
Atena e a coruja: descubra o significado oculto que liga a deusa grega à ave noturna
A coruja da espécie Athene noctua, também conhecida como coruja-pequena ou corujinha por ter cerca de com cerca de 20 a 22 centímetros de tamanho. O animal está associado à figura da deusa grega Atena.
A coruja (ordem Strigiformes) é uma ave de rapina dona hábitos bastante peculiares e cuja existência é mais antiga do que se imagina. Segundo a Encyclopaedia Britannica (plataforma de conhecimentos gerais do Reino Unido), existem fósseis de corujas que datam do início da época do Paleoceno, há 65,5 milhões de anos.
Encontrada em quase todo o mundo, a coruja tem função essencial no equilíbrio ambiental das espécies, já que é uma exímia caçadora e mantém uma dieta alimentar bastante variada. Neste “menu”, estariam pequenos mamíferos, como roedores, coelhos e esquilos, além de sapos, lagartos, cobras, peixes e outros pássaros, informa um artigo de National Geographic sobre o tema.
Diante desta importância, anualmente se comemora o Dia Internacional da Conscientização pelas Corujas em 4 de agosto, de maneira a preservar as cerca de 250 espécies existentes no mundo. No Brasil, estima-se que vivam 23 espécies diferentes de corujas, encontradas em todos os biomas do país, segundo dados do Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO) em um documento para o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
Mas qual seria a relação das corujas com a deusa Atena – uma das divindades mais populares da mitologia da Grécia Antiga? A seguir, National Geographic explica.
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Uma estátua de bronze da deusa Atena vestindo trajes de batalha intimidantes, incluindo a cabeça do monstro morto Medusa, usada em seu peito.
Qual é a relação da coruja com a deusa grega Atena?
Acompanhando a existência humana por diversos séculos, a figura da coruja ganhou simbolismo em diversas culturas antigas. Como a maioria das espécies desta ave tem comportamento de caça noturno, sua imagem fosse associada de forma supersticiosa a símbolos de bruxaria ou de mal agouro.
Isso ocorreu na Idade Média, por exemplo, quando desenhos de corujas eram usados como “‘símbolo da escuridão’ antes da vinda de Cristo”, informa um artigo sobre o assunto publicado pela World History Encyclopedia (plataforma online de conhecimento sobre história).
Na Grécia Antiga, no entanto, a coruja tinha outro simbolismo. Dentro da mitologia grega, ela era considerada “a ave de Atena”, “a deusa grega da razão prática”, diz a fonte.
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Isso porque a imagem do animal estava associada à sabedoria: “As corujas tornaram-se símbolo de inteligência porque se acreditava que elas pressagiavam eventos", diz a Britannica. A plataforma detalha que a espécie que representava a inteligência de Atena era a Athene noctua, também conhecida como coruja pequena. Totens deste animal podiam ser encontrados nos templos dedicados à deusa.
Vale lembrar que, no cancioneiro mitológico grego, Atena era a filha favorita de Zeus, diz a WHE. “E talvez fosse a mais sábia, a mais corajosa e, certamente, a mais engenhosa dos deuses do Olimpo”, sendo também a deusa da guerra.
