Os ovnis realmente existem? O que a Nasa diz sobre eles

As misteriosas aparições no céu não são, necessariamente, naves extraterrestres. A Nasa tem uma equipe responsável só por analisar e esclarecer esses fenômenos.

A Nebulosa do Caranguejo envolve uma estrela de nêutrons superdensa.

Foto de NASA ESA
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 4 de abr. de 2023, 10:04 BRT

No dia em que a missão Apollo 16 voltou da sua viagem da Lua à Terra, em 1972, gravações captadas pelos astronautas John Young, Thomas Mattingly e Charles Duke de uma das janelas da espaçonave mostraram quatro segundos de imagens de um objeto voador não identificado no lado de fora. É assim que surge a denominação ovni.

Varredura digital de alta resolução de um quadro completo do filme original da Apollo 16 mostrando o objeto em questão (parte superior central) e sua posição em relação à lua. Os reflexos na janela também são visíveis (esquerda e direita).

Foto de NASA

Segundo a Nasa, esse ovni foi descrito como "um objeto em forma de pires com uma cúpula em cima" que apareceu momentaneamente perto da Lua e se perdeu de vista à medida que a câmera se afastava. Posteriormente, a própria agência espacial dos Estados Unidos conduziu uma investigação sobre ele.

Utilizando uma remasterização de alta qualidade da filmagem, o Lyndon B. Johnson Space Center (centro de pesquisa e missões espaciais da Nasa) analisou as imagens captadas. Foi provado, então, que o ovni era, na verdade, um reflexo provocado por uma ferramenta acoplada à espaçonave que é utilizada para facilitar a locomoção dos astronautas na Lua.

O que são fenômenos anômalos não identificados?

Por conta disso, a Nasa fez uma alteração na terminologia e declarou que essas aparições deixariam de ser classificadas como ovnis e seriam, então, chamadas de “fenômenos anômalos não identificados” (unidentified anomalous phenomena  ou UAP, na sigla original em inglês).

O brilho que vem do planeta Vênus, por exemplo, seria outro acontecimento relatado inúmeras vezes como um ovni – principalmente em ocasiões em que o planeta está no horizonte da Terra –, como informa a Nasa.

Isso porque planetas podem parecer uma formação de luz estranha aos olhos de muitas pessoas, pois ao contrário das estrelas, eles não brilham incessantemente no céu. 

Muitos outros acontecimentos que se passam no espaço celeste também podem ser confundidos com ovnis, como o avistamentos de planetas como Mercúrio e Júpiter,  o lançamentos de foguetes, a passagem cometas, o voo de balões meteorológicos, além do deslocamento de satélites, meteoros e até nuvens. A própria estrela Sirius também pode ser confundida com um desses objetos não-identificados.  

Ou seja, os ovnis não necessariamente se tratam de uma aparição de origem extraterrestre ou de algo impossível de ser explicado cientificamente.

A expressão “ovni”, no entanto, segue viva no imaginário coletivo, sendo popularmente usada pelas pessoas e meios de comunicação – inclusive em fevereiro de 2023, quando notícias sobre objetos voadores misteriosos nos Estados Unidos tomaram conta do noticiário internacional.

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    O UFO Welcome Center é um disco voador de 12 metros de largura construído em plástico, madeira e fibra de vidro localizado em um quintal em Bowman, Carolina do Sul, Carolina do Sul, EUA.

    Foto de Kris Graves

    Como a Nasa estuda os ovnis, agora chamados de UAPs

    Mais de 50 anos após as imagens captadas pela Apollo 16, a Nasa reuniu alguns dos principais cientistas e especialistas em segurança aeroespacial do mundo para criar uma equipe independente de investigação de UAPs.

    Partindo da premissa de que "explorar o desconhecido no espaço está no centro de quem somos", a equipe (que inclui a jornalista científica e escritora Nadia Drake, colaboradora da National Geographic) busca construir as bases para futuros estudos sobre os UAPs.

    As pesquisas começaram em outubro de 2022 e, em meados de 2023, será publicado um relatório sobre os dados obtidos a partir de diferentes fontes (governamentais, civis, comerciais e outras). 

    “Os dados são a linguagem dos cientistas e tornam o inexplicável explicável”, disse o astrofísico suíço-americano Thomas Zurbuchen, administrador associado da Direção de Missão Científica da Nasa.

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