delicioso pedaço de melancia.
Durante uma parada, o cuidador Marcos Flores observa do lado de fora da caixa se Mara está calma.
Parada do meio-dia em Yapeyú, província de Corrientes, Argentina. Mara olha através de uma pequena janela lateral que fica ao nível dos olhos na sua caixa de transporte. Na parte de fora de um posto de gasolina fechado, há bastante movimento.
A caixa de transporte levando a elefanta Mara em seu trajeto na estrada do Mato Grosso do Sul, após uma chuva tropical.
Um grupo de pessoas se reúne para observar a caixa de transporte da elefanta Mara, depois de atravessar a fronteira para o território brasileiro.
A caravana segue para o Santuário dos Elefantes. Campos de soja, milho e algodão se estendem ao longo do horizonte, entremeados por áreas de vegetação nativa exuberante.
Vista aérea do Santuário Brasileiro de Elefantes, na Chapada dos Guimarães, Mato Grosso.
Chegou? A caixa é levantada com máquinas especiais e colocada na área externa do Santuário.
Depois de uma longa e cansativa viagem, Mara pode finalmente recomeçar em um novo lar.
Com a elefanta Mara de fundo, a fotógrafa Sofía López Mañán retira a máscara e sorri pelo objetivo alcançado. Originalmente do mundo das artes, ela trabalha com temáticas de preservação há alguns anos. “Sou movida pelo vínculo humano com o meio ambiente”, comenta.
Kat e Scott Blais, o casal que fundou e comanda o Santuário de Elefantes no Brasil (Global Sanctuary for Elephants).
Algum tempo depois de chegar ao santuário, Mara é incentivada a sair da caixa de transferência e reconhece seu novo lar.
A elefanta reconhece os recantos de seu novo lar no Santuário de Elefantes no Brasil.
O cuidador Marcos Flores oferece a Mara algumas cenouras.
Mara repousa no chão e começa a se pintar com a cor avermelhada da terra do Mato Grosso.
Mara se movimenta com mais liberdade a cada dia que passa em seu novo lar.
Os elefantes costumam jogar terra em si próprios para matar parasitas ou se refrescar. Segundo López Mañán, essa “é a razão pela qual se diz que os elefantes ficam com a cor da terra de onde vivem”.
Essa Mara em 1970, ao lado de seu treinador, Quaker, no Circo Sudamericano.
Nesta foto, tirada na cidade de Mar del Plata, Argentina, vê-se Mara quando fazia parte do Circo Sudamericano.
Cartaz do Circo Sudamericano de 1970, com uma ilustração da elefanta Mara.
A elefanta Mara e sua nova companheira inseparável, Rana, no Santuário de Elefantes do Brasil.
A elefanta que viveu grande parte de sua vida sendo transferida de circos a zoológicos foi levada, em meio à pandemia da covid-19, ao seu novo lar no Brasil.
