Tufão, furacão, ciclone: qual é a diferença?

Essas tempestades são eventos naturais poderosos com a capacidade de causar danos graves.

Por Ker Than
furacao em hong kong
O tufão Usagi atingiu o sul da China em 23 de setembro de 2013.
Foto de AFP/Getty Images

A tempestade subtropical Yakecan que atingiu o Sul do Brasil e o Uruguai em 2022, trazendo ventos de mais de 110 km/h – equivalente a força de um furacão –, surge também uma série de dúvidas sobre o que cada uma dessas palavras significa

Na verdade, furacões, ciclones e tufões são todos o mesmo fenômeno meteorológico. Os cientistas chamam essas tempestades de nomes diferentes, dependendo de onde elas ocorrem.

No Atlântico e norte do Pacífico, as tempestades são chamados de "furacões", hurricane em inglês, por causa do deus caribenho do mal, chamado Hurrican.

No noroeste do Pacífico, as mesmas tempestades poderosas são chamadas de "tufões". No sudeste do Oceano Índico e no sudoeste do Pacífico, elas são chamadas de "ciclones tropicais severos".

No norte do Oceano Índico, elas são chamados de "tempestades ciclônicas severas". No sudoeste do Oceano Índico, elas são apenas "ciclones tropicais".

Para ser classificado como furacão, tufão ou ciclone, uma tempestade deve atingir velocidades de vento de pelo menos 119 km/h.

Se os ventos de um furacão atingem velocidades de 179 km/h, ele é atualizado para um "furacão intenso".

Se um tufão atinge 241 km/h – então se torna um "supertufão".

Diferentes Estações

Enquanto a temporada de furacões no Oceano Atlântico vai, normalmente, de 1 de junho a 30 de novembro, as temporadas de tufão e ciclone seguem padrões ligeiramente diferentes.

No nordeste do Pacífico, a temporada oficial vai de 15 de maio a 30 de novembro. No noroeste do Pacífico, os tufões são mais comuns do final de junho a dezembro. E o norte do Oceano Índico vê ciclones de abril a dezembro.

Seja de qual forma você escolha chamá-los, essas tempestades monstro são eventos naturais poderosos com a capacidade de causar danos graves.

De acordo com o National Hurricane Center, NOAA, o olho do furacão médio – o centro onde a pressão é mais baixa e a temperatura do ar mais alta – estende-se por 48 km e alguns atingem até 200 km de largura.

As tempestades mais fortes, equivalentes à categoria 5 na escala Saffir-Simpson, sofreram ventos que ultrapassam os 250 km/h.

Com a ajuda de satélites e modelos de computador, tais tempestades podem ser previstas com vários dias de antecedência e são relativamente fáceis de rastrear. Mas, como o furacão Sandy mostrou recentemente, prever o caminho que um furacão, um tufão ou um ciclone fará depois que ele for formado ainda é complicado.

Efeitos do Aquecimento Global?

Nos últimos anos, os cientistas têm debatido se o aquecimento global causado pelo homem está afetando furacões, tornando-os mais fortes ou fazendo com que ocorram com mais frequência

Em teoria, as temperaturas atmosféricas mais quentes conduziriam a temperaturas mais quentes da superfície do mar, que deveriam, por sua vez, suportar furacões mais fortes.

O número de furacões de categoria 4 e 5 em todo o mundo quase dobrou desde o início dos anos 1970 até o início dos anos 2000. Além disso, tanto a duração dos ciclones tropicais como as suas velocidades de vento mais fortes aumentaram cerca de 50% nos últimos 50 anos.

Mas não há consenso científico sobre uma ligação entre as mudanças climáticas e os furacões.

"É provável que a velocidade máxima média do vento do ciclone tropical aumente, embora os aumentos possam não ocorrer em todas as bacias oceânicas," de acordo com o relatório de 2012 do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas.

"Também pode acontecer da frequência global de ciclones tropicais diminuir ou permanecer essencialmente inalterada."

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