Reconstrução em 3D do Titanomachya gimenezi, que viveu há 66 milhões de anos. Estima-se que esse ...

Cientistas descobrem um novo titanossauro de 7 toneladas que viveu no sul da Argentina

O espécime data do final do período Cretáceo, uma época que precedeu a extinção em massa. Mas quais eram as suas características?

Reconstrução em 3D do Titanomachya gimenezi, que viveu há 66 milhões de anos. Estima-se que esse animal pesava cerca de 7 toneladas.

Foto de GABRIEL DIAZ YANTÉN CONICET
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 11 de abr. de 2024, 17:08 BRT

Um grupo de paleontólogos revelouem 11 de abril de 2024, a descoberta de um novo dinossauro, mais precisamente um titanossauro. Trata-se do Titanomachya gimenezi, como chamaram o espécime, que viveu na Patagônia argentina no final do período Cretáceo (entre 145 milhões a 66 milhões de anos). Os dados são do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (Conicet) da Argentina.

descoberta do fóssil foi feita como parte do projeto “End of the Age of Dinosaurs in Patagonia” (“O fim da era dos dinossauros na Patagônia”, em tradução livre), financiado pela National Geographic, e foi publicada em um artigo na revista científica Historical Biology.

Os cientistas da Conicet encontraram os restos mortais de T. gimenezi na Formação La Colonia, em Chubut, Argentina.

Foto de VINCENT BRUSCA

Como era o Titanomachya gimenezi, o titanossauro descoberto na Argentina?

Os especialistas estimam que esse tiranossauro viveu na Patagônia argentina há 66 milhões de anos, durante o chamado Maastrichtian

O Maastrichtian ocorreu entre 72,1 milhões e 66 milhões de anos atrás, a última era do período Cretáceo, e precedeu a extinção em massa dos animais daquele período.

Este recente estudo descreve o espécime tipo como um adulto pequeno, com peso estimado entre 5,8 e 9,8 toneladas (e peso médio de 7 toneladas).

descoberta foi feita na Formação La Colonia, na província de Chubut, no sul da Argentina, uma área conhecida por ter revelado vários restos fósseis, de acordo com Agustín Pérez Moreno, pós-doutorando do Conicet (Consejo Nacional de Investigações Científicas e Técnicas), da Argentina, e primeiro autor do estudo.

"T. gimenezi é o segundo dinossauro encontrado na Formação La Colonia e o primeiro saurópode, ou seja, pertencente ao grupo dos maiores vertebrados terrestres da história evolutiva, caracterizado por ser herbívoro", diz um comunicado à imprensa emitido pelo Conicet.

"A morfologia do tálus (osso responsável por distribuir a força proveniente da tíbia no interior do pé) nunca foi vista antes em outros titanossauros e mostra características intermediárias entre as linhagens Colossosauria e Saltasauroidea, o que destaca sua importância evolutiva", destacou Pérez Moreno.

Conforme detalhado pelos pesquisadores no artigo, é possível que o formato do osso tenha sido influenciado por uma massa corporal maior. No entanto, ainda são necessárias mais evidências para apoiar essa hipótese.

O nome pelo qual esse dinossauro foi registrado, Titanomachya gimenezi, refere-se, por um lado, ao Titanomachy. Na mitologia grega, a Titanomaquia foi uma batalha que colocou os deuses do Olimpo contra os Titãs e terminou com a vitória dos primeiros. O autor principal do artigo argumentou que esse era um título muito apropriado para o dinossauro, já que o animal vem da época em que os titanossauros foram extintos.

Por outro lado, o termo gimenezi presta homenagem à cientista Olga Giménez, a primeira paleontóloga a estudar dinossauros em Chubut, diz a organização argentina dedicada à promoção da ciência e da tecnologia.

(Vale a pena ler também: Os dinossauros ainda vivem entre nós?)

Qual é a importância da descoberta do titanossauro na Argentina?

Apesar de ser representado apenas por elementos dos membros, o Titanomachya gimenezi exibe uma combinação única de características para um titanossauro do Cretáceo Superior.

O pesquisador argentino disse que essa descoberta fornece informações cruciais sobre a diversidade de ecossistemas na região naquela época.

"No geral, o Titanomachya se destaca como um espécime intrigante por suas características distintas e ocupa um lugar significativo no quadro evolutivo dos dinossauros saurópodes da Patagônia durante o Cretáceo Superior", conclui o artigo.

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