O que acontece com o cérebro quando nos apaixonamos
Um casal se abraça no Porto de Brindisi em Brindisi, Itália.
O amor é um dos sentimentos mais complexos do ser humano e está entre aqueles que mais intrigam os cientistas. Os mecanismos que aceleram o coração e despertam as chamadas “borboletas no estômago” – só de se ver a pessoa amada – são amplamente estudados.
Veja o que a ciência sabe até agora sobre o que acontece com a mente humana quando uma pessoa está amando.
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Como o cérebro reage quando apaixonado?
Um artigo disponível no site da Faculdade de Medicina de Harvard conta que a pioneira em estudar os efeitos da paixão no cérebro foi a antropóloga biológica Helen Fisher, professora de antropologia e pesquisadora do comportamento humano na Rutgers University (Estados Unidos) que estudou a atração romântica interpessoal por mais de 30 anos.
Em 2005, a cientista publicou um estudo que incluiu as primeiras imagens funcionais de ressonância magnética dos cérebros dos indivíduos em meio a um amor romântico.
Um homem vende balões para viver em Cabul, no Afeganistão.
Sua equipe analisou 2 mil e 500 exames do cérebro de estudantes universitários que viram fotos de alguém especial para eles e comparou com exames feitos quando estes mesmos voluntários olharam imagens de outros conhecidos quaisquer. Ver as pessoas que eles amavam romanticamente fez com que o cérebro dos participantes se tornasse ativo em regiões ricas em dopamina.
Além disso, os estudos de Fisher mostraram que, quando alguém se apaixona, químicos associados ao circuito de recompensa inundam nosso cérebro, produzindo uma variedade de respostas físicas e emocionais: corações aceleram, palmas das mãos suam, bochechas ficam coradas, e o indivíduo tem sentimentos de paixão e ansiedade.
Segundo o artigo de Harvard, outra substância química que entra em ação durante o amor romântico é a ocitocina. Conhecida como o hormônio do amor, a ocitocina é liberada durante o sexo e aumentada pelo contato pele com pele.
Ela também aprofunda os sentimentos de apego e faz com que os casais se sintam mais próximos um do outro depois de ter relações sexuais. Além disso, o hormônio também provoca sentimentos de contentamento, calma e segurança, que muitas vezes estão associados à ligação que se estabelece com o parceiro ou a parceira.