Estes são os 4 astronautas que vão para a Lua na próxima missão da Nasa, após 50 anos

Nova missão é considerada um passo fundamental para estabelecer uma presença humana a longo prazo no satélite terrestre.

Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 3 de abr. de 2023, 16:51 BRT
A tripulação do Artemis 2 em um simulador Orion no Johnson Space Center da Nasa, em ...

A tripulação do Artemis 2 em um simulador Orion no Johnson Space Center da Nasa, em Houston, Texas, EUA.

Foto de NASA

A Nasa revelou os nomes dos quatro astronautas que viajarão na próxima missão à Lua, após 50 anos. São três astronautas da agência espacial norte-americana e um astronauta da Agência Espacial Canadense (CSA, na sigla inglês).

Os escolhidos, cujos nomes foram anunciados em 3 de abril durante um evento no Johnson Space Center da Nasa, em Houston, Texas (EUA), incluem três pilotos e um engenheiro: Reid Wiseman, Victor Glover, Christina Hammock Koch e Jeremy Hansen. O lançamento está programado para novembro de 2024.

De acordo com a Nasa, a tripulação fará uma órbita em volta da Lua a bordo da nave espacial Orion, na missão Artemis 2. Este teste durará aproximadamente 10 dias e é, segundo a agência espacial dos EUA, um passo fundamental para estabelecer uma presença humana a longo prazo no corpo celestial.

O que é a Artemis 2

Artemis 2 é a primeira missão tripulada a bordo do foguete Space Launch System, da nave espacial Orion. A missão baseia-se no bem sucedido teste de voo não tripulado da Artemis 1

“A nova missão também conta com um marco: levará a primeira mulher e a primeira pessoa negra à Lua.”

Como relatado num artigo recentemente publicado na National Geographic, Artemis 2 traçará um caminho semelhante ao da missão Apollo 8, de 1968, o primeiro voo humano à Lua. Os astronautas percorrerão uma distância de quase 400 mil quilômetros até o destino final. A viagem ajudará a Nasa a preparar-se para a Artemis 3, uma missão tripulada à superfície da Lua a ser lançada possivelmente no final de 2025.

A Nasa segue um objetivo a longo prazo com a Artemis 2: aventurar-se para além da Terra para ficar. Pretende-se explorar o polo sul da Lua, onde as áreas ocultas contêm depósitos de solo rico em gelo de água. As futuras missões poderão explorar este recurso para produzir água, oxigênio e combustível para foguetes.

O comandante da missão é Reid Wiseman, capitão da Marinha dos EUA e experiente piloto de testes em aviões de última geração. É bacharel em ciências e mestre em engenharia de sistemas. Wiseman serviu mais recentemente como chefe do Gabinete de Astronautas da Nasa.

Ele também foi engenheiro de voo a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) para a Expedição 41, de maio a novembro de 2014. Durante a missão, ele e os seus colegas completaram mais de 300 experiências científicas em áreas como fisiologia humana, medicina e ciências físicas. Estabeleceram também um marco para a ciência da estação ao completarem um recorde de 82 horas de investigação numa única semana.

Quem é Victor Glover

Victor Glover é o piloto da missão. É licenciado em engenharia e tem três mestrados: em engenharia de testes de voo, engenharia de sistemas e em artes e ciências operacionais militares. Também já pilotou aviões de última geração da Marinha dos EUA. 

Glover foi selecionado como astronauta em 2013. Serviu recentemente como piloto e segundo piloto no SpaceX Crew-1 Crew Dragon, em 2021, diz a Nasa em seu website.

Glover e seus companheiros de equipe falaram sobre a nova missão: "Precisamos celebrar este momento da história humana, porque a Artemis 2 é mais do que uma missão de ida e volta à Lua. É mais do que uma missão que tem de acontecer antes de enviarmos pessoas para a superfície da Lua: é o próximo passo na viagem que levará a humanidade a Marte.

Quem é Christina Hammock Koch

Christina Hammock Koch é uma especialista em missões e engenheira elétrica por formação. Foi selecionada como astronauta da Nasa em 2013. 

Ela serviu como engenheira de voo na Estação Espacial Internacional; estabeleceu um recorde para o mais longo voo único de uma mulher, com um total de 328 dias no espaço; e participou dos primeiros voos espaciais exclusivamente femininos.

Hammock Koch recebeu numerosos prêmios, incluindo o de Excelência Neil Armstrong, em 2020. Agora, ela fará história ao tornar-se a primeira mulher a viajar à Lua. 

"Vamos levar o nosso entusiasmo, nossas aspirações e sonhos nesta missão", disse ela no evento em Houston.

Quem é Jeremy Hansen

Jeremy Hansen é um astronauta da Agência Espacial Canadense (CSA) e será o primeiro cidadão de seu país a viajar para a Lua. É bacharel em ciências espaciais e mestre em ciência e física. Também é coronel das Forças Armadas canadenses e piloto de caça.

Em 2009, o coronel Hansen tornou-se um dos dois recrutas selecionados pela CSA. Em 2011, começou a trabalhar no Centro de Controle de Missões (a voz entre a Terra e a Estação Espacial Internacional).

Em 2017, supervisionou uma turma de 13 aspirantes a astronauta, entre membros da Nasa e os primeiros canadenses candidatos à função.

De acordo com o website da CSA, Hansen está entusiasmado com a ideia de explorar novos lugares e alcançar o aparentemente impossível. "Ser astronauta me dá a oportunidade de fazer parte de uma equipe surpreendente, que cria soluções para problemas complexos.”

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    A espaçonave Orion da Nasa capturou uma imagem da Terra e da Lua juntas em dezembro de 2022, durante o Artemis 1. A imagem foi capturada usando uma câmera na ponta de uma das asas do painel solar da espaçonave.

    Foto de NASA

    Como será a missão Artemis 2

    Após o lançamento no foguete SLS, a tripulação orbitará a Terra duas vezes na nave espacial Orion. A primeira órbita será de 90 minutos; a segunda, uma elipse de 42 horas, levará a Orion de 300 quilômetros acima da Terra para quase 97 mil quilômetros de distância.

    Durante a segunda órbita, a Orion irá praticar manobras de acoplagem, aproximando-se e afastando-se do SLS. Também serão testados sistemas de segurança. 

    Após essas manobras, a Orion poderá seguir para a Lua, numa viagem de aproximadamente quatro dias. Quando a Orion atingir o lado oculto da Lua, a tripulação estará a cerca de 7400 quilômetros acima da superfície lunar.

    O regresso da tripulação levará quatro dias e terá uma trajetória de "regresso livre", ou seja, a nave não ligará os motores. A descida para a Terra será a quase 40 mil quilômetros por hora. Depois disso, relata o artigo da National Geographic, Orion mergulhará no Oceano Pacífico, perto das costas dos Estados Unidos e do México.

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