História das Olimpíadas: os 6 atletas que marcaram os Jogos Olímpicos
Na foto, o nadador Michael Phelps, durante um evento nos Jogos Olímpicos de Pequim, onde ganhou sete medalhas de ouro em uma única competição.
Os Jogos Olímpicos começam agora uma nova edição: Paris 2024, na França, dando espaço para histórias serem escritas no mundo do esporte. Serão dias para recordes quebrados e performances impressionantes nas mais variadas modalidades mostrando que os atletas, às vezes, parecem super-humanos.
Ao longo da história das Olimpíadas modernas, desde sua primeira edição em 1896, vários esportistas brilharam de uma maneira tão incrível que fez o público no mundo inteiro admirar, vibrar e observar a superação física e mental de alguns, criando heróis reais memoráveis.
Relembre, a seguir, uma seleção de atletas que marcaram de diferentes formas seus nomes na história dos Jogos Olímpicos.
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O nadador Michael Phelps
Michael Phelps detém o recorde de maior número de medalhas conquistadas nos Jogos Olímpicos.
O ex-nadador norte-americano, nascido em Baltimore, Maryland, vem de uma família de nadadores e começou no esporte aos sete anos. A carreira deu tão certo que até hoje ele é o atleta com maior número de medalhas da história dos Jogos Olímpicos modernos: 28 no total, sendo 23 medalhas de ouro, como conta a Encyclopædia Britannica (plataforma de conhecimento do Reino Unido).
Durante toda a sua carreira, ele ganhou diversos campeonatos mundiais, mas foi como atleta olímpico que se consagrou definitivamente. Michael Phelps participou de cinco Olimpíadas: Sydney 2000, Atenas 2004, Pequim 2008, Londres 2012 e Rio de Janeiro 2016. Em Pequim alcançou um feito inédito: ganhou sete medalhas de ouro em uma só competição.
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A ginasta Nadia Comaneci
Nadia Comaneci entrou para a história da ginástica artística como a primeira mulher a realizar um salto duplo para trás nas barras assimétricas.
A ginasta da Romênia encantou o mundo com sua performance nas Olimpíadas de 1976, em Montreal, no Canadá. Foi nessa edição que, pela primeira vez na história, uma ginasta recebeu uma nota 10 do júri. Porém Nadia Comaneci não recebeu apenas esta nota 10: foram sete pontuações máximas, o que resultou em 3 medalhas de ouro – uma na trave de equilíbrio, outra nas barras assimétricas e uma terceira na competição individual geral, de acordo com a Brittanica.
Nadia Comaneci se dedicava à ginástica artística desde os seis anos de idade, e com apenas 11 anos, em 1972, participou de suas primeiras competições internacionais. Um pouco antes dos Jogos Olímpicos de 1976, no mesmo ano, ela venceu a Copa Norte-Americana de Ginástica em Nova York, tornando-se a primeira mulher a executar um salto duplo para trás como um desmonte das barras assimétricas.
O corredor Paavo Nurmi
No mesmo dia e com 90 minutos de diferença, Paavo Nurmi venceu as corridas de 1.500 metros e 5.000 metros.
O corredor da Finlândia ficou conhecido mundialmente como “flying finn” (“o finlandês voador”, em tradução livre) por conta de seu desempenho impressionante nas competições de corrida de longa distância na década de 1920. Segundo a Encyclopædia Britannica, Nurmi ganhou ao todo 13 medalhas olímpicas: 9 de ouro e 3 de prata.
Durante sua carreira, Paavo Nurmi estabeleceu 25 recordes mundiais de corrida em várias distâncias. E há 100 anos, nas Olimpíadas de Paris de 1924, ele realizou um feito impressionante: ganhou a prova de 1.500 metros e apenas 90 minutos depois dessa vitória, Nurmi foi o vencedor também da prova de 5 mil metros, como conta o jornal britânico Independent.
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A ginasta Larisa Latynina
Nascida em Kherson, na Ucrânia, quando a região ainda pertencia à antiga União Soviética (em 1934), Larisa Latynina é ainda hoje um nome de referência da ginástica artística mundial. Isso porque até então, ela é a segunda atleta com maior número de medalhas da história dos Jogos Olímpicos modernos, tendo recebido 18 medalhas no total: 9 de ouro, 5 de prata e 4 de bronze, segundo a Britannica.
Latynina competiu nas Olimpíadas de 1956, 1960 e 1964, e com sua consistência e graça, especialmente nas apresentações de solo, demonstrou a importância da expressão artística juntamente com a habilidade técnica, o que a consolidou como uma das maiores ginastas de todos os tempos.
O corredor Jesse Owens
O americano Jesse Owens participou e ganhou 4 medalhas nas Olimpíadas mais polêmicas da história, em Berlim 1936.
Jesse Owens é um dos personagens mais famosos e lembrados ao longo de todos os Jogos Olímpicos modernos. Isso porque o corredor norte-americano se tornou vencedor olímpico justamente na mais controversa e complexa edição dos jogos: Berlim em 1936 – em plena Alemanha nazista. Esta história é contada em detalhes em outro artigo da National Geographic intitulado “A brutal história das Olimpíadas Populares de 1936: um boicote ao fascismo e a Hitler”.
Negro e nascido em Tucson, no Alabana, nos Estados Unidos, Jesse Owens representava o oposto das bases do nazismo e suas 4 medalhas de ouro (100 metros, 200 metros, salto em distância e revezamento 4x100 metros) foram um golpe na intenção de Adolf Hitler de usar os Jogos Olímpicos como propaganda política para demonstrar a suposta “superioridade ariana”, de acordo com a Brittanica.
O velocista Usain Bolt
O atleta jamaicano quebrou recordes de atletismo e ganhou 8 medalhas de ouro olímpicas.
O atleta caribenho de maior destaque nos Jogos Olímpicos é o corredor Usain Bolt, que levou o nome da Jamaica para o topo dos pódios. Apelidado pela imprensa mundial como “o homem mais rápido do mundo”, Bolt revolucionou a corrida de velocidade com seu carisma, velocidade incrível e domínio nas provas.
Conforme relata a Britannica, Usain Bolt bateu recordes mundiais em provas rápidas de corrida, como nos 100 e 200 metros e no revezamento 4x100 metros. O jamaicano participou de três Olimpíadas na sequência (2008, 2012 e 2016). Bolt ganhou ao longo de sua carreira 8 medalhas de ouro olímpicas.