Dia Mundial das Cobras: conheça 4 fatos sobre as jiboias
As jiboias (Boa constrictor) podem ser encontradas nas Américas Central e do Sul, como informa o Instituto Butantan. No Brasil, por sua vez, habita quase todos os biomas nacionais, sendo vista na Amazônia, no Pantanal, no Cerrado, na Caatinga e na Mata Atlântica.
As cobras e serpentes são animais que atraem o fascínio das pessoas no mundo todo, seja por sua beleza ou pelo perigo que representam. Por conta de sua importância na biodiversidade da fauna da Terra, esses répteis ganharam um dia dedicado a eles: 16 de julho é o Dia Mundial das Cobras.
Para chamar a atenção para as muitas variedades de cobras e serpentes, a National Geographic apresenta alguns fatos e curiosidades sobre as jiboias (Boa constrictor) – uma espécie de serpente da família das Boidae que é exclusivamente encontrada na América Latina – como explica o Animal Diversity Web (ADW), enciclopédia online mantida pelo Museu de Zoologia da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
A seguir, conheça quatro curiosidades sobre as jiboias.
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1. As jiboias são típicas da América Latina
A jiboia (Boa constrictor) é uma espécie exclusivamente encontrada na América Latina e que tem a maior distribuição de todas as cobras do gênero Boa neotropicais na região. As jiboias aparecem desde o norte do México até o sul das Américas, de acordo com a ADW.
Na América do Sul, a distribuição se divide ao longo das montanhas das Cordilheiras dos Andes, especialmente no norte da Argentina e do Chile, na Bolívia e também no Peru. Mas as jiboias também são vistas em vários locais do Brasil e em diversas ilhas da costa do Pacífico e do Caribe.
Já no Brasil, essa cobra é bastante popular, sendo uma das mais encontradas pelo país, especialmente na Amazônia, no Pantanal, no Cerrado, na Caatinga e também na Mata Atlântica, em diferentes espécies, como conta Instituto Butantan (instituição governamental de São Paulo que, desde 1901, estuda animais, faz pesquisas científicas e produção de imunobiológicos).
As jiboias se alimentam de mamíferos, lagartos e aves – e apesar de seu tamanho impactante não são venenosas. Elas matam suas presas através da técnica da constrição (ou seja, apertam o animal o qual atacaram até que ele se sufoque).
2. A jiboia é uma das maiores espécies de cobras, podendo ter mais de 3 metros
A jiboia é famosa por ser uma das maiores espécies de serpentes da natureza. Normalmente, elas podem chegar a cerca de 2 e 3 metros de comprimento. E as jiboias fêmeas geralmente são maiores que os machos, de acordo com a ADW.
Outra curiosidade sobre sua aparência física é que as jiboias possuem um padrão de cores de pele que auxilia em sua camuflagem na natureza, pois elas têm uma coloração que varia entre cinza e marrom (as cores podem mudar dependendo da espécie), como explica o Butantan. Em sua maioria, elas possuem na parte dorsal uma cor de fundo creme ou marrom, marcada por faixas escuras.
3. Apesar de grandes e perigosas, as jiboias não são venenosas
Conforme afirma o Instituto Butantan, as jiboias são carnívoras e sua dieta consiste em pequenos mamíferos, incluindo morcegos, mas também lagartos e aves. E, apesar de grandes e imponentes, elas não são peçonhentas (ou seja, não possuem veneno).
Para atacar e matar suas presas elas usam a técnica da constrição: se enrola na vítima e a “aperta” até sufocar, causando uma parada cardiorrespiratória e uma morte rápida. Uma vez morta, a presa é engolida inteira pelas jiboias.
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4. As jiboias têm hábitos noturnos e possuem facilidade para se adaptar a diferentes habitats
Normalmente, as jiboias são solitárias, associando-se a indivíduos específicos apenas para acasalar, e possuem hábitos principalmente noturnos, vivendo no solo, conforme descreve a ADW. Mas são encontradas ocasionalmente em árvores baixas e arbustos, para onde vão caçar pequenos vertebrados, especialmente anfíbios e lagartos.
Essa serpente é conhecida também por se adaptar em diversos habitats e no Brasil é encontrada em áreas de matas primárias e secundárias – no país. Ela só não é vista nas matas de araucárias e no bioma dos Pampas, afirma o Butantan.