O que é o RNA e qual a sua função?

O RNA teve sua estrutura descrita pelo cientista norte-americano Robert W. Holley em 1965 e, desde então, tem sido muito estudado pela ciência.

Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 1 de ago. de 2023, 16:10 BRT

Na produção de vacinas, existe também o que se chama de “tecnologia do RNA mensageiro”

Foto de Matthieu Paley

Siglas, termos técnicos e nomes provenientes de outros idiomas. É comum que quem se interessa por ciência, saúde e medicina se depare com muitas expressões que fogem do vocabulário do dia a dia. O RNA é um desses casos. Mas a explicação por trás do termo pode ser facilmente compreeendida. 

O que significa RNA?

A sigla RNA vem do inglês ribonucleic acid,  ou ácido ribonucleico, em português. Trata-se, segundo a Enciclopedia Britannica (serviço de dados voltado para a educação do Reino Unido), de uma molécula que atua na síntese (produção) de proteínas a partir das informações do DNA.

O RNA é formado por uma sequência de unidades menores chamada de nucleotídeos. Esses nucleotídeos são compostos por três partes principais: um açúcar, um grupo fosfato (ácido fosfórico) e uma base nitrogenada (de quatro tipos: adenina, citosina, guanina e uracila)

Quais os tipos de RNA?

Segundo a Britannica, há vários tipos de RNA, sendo que os mais conhecidos e estudados pela ciência são:

  • RNA mensageiro: carrega a informação genética do DNA para o ribossomo, estrutura da célula que seria uma espécie de “fábrica” onde é feita a síntese das proteínas; 
  • RNA transportador: como o próprio nome diz, transporta os aminoácidos (que poderiam ser comparados a uma espécie de “matéria prima”) até o ribossomo durante o processo de síntese das proteínas;
  • RNA ribossômico: compõe a estrutura do ribossomo e é essencial para que os aminoácidos se conectem na ordem correta e haja a formação das proteínas.

Das doenças às vacinas: o RNA e a saúde humana

O RNA tem sido amplamente estudado pela ciência e, de acordo com a Britannica, já foram descobertas conexões com doenças que afetam os humanos.

 “Alguns miRNAs (pequenas moléculas de RNA) podem regular genes associados ao câncer de forma a facilitar o desenvolvimento de tumores. Além disso, a desregulação do metabolismo do miRNA tem sido associada a várias doenças neurodegenerativas, inclusive Alzheimer”, explica a plataforma. 

Na produção de vacinas, existe também o que se chama de “tecnologia do RNA mensageiro”. Um exemplo recente foi o de imunizantes contra a Covid-19 com base nessa tecnologia.

“O imunizante da farmacêutica Pfizer em parceria com o laboratório BioNTech se baseia na tecnologia de RNA mensageiro, ou mRNA. O RNA mensageiro sintético dá as instruções ao organismo para a produção de proteínas encontradas na superfície do novo coronavírus, que estimulam a resposta do sistema imune”, explica a página do Instituto Butantan, considerado o maior produtor de vacinas da América Latina e referência na área de pesquisa e saúde.

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