Qual o maior planeta já encontrado?

Este corpo celeste supera o maior planeta existente no Sistema Solar, mas curiosamente tem densidade mais leve que uma rolha.

A nuvem de Oort envolve o sistema solar.

Foto de DANA BERRY
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 8 de mai. de 2023, 13:00 BRT

O maior planeta conhecido pela humanidade é quase duas vezes o tamanho de Júpiter, que é o maior corpo celeste do Sistema Solar. 

O atual detentor do título de maior planeta já encontrado é do TrES-4b, um exoplaneta localizado na constelação de Hércules, a 1.435 anos-luz da Terra, segundo a Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos. 

O exoplaneta – nome dado a qualquer planeta encontrado além do Sistema Solar –, foi descoberto em 2006 pelo projeto de pesquisa da Nasa Trans-Atlantic Exoplanet Survey (TrES), ou Busca Transatlântica por Exoplanetas, em tradução livre. 

(Veja também: O planeta mais próximo do nosso sistema solar simplesmente desapareceu)

O que se sabe sobre o maior planeta já encontrado

O TrES-4b orbita a estrela identificada como GSC02620-00648, que é do tipo F (estrelas de 1 a 1.4 vezes a massa do Sol e temperaturas de superfície entre 5,7 mil Cº a 6,7 mil Cº) e muito fraca para ser vista a olho nu da Terra. 

Segundo os astrônomos responsáveis pela descoberta, o exoplaneta realiza uma revolução completa em volta da estrela a cada 3,55 dias. Desta forma, um ano deste planeta é mais curto que uma semana na Terra. Por ser muito próximo da estrela que orbita, apenas 7 milhões de quilômetros, o planeta é também muito quente, com temperatura média da superfície de 1,3 mil Cº.

Assim como Júpiter, o TrES-4 é um gigante gasoso, composto praticamente de hidrogênio. Entretanto, segundo a Nasa, mesmo com seu enorme diâmetro (de 257 mil 230 quilômetros), sua massa é menor do que a do gigante do nosso Sistema Solar, o equivalente a 0,78 Júpiteres. 

Além disso, a densidade do planeta é de apenas 0,2 gramas por centímetro cúbico, igual à de uma rolha feita de cortiça. 

Esse fato, de acordo com a agência norte-americana, faz com que o planeta seja um acontecimento curioso. Porque, considerando sua massa e densidade, o tamanho do planeta não pode ser explicado pelos modelos teóricos para planetas gigantes superaquecidos que os cientistas tinham no momento da descoberta. Isso quer dizer que, pelos conhecimentos atuais, o planeta nem deveria existir. 

Também por conta da sua densidade, o planeta tem outro aspecto curioso. Durante seu movimento, parte de sua atmosfera escapa, deixando um rastro similar ao de um cometa.

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