
O que é um terremoto?
A região da conhecida como “Anel de Fogo" do Pacífico é a maior zona sísmica do mundo. Nela se encontram países como o Japão (foto), que é um dos países com maior incidência de terremotos no planeta, e também Taiwan, que aprendeu a resistir a sismos de mais de 7 pontos na escala Richter.
Um terremoto, ou abalo sísmico, é como se chama o movimento brusco e repentino de um terreno. Esse fenômeno natural pode abalar estruturas e destruir cidades inteiras ou sequer ser sentido a depender de sua magnitude, como explica o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês). Conheça as causas e a magnitude dos terremotos.
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O que causa um terremoto
Sejam eles fracas vibrações ou verdadeiros desastres, a causa de todos os terremotos naturais é a mesma. Segundo explica o USGS, um abalo sísmico – como também são chamados os terremotos – são resultado do deslizamento e do atrito entre as placas tectônicas, que são grandes blocos rochosos semirrígidos que compõem a crosta terrestre e estão em constante movimento.
Por vezes, as placas se chocam entre si durante esse deslocamento em locais que se chamam “falhas”. Esse atrito libera uma grande quantidade de energia, em forma de ondas, que se propagam em todas as direções e que causam os tremores sentidos na superfície da Terra, segundo conta o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP), uma das entidades brasileiras que estuda o assunto.

Escombros do terremoto de 2008 nas montanhas de Wolong, na China.
Como medir a magnitude e intensidade dos terremotos
A gravidade de um terremoto pode ser medida de duas formas: pela magnitude e pela intensidade.
A magnitude, de acordo com o IAG, é o que mede o tamanho do tremor e está relacionada com a energia sísmica liberada e com a amplitude das ondas registradas na origem. Essas medições são feitas por aparelhos que registram os movimentos do solo chamados sismógrafos.
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A escala usada para calcular o tamanho do terremoto é a Escala sismológica de Richter, elaborada pelos sismólogos Charles Richter (dos Estados Unidos) e Beno Gutenberg (da Alemanha). Segundo explica o IAG, a escala teoricamente não tem limites, mas os registros normalmente variam de 0 a 10 graus de magnitude, sendo que de 8 para cima já representam terremotos desastrosos.
Por exemplo, o terremoto que ocorreu dia 30 de julho de 2025 na na Península de Kamchatka, na Rússia, a uma profundidade de 19 Km, atingiu 8.8 de magnitude – ou seja – foi um abalo sísmico de alta magnitude - sendo o mais forte nos últimos 14 anos, causando alertas de possíveis tsunami em diversos lugares, como no Japão, Havaí e costa Oeste dos Estados Unidos e litoral do Peru e Chile.
Já a intensidade descreve os efeitos produzidos pelos terremotos em locais da superfície terrestre. Segundo o Instituto da USP, a classificação da intensidade sísmica é feita a partir da observação in loco dos danos ocasionados nas construções, pessoas ou meio ambiente.
No caso do terremoto na Turquia, o relatório de impacto do USGS registrou o tremor com nível “vermelho” (mais grave) para perdas econômicas e “laranja” (segundo mais grave) para fatalidades, indicando desastre generalizado, prováveis danos extensos e baixas significativas.
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