Confira a sensação de mergulhar em "tornado" de peixes

Os imensos cardumes da Baja California são indícios de como nossos oceanos pareciam há 100 anos.

Por Thomas Peschak
Publicado 8 de nov. de 2017, 20:36 BRST, Atualizado 5 de nov. de 2020, 03:22 BRT
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Para ilustrar a imensidão do cardume, Peschak fotografou seu assistente a cerca de 30 metros de profundidade. "As pessoas entendem a escala quando a relaciona com a forma humana", ele disse.
Foto de Thomas P Peschak

Muitas vezes comparamos, e lamentamos, a situação atual dos nossos oceanos com a de anos passados, quando peixes eram abundantes e a vida marinha mais saudável. O Parque Nacional Cabo Pulmo, no estado mexicano da Baja California, é diferente – muito biólogos marinhos consideram essa a reserva marinha mais bem-sucedida do mundo. Trabalhar aqui foi uma experiência única. Consegui, finalmente, fornecer evidências imagéticas das coisas incríveis e maravilhosas que podem acontecer quando se protege partes dos oceanos. Essa massa de água salgada possui uma habilidade fascinante: ela pode se recuperar se introduzirmos as leis certas e nos engajarmos nos esforços corretos de conservação.

Confira a sensação de mergulhar em "tornado" de peixes
Os imensos cardumes da Baja California são indícios de como nossos oceanos pareciam há 100 anos.

Meus desafios como fotógrafo eram dois. Primeiro, produzir imagens que revelassem a louca abundância de peixes. Depois, ilustrar como boa parte do oceano parecia há 50, 100 anos.

Este cardume de xáreus que encontramos enquanto fotografava era simplesmente alucinante. A massa pulsante de peixes começava como um estreito funil abraçando o fundo do mar e subia por quase 30 metros até a superfície. A analogia mais próxima que pude fazer é com os tornados.

O cardume se estendia da superfície do mar até cerca de 30 metros de profundidade.
Foto de Thomas P Peschak

Cada sequência de imagens era um pouco diferente, já que os peixes nunca se movem ao redor do mergulhador da mesma maneira. Ao mergulhar em direção ao fundo, é como uma massa de mercúrio. Depois  de 1,5-2 metros, a parte de cima começa a se abrir, o cardume se abre e se fecha atrás de você. É como mergulhar em um túnel que fica cada vez mais escuro enquanto os peixes te cercam.

Tinha algo sobre a energia pulsante que minhas fotografias não estavam captando. Por isso, em um dos últimos mergulhos, virei a câmera em minha direção e gravei alguns vídeos. Ver as imagens depois depois foi uma daquelas experiências primais onde você sente que viajou de volta no tempo. Assim deveria ser os oceanos antigamente. Cardumes tão densos que bloqueiam a luz do sol.

"Cada sequência de imagens era um pouco diferente – os peixes nunca se movem ao redor do mergulhador da mesma maneira", disse Peschak.
Foto de Thomas P Peschak

Thomas Peschak é fotógrafo e explorador da National Geographic especializado em histórias de conservação de ilhas e oceanos em todo o mundo. Veja mais de seu trabalho no site.

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