Os primatas incluem um grupo variado de mamíferos como orangotangos, gorilas e até os humanos, entre ...

Todos os primatas são macacos? Descubra 3 mitos sobre esses animais

Há muito tempo existem equívocos sobre os primatas: descubra quais são as as espécies que compõem o grupo, do que se alimentam e como funciona sua capacidade de sentir emoções.

Os primatas incluem um grupo variado de mamíferos como orangotangos, gorilas e até os humanos, entre outros.

Foto de PATRICK KENNEDY
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 12 de mar. de 2024, 08:23 BRT

Os primatas são animais conhecidos por sua inteligência extraordinária: eles também se destacam no reino animal pela capacidade de aprender comportamentos diversos e enfrentar desafios mentais complexos, como explica o Jane Goodall Institute (JGI) Argentina, uma organização que pesquisa a vida selvagem e é responsável pela conservação das espécies e de seu ambiente.

Ainda assim, os primatas também consistem em um grupo animal em torno do qual alguns mitos foram criados, os quais podem levar a concepções errôneas sobre eles. 

Desfaça três mitos sobre os primatas lendo abaixo:

Mito 1: primatas é o mesmo que macacos

Um dos mitos mais difundidos é que os termos "primata" e "macaco" seriam sinônimos. Mas este não é o caso. Os primatas são um grupo de mamíferos do qual são conhecidas mais de 500 espécies diferentes (incluindo, claro, os macacos), como explica a Encyclopaedia Britannica (plataforma de conhecimento e educação do Reino Unido).

O grupo dos primatas inclui animais como macacos, orangotangos, lêmures, chimpanzés, mandrisgorilas macacos-prego, entre outros, informa o Instituto de Ecologia (Inecol) do governo mexicano. E, de fato, os seres humanos também são primatas.

Em termos de características físicas, os primatas têm em comum um crânio grande e olhos posicionados na parte da frente da cabeça, o que lhes dá, portanto, uma boa visão e permite calcular com precisão as dimensões da realidade. Além disso, a maioria dos pertencentes a esse grupo tem polegares oponíveis, facilitando o uso de ferramentas, como descreve um artigo da National Geographic Espanha.

A origem dos primatas como grupo é estimada em cerca de 65 milhões de anos atrás, de acordo com o artigo espanhol.

Os primatas são onívoros, o que significa que eles se alimentam de todos os tipos de substâncias orgânicas.

Foto de Tim Lamán

Mito 2: os primatas não-humanos são herbívoros

Acredita-se comumente que os primatas são herbívoros e se alimentam apenas de plantas, folhas e/ou frutos, mas – outra vez – esse não é o caso. A dieta das espécies é tão variada quanto ao próprio grupo.

Encyclopaedia Britannica explica que esses animais possuem uma dieta onívora. Entre suas opções de alimentos estão vegetais (como frutas, folhas, flores, nozes, caules, raízes e tubérculos), carne de outros animais (lagartos, pequenos roedores, sapos, ovos de aves e crustáceos).

O que não aparece como alimento principal na dieta dos primatas não-humanos (com exceção do chimpanzéé a carne dos mamíferos maiores (incluindo os próprios primatas).

Mito 3: os primatas não expressam emoções como os humanos

Os primatas não-humanos, especialmente os macacos menores, têm características que os tornam bastante semelhantes às pessoas, especialmente quando são jovens. Isso porque já foi registrado que esses macacos podem ter comportamentos parecidos aos de crianças em termos de choro, gestos, padrões de alimentação e movimentos, além de serem indefesos como os bebês humanos em desenvolvimento, diz o IJG.

A semelhança com os humanos, no entanto, pode configurar um risco para eles, adverte o Jane Goodall Institute, pois algumas pessoas acabam considerando-os como animais de estimação ou de companhia.

Isso é grave para os primatas em geral, pois eles acabam em cativeiro, privados da capacidade de atender às suas necessidades, como fazer suas brincadeiras sociais, ter uma vida em grupo, se reproduzir e se alimentar de forma adequada, por exemplo, já que são animais selvagens e não domésticos.

Até mesmo a remoção do animal de seu ambiente natural pode ser fatal para ele. Se um macaco criado domesticamente for solto na natureza, por exemplo, ele poderá sentir um alto nível de estresse e até mesmo colocar em risco o restante dos animais do ecossistema, conclui o instituto.

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