Fotos aéreas revelam as maravilhas do Ártico Selvagem
O fotógrafo Florian Ledoux quer que seu trabalho não só conte a história da região, mas ajude a preservá-la.
Desabitado e extremamente bonito, o Ártico conquistou o coração do fotógrafo Florian Ledoux aos 10 anos de idade. “A magnitude da paisagem e as espécies incríveis que vivem lá me atraíram. Eu fiquei profundamente emocionado quando fiz minha primeira viagem sobre o Círculo Polar Ártico e aquela sensação continuou a se intensificar conforme eu fui explorando-o”, disse Ledoux.
Atualmente, Ledoux se encontra atravessando terras e céus na Islândia, Groelândia, Canadá, e além, determinado a capturar imagens da paisagem e da vida selvagem. Enquanto trabalhou como fotojornalista na Marinha Francesa, Ledoux aperfeiçoou suas habilidades com um projeto pessoal onde fotografou a cultura Inuit da Groelândia e seu relacionamento com a terra. Ele concorreu com várias fotos no concurso National Geographic Fotógrafo do Ano da Natureza de 2017 .
Em 2017, Ledoux velejou em busca de ursos polares perto de Tremblay Sound, no Canadá. Após uma noite de buscas sem sucesso, Ledoux e seu time encontraram, no dia seguinte, uma grande área de gelo que parecia promissora – o gelo era ideal para ursos polares caçarem suas presas. Conforme foram se aproximando do local, o grupo encontrou o que procurava: quatro ursos polares pulando de bloco de gelo em bloco de gelo procurando por focas. Para buscar um novo olhar para a cena, Ledoux fotografou os ursos vagando pelo gelo de cima: “Eu usei um drone para fazer as fotografias aéreas porque ele traz uma nova perspectiva à fotografia de vida selvagem tradicional.” Além dos desafios de fotografar no Ártico com um drone – além do frio extremo, polos magnéticos influenciam os dispositivos e até causam erros em bússolas – Ledoux operou o drone de um veleiro em movimento para criar suas imagens.
Ledoux se aproxima de todos os habitats com cuidado, pesquisa comportamento animal e passa muito tempo aprendendo sobre a vida selvagem antes de sair em campo. Ele pretende fotografar a maior história do Ártico e os animais que vivem lá apesar das condições. “Para mim, não há sentimento melhor do que estar perto e dividir espaço com eles. Eu sempre vou me lembrar do meu primeiro encontro com ursos polares – eu chorei durante as três horas que estive perto deles”.
O Ártico se tornou o lar longe de casa do fotógrafo e é o centro de sua paixão fotográfica. “Aqueles momentos são incríveis, alguma coisa acontece dentro de mim – é uma sensação profunda que consome todo meu corpo e minha alma. Eu vivo para isso. Quando eu fotografo, estou em outro lugar.”
Qual o próximo passo de Ledoux? Ele planeja trabalhar em seu projeto de longo prazo sobre o Ártico, tirando fotografias aéreas em diferentes épocas do ano. Nesse meio tempo, ele é guia do Arctic tours com seu parceiro para ajudar a educar turistas e dividir sua paixão por fotografia.
Veja mais fotografias de Florian Ledoux em florian-ledoux.com e no Instagram @florian_ledoux_photographer.