Três teorias sobre o multiverso

A física tenta dar respostas à origem do universo baseada em diferentes correntes de pensamento.

Gás superaquecido gira em torno do buraco negro central da nossa galáxia, Sagitário A*.

Foto de Mark A. Garlick
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 18 de jan. de 2023, 15:55 BRT

O conceito de multiverso indica a existência de um ou mais universos além daquele conhecido pelas pessoas. É o que explica Nadia Drake, jornalista científica americana e colaboradora da National Geographic. Segundo ela, os universos podem ter versões diferentes do planeta Terra ou responder a leis físicas contrárias às do universo conhecido.

“Existem teorias que são mais aceitas pela ciência do que outras, e isso corresponde ao nível de aprovação ou refutação que elas têm”, explica Drake.

A Cosmologia Inflacionária, por exemplo, é uma das mais aceitas cientificamente. Isso explica as estruturas do universo e das galáxias como são conhecidas hoje, argumenta a jornalista.

Além disso, existem outras teorias, como a dos multiversos paralelos e multiversos de universos-bolha. Saiba mais sobre esses três multiversos e como cada um funciona.

Multiversos paralelos: a interpretação de muitos mundos 

Os multiversos existem paralelamente ao Universo em que vive a humanidade e no mesmo tempo e espaço que o nosso, segundo estudos de física, da mecânica quântica (ramo da física usado na pequena escala espacial) e da Enciclopédia de Filosofia de Stanford.

Essa ideia de multiverso foi desenvolvida pelo físico Hugh Everett na década de 1950 e postula que, à medida que se realiza um experimento quântico com diferentes resultados possíveis, cada um desses diferentes resultados ocorrem em cada multiverso paralelo.

O que são e como funcionam os multiversos de universos-bolha

Existe uma segunda teoria sobre os multiversos onde se afirma, segundo a revista norte-americana Quanta Magazine, que o Universo é uma bolha que incha, e existem mais universos com a mesma aparência, todos imersos em um mar energizado e em eterna expansão.

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No esforço para entender o nascimento de tudo o que é conhecido, a publicação argumenta que as bolhas se expandem em um vácuo infinito a uma velocidade que  nunca poderiam se encontrar. Cada bolha pode até ter propriedades diferentes, sendo a nossa, por exemplo, a bolha que abriga a vida em um planeta.

No entanto, se houver uma bolha de vácuo que colide com outra, pode ocorrer uma explosão. "Este pode ter sido o primeiro evento da história do nosso universo", explica Hiranya Peiris, cosmologista da Universidade de Londres à Quanta Magazine.

O que é a cosmologia inflacionária

Durante o Big Bang, a teoria científica que explica a origem do mundo, afirma que o Universo se expandiu rapidamente por uma fração de segundo. Antes disso, toda a matéria poderia estar concentrada em um único local, diz o Centro Stephen Hawking de Cosmologia Teórica.

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O Centro Stephen Hawking usa o enchimento de um balão para explicar como a cosmologia inflacionária funciona. Assim, se pontos são marcados em uma bexiga murcha, "à medida que o balão infla, a distância entre os pontos na superfície dela aumenta". Esta teoria foi publicada pela primeira vez pelo físico Alan Guth, em seu livro O Universo Inflacionário, publicado em 1981 e disponível para compra no Brasil.

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