O que os gatos significam para os egípcios?

De companheiros domésticos a símbolos de divindade, os gatos tiveram um papel importante na mitologia do antigo Egito por milhares de anos.

Estátua de uma esfinge do período ptolomaico.

Foto de Kenneth Garrett
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 19 de dez. de 2022, 11:12 BRT

Você já deve ter ouvido falar que os gatos eram deuses no antigo Egito, certo? Apesar desses felinos não serem exatamente considerados deidades, isso não estava tão longe da realidade. 

Segundo uma exposição do Museu do Brooklyn (Estados Unidos) chamada Felinos Divinos: Gatos do Antigo Egito, o papel dos gatos, leões e outras criaturas felinas na mitologia egípcia iam desde protetores e companheiros domésticos até símbolos místicos do divino. 

Gatos no Egito: admiração e domesticação

Segundo a curadoria da exposição, uma das primeiras domesticações de gatos aconteceu no antigo Egito. Os felinos menores viviam entre os humanos, sendo essenciais para a sociedade egípcia na proteção contra pragas de casas e celeiros. 

Já os maiores, principalmente leões e leopardos, eram admirados por suas qualidades protetoras e perigosas, sendo, muitas vezes, símbolos da realeza e de alguns deuses do panteão egípcio. 

De acordo com o Centro Americano de Pesquisa no Egito (Arce, na sigla em inglês), através da observação atenta, os egípcios vieram a admirar os gatos pela sua natureza complexa e dual. Para eles, os felinos combinam graça, fertilidade e cuidado suave com agressão, rapidez e perigo. Os deuses relacionados a essas qualidades eram frequentemente representados com características felinas. 

Mas, segundo o centro de pesquisa, os egípcios não adoravam os gatos em si como divinos. Na verdade, eles acreditavam que as deidades representadas como felinas compartilhavam os traços de caráter desses animais.

Um gato siamês ao lado de uma estátua felina de porcelana que remete a representações egípcias do animal.

Foto de Willard Culver

Baset: a deusa gata do egitot

A deusa Bastet é provavelmente a deidade felina mais conhecida do Egito, diz a Arce. Inicialmente retratada como uma leoa, Bastet assumiu a imagem de uma gato ou de uma mulher com cabeça felina a partir do 2º milênio a.C. 

A deusa combinava qualidades acolhedoras e violentas, tendo uma natureza dual, assim como os felinos. Entretanto, o centro de pesquisa diz que seus aspectos de proteção e qualidades maternais eram tipicamente mais enfatizados. 


A Arce ressalta que foram encontradas inúmeras representações de um gato sentado, uma deusa com corpo de mulher e cabeça de gato ou um gato com filhotes que acompanhavam inscrições dedicatórias dirigidas a Bastet. Ao oferecer tais imagens, os adoradores expressavam seus desejos de saúde e filhos ou de vida e proteção.

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