
Influenza, o vírus da gripe: os 5 dados que mostram como ele é perigoso. É possível evitá-lo?
A imagem traz uma micrografia eletrônica de transmissão colorida de partículas do vírus influenza A/H3N2, isoladas de uma amostra de paciente e depois propagadas em cultura de células. As partículas do vírus da gripe A adaptam sua forma – como filamentos e esferas – para ajudá-las a infectar as células, dependendo das condições ambientais.
A influenza, o vírus da gripe, é resistente e tem grande potencial de transmissão, explica um artigo médico do National Institutes of Health (NIH), a instituição nacional de saúde dos Estados Unidos. Ele ocorre de forma sazonal – durante os meses mais frios em cada hemisfério do planeta – e pode causar “uma doença respiratória altamente contagiosa capaz de infectar o nariz, a garganta e os pulmões”, continua a entidade.
Por ser um vírus bastante conhecido e que ressurge anualmente, muita gente não dá a ele a devida importância. Mas um quadro de doença respiratória causado pela influenza pode se transformar em doenças mais graves, como a pneumonia, adverte um documento do Ministério da Saúde do Brasil.
Por isso, a National Geographic separou cinco dados essenciais que mostram como a influenza, o vírus da gripe, pode ser perigoso para a saúde.

Um raio-x mostra fluido nos pulmões do paciente. Songinokhairkhan, Mongólia.
1. O vírus da gripe pode levar a doenças mais sérias
Segundo explica o artigo do Ministério da Saúde brasileiro, a influenza pode debilitar o corpo abrindo espaço para outras doenças oportunistas. Entre elas estão:
- A pneumonia causada por outros vírus e por bactérias;
- A otite – que é uma inflamação do ouvido causada também por bactérias, vírus e fungos;
- A sinusite (inflamação das mucosas da região do nariz, das maçãs do rosto e dos olhos);
- A chamada “pneumonia primária por influenza”, que se dá “predominantemente em pessoas com doenças cardiovasculares em mulheres grávidas”, explica a fonte.
2. Existem vários tipos de influenza, como o que causa a gripe aviária
“Os dois principais tipos de vírus da influenza - A e B - são os que normalmente se espalham nas pessoas”, detalha o National Institutes of Health (NIH).
“Os vírus do tipo A são encontrados em várias espécies de animais, – como suínos, cavalos, mamíferos marinhos e aves – além dos seres humanos”, destaca o ministério brasileiro. Alguns subtipos de vírus influenza A que têm origem animal também podem infectar humanos, causando a gripe aviária, por exemplo, decorrente do vírus A(H5N1).
Já o vírus do tipo B infecta “exclusivamente os seres humanos”, diz o governo brasileiro. Existe ainda o tipo C da influenza, que contagia humanos e suínos, e é detectado com menos frequência, “não estando relacionado com epidemias”, continua o artigo.
“Em 2011 um novo tipo de vírus da gripe foi identificado. O vírus influenza D, o qual foi isolado nos Estados Unidos em suínos e bovinos e não são conhecidos por infectar ou causar a doença em humanos”, completa a fonte brasileira.

Três partículas do vírus influenza A do tipo H5N1 (gripe aviária), em forma de bastão.
3. A influenza pode causar pandemias
O NIH alerta que é possível acontecer uma pandemia decorrente destes vírus. Ela se dá quando um novo vírus da gripe se espalha, em especial quando as pessoas não têm imunidade contra ele.
A fonte conta que “a última pandemia de influenza conhecida ocorreu em 2009 com o surgimento do vírus da influenza H1N1", diz o NIH. Não subestimar seu potencial pandêmico, bem como tratar e prevenir a gripe, é importante para proteger a saúde pública, completa.
Por isso, a recomendação é de que as pessoas as quais “apresentem sintomas de gripe (como febre, tosse, dores no corpo, na cabeça e na garganta, entre outros) devem evitar sair de casa em período de transmissão da doença” – um prazo que chega a até sete dias após o início dos sintomas, informa a fonte do governo brasileiro.
4. A influenza é especialmente perigosa para estes grupos de pessoas
O NIH ressalta que, a cada ano, “a gripe causa milhões de doenças em todo o mundo, resultando em milhares de hospitalizações e mortes”
Por ser altamente contagiosa, a gripe causada pela influenza é bastante prejudicial para quem tem 65 anos ou mais, para crianças pequenas (em especial, menores de 5 anos de idade); e pessoas com problemas de saúde como doenças cardíacas ou asma, diz o NIH.
O ministério brasileiro, por sua vez, indica alto risco de vida também para quem sofre com obesidade e transtornos neurológicos capazes de comprometer a função respiratória (como lesões medulares, epilepsia, paralisia cerebral, Síndrome de Down, AVC, entre outras).
Mulheres puérperas até duas semanas após o parto (incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal); indivíduos com doenças hematológicas; e distúrbios metabólicos como o diabetes mellitus também despertam atenção e cuidado com a gripe.
(Conteúdo relacionado: O que é pneumonia e quais são suas causas?)

Crianças menores de 5 anos de idade, como esta criança que desenvolveu uma doença pulmonar, são os principais grupos de risco do vírus da influenza. O clique foi feito no distrito de Songinokhairkhan, em Ulaanbaatar, na Mongolia.
5. A influenza pode ser controlada através da vacina da gripe
As entidades médicas são unânimes em dizer que “a vacinação é a forma mais eficaz de prevenção contra a gripe e suas complicações”.
Ela evita que a doença se torne grave e que haja mortes decorrentes. “A constante mudança dos vírus influenza requer um monitoramento global e frequente reformulação da vacina contra a gripe”.
No Brasil, a vacinação contra a gripe é gratuita através do Sistema Único de Saúde (SUS) e protege o organismo dos três subtipos da doença que mais circularam no Hemisfério Sul, finaliza o órgão de saúde.
