O que acontece com o cérebro quando não dormimos
Dormir é uma parte importante da rotina diária, e quando não dormimos o suficiente, nossas capacidades cognitivas e emocionais são abaladas.
O termo japonês inemuri, ou "dormir enquanto presente", é uma forma distinta de cochilo em que uma pessoa cochila em um local não projetado para dormir.
Os humanos gastam cerca de um terço da vida dormindo, algo tão essencial para a sobrevivência como comida ou água. De acordo com o Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos e Derrame dos Estados Unidos, o sono é importante para manter várias funções cerebrais, como a comunicação entre as células nervosas e a remoção de toxinas que se acumulam enquanto acordados.
Portanto, sem dormir, o instituto alerta que a pessoa pode não formar ou manter os caminhos no cérebro que lhe permitem aprender e criar novas memórias. Fora isso, também fica mais difícil se concentrar e responder rapidamente às diferentes situações do dia a dia.
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Como a falta de sono afeta nosso cérebro?
Um estudo intitulado O cérebro humano com privação de sono, de 2017, publicado na revista científica Nature Reviews Neuroscience, discorre sobre algumas alterações neurais que ocorrem no cérebro quando não dormimos o suficiente.
Segundo a publicação, uma capacidade cognitiva especialmente suscetível à perda de sono é a atenção. Em pessoas com privação de sono, “o desempenho em tarefas que precisam de atenção deteriora-se de forma dose-dependente com a quantidade de sono acumulado”, explica o artigo. Ou seja, quanto menos sono temos, mais difícil é manter a atenção.
A publicação detalha que isso acontece porque a falta de sono afeta regiões e redes cerebrais associadas à atenção, como o córtex pré-frontal dorsolateral, área também ligada à inibição, coordenação e modulação do comportamento.
Outra função cerebral prejudicada pela privação de sono é a memória de trabalho, um componente cognitivo que permite o armazenamento temporário de informação enquanto uma determinada tarefa está sendo realizada.
Segundo o estudo, a base neural responsável pela memória de trabalho se sobrepõe anatomicamente ao sistema de atenção. O impacto nessa região pode prejudicar algumas atividades cognitivas como, por exemplo, a leitura.