As cidades mais sustentáveis do mundo em 2022
Stortinget, Parlamento de Oslo. Svalbard, Noruega. Esta cidade lidera o ranking Arcadis das cidades mais sustentáveis do mundo.
A fim de identificar quais cidades no mundo estão mais avançadas em questão de sustentabilidade, a empresa Arcadis, player mundial na área de soluções sustentáveis de design, engenharia e consultoria, prepara desde 2015 um índice anual de cidades sustentáveis.
O relatório analisa 100 cidades em mais de 40 países a partir de indicadores separados em três categorias: planeta (ambiental), pessoas (social) e lucro (econômico). No top 5 do relatório de 2022, a cidade norueguesa de Oslo aparece como líder, seguida de Estocolmo (Suécia), Tóquio (Japão), Copenhague (Dinamarca) e Berlim (Alemanha).
Cidades sustentáveis na América Latina
Na América Latina, Jonathan Barton, professor do Instituto de Geografia da Pontifícia Universidade Católica do Chile (PUC-Chile), cita dois exemplos de municípios que investiram em soluções de desenvolvimento sustentável.
O primeiro é Curitiba, cidade localizada no sul do Brasil, que incluiu mudanças estruturais nas áreas de transporte público, uso de espaço público, gestão de resíduos e capacitação profissional em seu Plano Diretor (mecanismo legal que orienta o uso do solo urbano) desde 1965.
“É importante reconhecer que o caso de Curitiba foi baseado em estratégia, com iniciativas precisas e concretas, e não em um conjunto de projetos desordenados”, ressalta Barton.
Refeitório Mathallen. Grunerlokka, Oslo, Noruega. A cidade nórdica distingue-se pelos seus indicadores de triplo impacto.
Outro bom exemplo, segundo o pesquisador, é Manizales, localizada no centro ocidental da Colômbia. A cidade se destaca pelas ações feitas a fim de reduzir os riscos de deslizamento de terras e questões de moradia para a população de baixa renda.
“O caso da cidade colombiana reuniu poderes das esferas regional e municipal com universidades locais, criou indicadores para monitorar o progresso”, diz o pesquisador que enfatiza a importância de uma liderança consciente e a participação ativa da população.
“Os cidadãos são fundamentais na pressão por um desenvolvimento sustentável, seja na organização de movimentos sociais, na escolha de consumo e, principalmente, como eleitores”, finaliza Barton.