Veja por que planejar uma viagem pode ajudar sua saúde mental

Os benefícios de uma viagem começam antes mesmo de você sair de casa: aqui, eis o motivo.

Por Erica Jackson Curran
Publicado 23 de dez. de 2024, 09:01 BRT
Os cientistas acreditam que planejar uma viagem tem um efeito positivo na mente. A alegria vem ...

Os cientistas acreditam que planejar uma viagem tem um efeito positivo na mente. A alegria vem da expectativa da próxima viagem, e a incerteza da estrada à frente mantém o cérebro interessado.

Foto de Tracy Packer, Getty Images

Boas notícias para os globetrotters: de acordo com os pesquisadores, antecipar a sua próxima viagem pode beneficiar a sua saúde mental. Mesmo que você não tenha certeza do dia ou da data de sua nova aventura.

Alguns psicólogos destacam os benefícios mentais de passar férias em um lugar novo. Uma pesquisa realizada em 2013 com 485 adultos nos Estados Unidos associou a viagem ao aumento da empatiada atenção, da energia e do foco

Outras pesquisas sugerem que o ato de se adaptar a culturas estrangeiras também pode facilitar a criatividade. Mas e quanto ao ato de planejar uma viagem? Podemos obter um estímulo à saúde mental com a viagem antes mesmo de sair de casa?

(Você pode se interessar por: Quais frutas secas são as melhores para a saúde? A ciência já sabe que elas fazem bem ao organismo)

Cientistas falam sobre os efeitos das viagens


Planejar e antecipar uma viagem pode ser quase tão agradável quanto fazer a viagem em si, e há pesquisas que comprovam isso. Um estudo de 2014 da Universidade de Cornell investigou como a antecipação de uma experiência (como uma viagem) pode aumentar substancialmente a felicidade de uma pessoa – muito mais do que a antecipação da compra de bens materiais. Um estudo anterior, publicado pela Universidade de Surrey, no Reino Unido, em 2002, descobriu que as pessoas ficam mais felizes quando planejam férias.

Amit Kumar, um dos coautores do estudo de Cornell e professor assistente da Universidade do Texas, em Austin, explica que os benefícios são menos relacionados à obsessão com os pontos mais delicados de um itinerário do que à conexão com outras pessoas. Um dos motivos? Os viajantes “acabam conversando mais com as pessoas sobre suas experiências do que sobre compras materiais”, diz ele. “Em comparação com as posses, as experiências são o melhor material para histórias.”

A foto retrata o Loop de Chicago – instituição histórica do centro da cidade – no ...

A foto retrata o Loop de Chicago – instituição histórica do centro da cidade – no ano 2000.

Foto de Jon Lowenstein, Noor, Redux

O coautor de Kumar, Matthew Killingsworth, atualmente membro sênior da Wharton School, da Universidade da Pensilvânia, também nos Estados Unidos, diz que o planejamento de viagens incentiva uma perspectiva otimista.

Como seres humanospassamos grande parte de nossa vida mental vivendo no futuro”, diz Killingsworth, cujo trabalho se concentra em compreender a natureza e as causas da felicidade humana. “Nossa mentalidade voltada para o futuro pode ser uma fonte de alegria se soubermos que coisas boas estão por vir, e viajar é uma coisa especialmente boa para se esperar.”

Um dos motivos pelos quais Killingsworth acredita que planejar uma viagem pode ser uma experiência tão positiva? O fato de que as viagens são temporárias. “Como sabemos que uma viagem tem um início e um fim definidos, nossas mentes estão propensas a saboreá-la, mesmo antes de começar”, diz ele. “Às vezes, as pessoas até preferem adiar boas experiências, como uma viagem, para que possam estender o período de expectativa.”

Há outro motivo pelo qual o planejamento de viagens pode gerar felicidade: muitas vezes, sabemos o suficiente sobre uma viagem para imaginá-la e aguardá-la ansiosamente, mas também há novidade e incerteza suficientes para manter nossa mente interessada.

De certa forma, começamos a consumir uma viagem assim que começamos a pensar nela”, diz Killingsworth. “Quando nos imaginamos comendo um gelato em uma praça de Roma ou praticando esqui aquático com amigos que não vemos tanto quanto gostaríamos, experimentamos uma versão desses eventos em nossa mente.”

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    As experiências, em vez de bens, tendem a tornar a viagem mais enriquecedora porque nos ajudam ...

    As experiências, em vez de bens, tendem a tornar a viagem mais enriquecedora porque nos ajudam a nos conectar com outras pessoas.

    Foto de Jon Lowenstein, Noor, Redux

    Dicas e truques para planejar uma viagem – e já aproveitar seus benefícios para o cérebro

    • Inspire-se: não importa o tipo de viagem que você deseja fazer, há um vasto mundo de livros de viagem para alimentar a criatividade. Criar uma lista de leituras que ajudam a encontrar o “paraíso” que mais se encaixa com seu momento de vida – ou, minimamente, tem o poder de deixar qualquer um animado para desacelerar e saborear a viagem.
       
    • Aprimore suas habilidades de planejamento de viagem: Seth Kugel, colunista de viagem do “Frugal Traveler”, no jornal The New York Times, visitou 50 países em seis anos e em seu livro – Rediscovering Travel: A Guide for the Globally Curious (“Redescobrindo as Viagens: Um Guia Para os Globalmente Curiosos”, em tradução livre) – oferece conselhos sobre como canalizar o capricho de vaguear pelo mundo. Já em “50 States, 5,000 Ideas: Where to Go, When to Go, What to See, What to Do” (“50 Estados, 5.000 Ideias: Onde ir, Quando ir, O Que Ver, O Que Fazer”), de National Geographic, apresenta as melhores experiências de viagem por todo os Estados Unidos, por exemplo, indo além do óbvio ao inesperado.
       
    • Peça ajuda: sim, as pessoas ainda usam agentes de viagem – e por um bom motivo. Agora chamados de consultores de viagem, eles podem ajudar a encontrar as melhores ofertas, organizar itinerários complicados e fazer malabarismos com grupos grandes ou férias em família.
       
    • Reúna alguns mapas: nada destaca tanto um lugar ou ajuda a planejar uma viagem como um bom mapa. A National Geographic publica centenas de mapas e atlas mundiais, continentais, de países e cidades.

    Erica Jackson Curran é escritora freelancer que mora em Richmond, no estado norte-americano da Virgínia, e é fundadora do Perennial Travel, um site de viagens para pais da geração milênio.

    Nota do editor: este artigo foi publicado originalmente em 14 de maio de 2020. Ele foi atualizado.

     

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