O que é um ano-luz
Duas enormes bolhas de raios gama (roxos) emanadas do centro da nossa galáxia (azul).
Albert Einstein, quando desenvolveu a Teoria da Relatividade, afirmou que nada pode ir mais rápido do que a luz. No espaço, a luz viaja a uma velocidade constante de 300 mil quilômetros por segundo e é usada para medir objetos tão distantes no Universo que leva anos para que sua luz chegue à Terra.
Como se define um ano-luz?
De acordo com a Nasa, um ano-luz é "a distância que a luz percorre em um ano terrestre". Um ano-luz é o equivalente a cerca de 9,46 trilhões de quilômetros no total, o que significa que a luz pode percorrer essa distância em um ano terrestre (365 dias).
Próxima Centauri, a estrela mais perto da Terra, está a 4,3 anos-luz de distância, ou seja, mais de 40 trilhões de quilômetros. É por isso que, se fosse possível viajar para esse sistema solar a bordo de um jato comercial – cuja velocidade de cruzeiro é de cerca de 850 km/h –, a Nasa estima que o voo levaria 5 milhões de anos.
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A quantos anos-luz certos objetos estão da Terra?
De acordo com a Nasa, este comprimento de medição pode calcular a distância a que certos objetos estão da Terra. Em outras palavras, quantos anos são necessários para que a luz emitida por aquele objeto chegue ao planeta.
Para entender melhor esta unidade de medida, aqui estão alguns exemplos:
- O Sol está a 8,3 minutos-luz de distância da Terra (149,6 milhões de quilômetros);
- São necessários 43,2 minutos-luz para que a luz do Sol chegue a Júpiter, que fica a 778 milhões de quilômetros da estrela;
- A galáxia mais próxima, Andrômeda, está a 2,5 milhões de anos-luz da Terra;
- O centro da Via Láctea está a 26 mil anos-luz da Terra.
Quando olhamos para as estrelas, olhamos para o passado
Se levarmos em conta que, segundo Einstein, nada vai mais rápido que a luz e que o tempo é relativo para cada objeto, a luz emitida pelas estrelas a anos-luz de distância é um fenômeno que ocorreu no passado. Por que isso acontece?
A Nasa utiliza observações do Telescópio Espacial Hubble para fundamentar este fenômeno: em 2016, o equipamento captou imagens da galáxia mais distante do Sistema Solar, chamada GN-z11, que está localizada a 13,4 bilhões de anos-luz de distância.
Isto significa que as imagens tiradas por Hubble capturaram como a galáxia era há 13,4 bilhões de anos-luz no passado, "apenas 400 milhões de anos após o Big Bang". Isto ajuda os astrônomos a entender como era o Universo em sua formação inicial.
Em 2022, estudos similares estão sendo feitos com imagens capturadas pelo Telescópio Espacial James Webb, lançado ao espaço em dezembro de 2021.