Macacos e primatas não são sinônimos: saiba como os grupos de primatas são classificados
Um dos animais mais antigos e diversos do planeta, os primatas possuem diferentes espécies distribuídas em grupos específicos que combinam características comuns.
Um gorila da montanha no Monte Karisimbi, no Parque Nacional dos Vulcões, Rwanda. Os gorilas compartilham 98% de seu código genético com os humanos.
Os primatas fortes e guerreiros vistos na saga cinematográfica de “Planeta dos Macacos” levam os fãs ao universo imaginário desses animais, mas na vida real os primatas são um dos maiores e mais antigos grupos de mamíferos da Terra e possuem diferentes espécies, não só as apresentadas nos filmes. Há desde símios pequenos, como saguis, até enormes exemplares, como os gorilas, como explica a Encyclopaedia Britannica (plataforma de conhecimento e educação do Reino Unido).
Com características tão distintas, ao longo dos tempos os estudiosos criaram uma classificação para dividir os grandes grupos de primatas existentes atualmente no mundo. Isso facilita os estudos dos cientistas e também a todos a entender melhor as diferenças e semelhanças que esses animais possuem.
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Qual a diferença entre macacos e primatas?
Algo relevante e que confunde muita gente é erroneamente atribuir à palavra “macaco” como sinônimo de todas as espécies de primatas, só que não é assim. Ao contrário: a palavra “primata” é a que engloba todos os símios e os macacos são somente um dos grupos que fazem parte das mais de 500 espécies diferentes, conforme afirma a Britannica.
Entre as espécies de primatas existentes atualmente há uma grande classificação que os dividem em Prossímios (que incluem os lêmures, lorisídeos e os társios), Macacos (com várias espécies em todo o mundo, incluindo os “macacos do novo mundo”, por exemplo, bugios e mico-leões-dourados; e os “macacos do velho mundo”, como babuínos e macaco-narigudo) e os Grandes Primatas, classe em que estão gorilas, orangotangos, bonobo, chimpanzés e também os humanos, como explica o Museu de História Natural Smithsonian (instituição educacional e de pesquisa fundada e administrada pelo governo dos Estados Unidos).
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Na imagem um macaco titi vermelho escuro no Parque Nacional Yasuni, Ecuador. Entre as espécies de primatas existentes atualmente há uma grande classificação: Prossímios , Macacos e os Grandes Primatas.
Quais são as classes de primatas existentes?
O Brooklyn College, universidade de Nova York, nos Estados Unidos, também segue essa classificação dos primatas, especificando um pouco mais cada subdivisão. No artigo intitulado “Primates” de sua “Encyclopedia of Life Science”, eles explicam que o grupo dos Macacos não é uma divisão filogenética unificada, mas na verdade é composto por duas linhagens distintas com ancestrais separados e uma evolução isolada.
Uma delas evoluiu isolada no Novo Mundo (platyrrhini) e a outra no Velho Mundo (cercopithecidae) entre outros primatas. Embora os chamemos todos de macacos, os cercopitecóides são mais semelhantes aos grandes primatas e aos seres humanos do que com os platirrinos.
Já em relação ao grupo dos Grandes Primatas, segundo o site Animal Diversity Web (ADW) – enciclopédia online mantida pelo Museu de Zoologia da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos –, a classificação técnica deles atualmente é Hominidae, que anos antes incluía somente os humanos, mas nas últimas décadas passou a incluir outras espécies por conta das evidências que ligam todos eles após pesquisas com técnicas moleculares.
Assim, gorilas, orangotangos, bonobo, chimpanzés e humanos fazem parte do mesmo grupo por terem características genéticas semelhantes. Segundo a The Gorilla Organization, do Reino Unido, os gorilas – maiores primatas do planeta – compartilham 98% de seu código genético com os humanos, então não é surpresa quando são vistos tendo muitas emoções como riso e tristeza, assim como chimpanzés e bonobos também.