Dia Internacional da Mulher Indígena: por que a data é celebrada em 5 de setembro?

Estabelecida em 1983, esta efeméride homenageia uma líder indígena da etnia aimara que lutou contra o domínio espanhol na América Latina.

Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 5 de set. de 2023, 06:01 BRT
Calcula-se que existam 238,4 milhões de mulheres indígenas no mundo. O Dia Internacional da Mulher Indígena ...

Calcula-se que existam 238,4 milhões de mulheres indígenas no mundo. O Dia Internacional da Mulher Indígena comemora a morte de Bartolina Sisa, uma líder aimará que lutou contra o domínio espanhol. 

Foto de Florence Goupil

Na mesma data em que o Brasil celebra o Dia da Amazônia no Brasil, em 5 de setembro também se comemora – internacionalmente  – o Dia Internacional da Mulher Indígena.

A efeméride busca homenagear as mulheres indígenas do mundo e destacar a sua importância histórica.

Por que 5 de setembro foi escolhido como o Dia Internacional da Mulher Indígena?

A data relembra a morte de Bartolina Sisa, uma mulher indígena da etnia aimara, que ocorreu em 5 de setembro de 1782. 

Sisa encabeçou revoltas contra o domínio espanhol na América Latina e foi assassinada pelas forças imperiais na região do Alto Peru (atual Bolívia), como informa o Ministério da Justiça e Direitos Humanos da Argentina.

O Dia Internacional da Mulher Indígena foi estabelecido em 1983, na Segunda Reunião de Organizações e Movimentos das Américas, realizada no povoado de Tiwanaku, na Bolívia. A informação é do Centro Internacional para a Promoção dos Direitos Humanos, instituição ligada à Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

Qual é a situação das mulheres indígenas na América Latina?

Estima-se que existam 476,6 milhões de indígenas no mundo, dos quais mais da metade (238,4 milhões) são mulheres, de acordo com a ONU Mulheres, uma entidade da Organização das Nações Unidas (ONU) dedicada a promover a igualdade de gênero e o empoderamento feminino.

Esse grupo de mulheres desempenha um papel fundamental na preservação de sua cultura, línguas e tradições; na proteção do meio ambiente e da biodiversidade; e no combate às mudanças climáticas.

Muitas dessas mulheres indígenas estão, inclusive, à frente da defesa dos povos amazônicos, como retratado em uma reportagem de National Geographic Brasil publicada em março de 2023. 

No entanto, alerta a entidade, existem lacunas de desigualdade na América Latina e no Caribe que ameaçam seriamente a autonomia das mulheres no geral. Essa situação se agrava no caso daquelas que pertencem a grupos indígenas e enfrentam múltiplos tipos de violência e discriminação. 

Por esse motivo, a ONU Mulheres incentiva os países a promoverem uma cultura que respeite, reconheça e apoie a liderança das indígenas. O órgão também enfatiza a importância de prevenir, punir e erradicar todas as formas de violência contra as mulheres, inclusive a que impede sua participação na vida pública.

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