Na foto acima, vemos o piloto do módulo lunar da missão Apollo 11, Edwin E. Aldrin ...

O que é um terremoto lunar?

A primeira abordagem sobre a sismologia lunar ocorreu após a chegada dos seres humanos à Lua. Desde então, os especialistas têm avaliado os movimentos que ocorrem no satélite da Terra – algo essencial para o planejamento da próxima missão lunar.

Na foto acima, vemos o piloto do módulo lunar da missão Apollo 11, Edwin E. Aldrin Jr., implantando o Pacote de Experimento Sísmico Passivo (PSE) na superfície da Lua. O instrumento esteve por um longo período na superfície lunar para enviar informações por rádio sobre terremotos lunares, entre outras coisas.

Foto de NASA
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 1 de mai. de 2024, 12:00 BRT

Assim como ocorre no planeta Terra,Lua também sofre terremotos. Conhecidos como "terremotos lunares", esses movimentos caracterizam nosso satélite e nos permitem aprender mais sobre esse objeto celeste tão importante para o nosso planeta. Mas como são esses tremores e por que eles ocorrem?

(Veja também: A Terra é a nossa casa – veja como ela está mudando a cada ano)

Como são os terremotos lunares?

De acordo com o site da Nasa, há diferentes tipos de terremotos lunares. Entre eles estão os terremotos lunares profundos – que ocorrem centenas de quilômetros abaixo da superfície e são causados por marés. Ou seja, "eles são o resultado da atração da gravidade da Terra que puxa e estica as estruturas internas da Lua", explica a Nasa.

Um segundo tipo de terremoto lunar é causado pelo impacto de meteoritos que atingem a Lua, acrescenta a agência espacial norte-americana.


Um terceiro tipo de terremoto lunar, considerado um terremoto de superfície, é causado pela expansão e contração térmica da rocha na superfície ou próximo a ela, à medida que ela passa da noite gelada da Lua (quando as temperaturas podem cair até -170 °C) para o dia quente da Lua.

Outro tipo de terremoto lunar é causado pela contração da Lua à medida que ela esfria, um processo que vem ocorrendo desde sua formação há quase 4,5 bilhões de anos. Esses tremores de terra se originam em uma profundidade moderada de 20 a 30 quilômetros e podem atingir uma magnitude de 5,5 na escala Richter e durar mais de 10 minutos.

De acordo com um estudo publicado em 2019 e citado pela Nasa, a Lua encolhe à medida que seu interior esfria. Dessa forma, ela encolheu cerca de 50 metros nas últimas centenas de milhões de anos, o que fez com que a crosta da superfície da Lua formasse "falhas de empuxo", em que uma seção da crosta é empurrada para cima sobre uma parte vizinha.

Em 1969, os membros da tripulação do histórico voo espacial tripulado da Nasa, o Apollo 11, colocaram o primeiro sismógrafo na superfície lunar. Conhecido como Passive Seismic Experiment (Experimento Sísmico Passivo), esse dispositivo detectou "terremotos lunares" e forneceu informações sobre a estrutura interna da Lua, descreve a Nasa.

Embora tenha fornecido dados por apenas três semanas, o sismômetro da Apollo 11 foi uma primeira aproximação útil da sismologia lunar, observa a agência espacial. Posteriormente, sismômetros mais avançados foram instalados nos locais de pouso das Apollo 12, 14, 15 e 16 e transmitiram dados para a Terra até setembro de 1977.

Conhecer esses movimentos não apenas permite que os especialistas aprendam mais sobre a Lua, mas também é algo importante para futuras missões espaciais

Um estudo recente financiado pela Nasa e publicado no Planetary Science Journal de janeiro de 2024, alertou que os terremotos e falhas lunares gerados à medida que o interior da Lua esfria e encolhe gradualmente também estão localizados perto e dentro de algumas das áreas que a agência identificou como regiões de pouso candidatas para Artemis III, a primeira missão Artemis planejada para um pouso lunar tripulado.

Embora superficiais, esses eventos podem danificar estruturas humanas na Lua, como prédios e equipamentos, e colocar em risco a segurança dos astronautas e das operações, acredita Fernando Roig, pesquisador de astronomia e vice-diretor do Observatório Nacional do Brasil, em entrevista ao Ciência no Rádio, programa do Observatório Nacional do Brasil e da Rádio MEC.

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