Turismo espacial: como funciona e quanto custará o serviço que promete levar humanos ao espaço

Uma empresa já possui 200 passageiros na lista para serem levados ao espaço sideral a bordo de sua espaçonave. Os custos do serviço, no entanto, são altos.

A missão Voyager da NASA aproveitou um alinhamento dos planetas exteriores que ocorre uma vez a cada 175 anos para fazer um grande passeio pelo sistema solar. A espaçonave gêmea revelou detalhes sobre Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, usando a gravidade de cada planeta para enviá-los ao seu próximo destino. A Voyager preparou o terreno para missões orbitais ambiciosas, como Galileo a Júpiter e Cassini a Saturno. Hoje, ambas as sondas Voyager continuam a fornecer ciência valiosa dos confins do nosso sistema solar.

Arte de NASA JPL
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 21 de set. de 2023, 18:00 BRT

No início de setembro de 2023, os restos fossilizados de dois ancestrais humanos antigos, Australopithecus sedibaHomo naledi, foram lançados para um voo suborbital com um grupo de astronautas em uma espaçonave comercial. 

Os ancestrais que viveram há mais de 100 mil anos foram enviados como um tributo à "sede de exploração de longa data da humanidade", diz um artigo da  National Geographic dos Estados Unidos intitulado Why this company sent ancient human fossils into space (“Por que essa empresa enviou fósseis humanos para o espaço”, em tradução ao português).

Foi a primeira vez que o fóssil de um ancestral humano esteve fora da Terra. A empresa responsável pela ação, a Virgin Galactic, é uma das que planeja impulsionar o comércio de voos turísticos para o espaço sideral e essa viagem se soma a um total de três expedições já realizadas pela companhia.

Mas será que o turismo espacial já é mesmo uma realidade? Descubra em detalhes o que se entende por essa experiência e qual é o eu custo.

O que é turismo espacial e por que ele é tão comentado?

Um artigo da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) diz que, em vez de turismo espacial, o termo mais correto seria o de “voos suborbitais”.

Isso porque a viagem turística em questão consiste em levar uma espaçonave a uma altura que, com a velocidade certa, produza a sensação de ausência de gravidade. 

Em outras palavras, os voos suborbitais são viagens extraterrestres realizadas por veículos financiados e operados por empresas privadas, cuja tecnologia associada tem o objetivo de impulsionar o mercado de turismo espacial, explica a agência europeia.

Com relação a esse tipo de turismo, a ESA, como organização pública financiada por vários países do mundo para pesquisar o universo, ressalta que: 

  • Seu crescimento implica novos desenvolvimentos em tecnologias aeroespaciais.
  • Ele traz uma perspectiva aeronáutica para o desenvolvimento e as operações da tecnologia espacial.
  • Permite o acesso humano ao universo e a preparação para a exploração de longo prazo do Sistema Solar

Quanto custa viajar para o espaço como turista?

Apesar da atração, esse serviço de luxo tem custos altos. No caso da Virgin Galactic, ela conseguiu, antecipadamente, um total de 200 passageiros que pagaram o custo da viagem ao espaço a bordo de sua espaçonave, diz a agência europeia.

Embora a agência estime que os preços cairão com o avanço das tecnologias, "sua evolução pode ter implicações profundas e significativas para as atividades espaciais como um todo".

Em 2008, quando o documento da Agência Espacial Europeia foi publicado, o custo de um voo suborbital da Virgin Galactic era de cerca de 200 mil dólares (aproximadamente 974 mil reais, na cotação atual).

No entanto, um documento de 2020 da Nasa, a agência espacial norte-americana, menciona outros pacotes com valor ainda mais alto. 

O custo nominal dessas viagens está atualmente entre 20 e 25 milhões de dólares (de 97 a 121 milhões de reais, aproximadamente) e é realizado por empresas como Blue Origin, Virgin Galactic, Boeing e SpaceX.

Cartazes distópicos de viagens espaciais
À esquerda: No alto:

Não há lugar como o lar. Quente, úmida e com uma atmosfera perfeita, a Terra é o único lugar que conhecemos com vida (e muita). As missões científicas da Terra do JPL monitorizam o nosso planeta natal e como ele está a mudar, para que possa continuar a fornecer um refúgio seguro à medida que nos aprofundamos no cosmos.

À direita: Acima:

A cerca de 40 anos-luz da Terra, um planeta chamado TRAPPIST-1e oferece uma visão deslumbrante: objetos brilhantes num céu vermelho, parecendo versões maiores e menores da nossa própria lua. Mas estas não são luas. São planetas do tamanho da Terra num sistema planetário espetacular fora do nosso. Esses sete mundos rochosos se amontoam em torno de sua pequena e tênue estrela vermelha, como uma família ao redor de uma fogueira. Qualquer um deles poderia hospedar água líquida, mas o planeta mostrado aqui, o quarto a partir da estrela TRAPPIST 1, está na zona habitável, a área ao redor da estrela onde é mais provável que a água líquida seja detectada. Este sistema foi revelado pelo Transiting Planets and PlanetesImals Small Telescope (TRAPPIST) da NASA e pelo Telescópio Espacial Spitzer. Os planetas também são excelentes alvos para o Telescópio Espacial James Webb da NASA. Faça um passeio planetário pelo sistema TRAPPIST-1.

fotos de NASA JPL

A agência norte-americana diz que há empresas privadas que, embora não planejem voos suborbitais como atração turística, têm "projetos iniciais para hotéis orbitais de luxo". Esse é o caso da Bigelow Aerospace e da Orion Span.

 Enquanto isso, as empresas privadas Space X e Space Adventures planejam fazer voos para a Lua por entre 70 e 100 milhões de dólares por passageiro – algo que, em reais, equivaleria a valores entre 341 milhões a 487 milhões, aproximadamente, na cotação atual.

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