A coqueluche é causada pela bactéria Bordetella pertussis. Na imagem, bactérias vistas em um microscópio eletrônico ...

Coqueluche: saiba o que é a doença que voltou a preocupar o mundo

Essa doença respiratória altamente transmissível é causada por uma bactéria que tem crescido o número de casos nos últimos meses em vários países – e também no Brasil.

A coqueluche é causada pela bactéria Bordetella pertussis. Na imagem, bactérias vistas em um microscópio eletrônico de transmissão.

Foto de Héctor Álvarez CONICET (CC BY 2.5 AR)
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 11 de jul. de 2024, 14:59 BRT

Os casos de coqueluche vêm aumentando bastante em diferentes partes do mundo, como registrado oficialmente pelos governos de França, Reino Unido, Estados Unidos, China e Austrália. E essas notificações aumentam uma preocupação mundial por conta da doença respiratória que é de fácil e alta transmissão

Para se ter uma ideia, o Centro Europeu de Controle e Prevenção das Doenças (ECDC, em inglês), informou que somente nos três primeiros meses de 2024 já foram registrados na União Europeia mais de 32 mil casos de coqueluche – chamando a atenção das autoridades europeias já que este é o ano das Olimpíadas de Paris, na França, sendo o país um foco de visitantes do mundo inteiro.

No Brasil, a situação também soou o alarme para as autoridades sanitárias, pois só no estado de São Paulo foram registrados 139 casos de coqueluche até o início de junho de 2024, sendo que no ano de 2023 inteiro o estado havia tido somente 54. A cidade do Rio de Janeiro também está em alerta pelo aumento da coqueluche, que tem atingido principalmente crianças e adolescentes

Mas o que é a coqueluche e como ela é transmitida? Quais os sintomas mais comuns e como é possível evitá-la? Descubra a seguir e também por que vacinação é peça fundamental para evitar a coqueluche.

(Sobre saúde respiratória, leia também: Cientistas alertam: a temporada de alergias está prestes a piorar)

O que é coqueluche?

coqueluche é uma doença infecciosa aguda e transmissível que afeta as vias respiratórias (traquéia e brônquios) e é causada pela bactéria Bordetella pertussis (sendo chamada de pertussis em alguns países). É uma doença que evolui em três fases sucessivas, como define a Fiocruz  (instituição de pesquisa científica do governo federal brasileiro).

Os principais sintomas da coqueluche variam de acordo com cada fase. A fase catarral inicia-se com sintomas leves, que podem ser facilmente confundidos com os de uma gripe e pode durar algumas semanas: febre, corizamal-estar e tosse seca. Em seguida, há acessos de tosse seca contínua

A coqueluche pode ser facilmente evitada por meio da vacinação, indicada não só para crianças, mas ...

A coqueluche pode ser facilmente evitada por meio da vacinação, indicada não só para crianças, mas também para gestantes e bebês.

Foto de Tomaz Silva Agência Brasil

Já na fase aguda, os acessos de tosse são finalizados por inspiração forçada e prolongadavômitos e cansaço extremo. Na fase de convalescença, os acessos de tosse desaparecem e dão lugar à tosse comum. No total, a pessoa pode apresentar sintomas durante seis a dez semanas.

Como explica o site da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, é justamente na fase catarral que a doença é mais contagiosa e a bactéria é transmitida por meio de gotículas de saliva de uma pessoa infectada por tosse, espirro ou até mesmo pela fala – especialmente em locais fechados e/ou aglomeração. A coqueluche pode ainda se espalhar pelo contato com objetos contaminados por secreções de alguém doente. 

Como é possível evitar a coqueluche?

coqueluche pode ser uma infecção séria especialmente em bebês e crianças, que costumam apresentar formas mais graves da doença, que causam sintomas mais preocupantes como desidratação, pneumonia, convulsões, lesão cerebral e até morte, como informa a Fiocruz

Porém, a coqueluche também é uma doença de fácil prevenção graças à vacinação. Como afirma a Organização Mundial da Saúde (OMS) em seu site, a vacina mais disponível globalmente é a que conta com três doses da DTP3 (também conhecida como “tríplice bacteriana”) que é contra difteriatétano e coqueluche – diminuindo assim o risco de coqueluche grave na infância. 

No Brasil, há disponível no esquema vacinal infantil a vacina pentavalente – que protege as crianças contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite BHaemophilus influenzae tipo B. O esquema vacinal no país atualmente recomenda a vacinação com três doses da vacina pentavalente logo no primeiro ano da criança: aos 2 meses, aos 4 meses e aos 6 meses. Depois, duas doses de reforço com a vacina DTP3, aos 15 meses e aos 4 anos de idade.

A vacinação também é indicada para gestantes e mulheres no puerpério. Para as grávidas, recomenda-se uma dose da vacina dTpa (tríplice bacteriana acelular tipo adulto) a partir da 20ª semana de gestação. Quem não foi imunizado durante a gravidez, a orientação é tomar uma dose da dTpa no puerpério, o mais precocemente possível e até 45 dias pós-parto.

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