Saudade de viajar, né? Relembre em 18 fotos como é bom andar por aí
Explore o mundo com essas imagens inspiradoras de 2020 enviadas por nossos colaboradores.

BAYAN-ÖLGII, MONGÓLIA
Jovens caçadores de águias se preparam para competir no Golden Eagle Festival em Bayan-Ölgii, na Mongólia. “Embora eu seja sempre considerada turista, para mim, a forma mais agradável de viajar é voltar para um lugar que já visitei diversas vezes, em vez de conhecer um novo país a cada viagem”, afirma a fotógrafa Hannah Reyes Morales. “Voltar sempre significa que posso criar laços mais íntimos e [obter] mais conhecimento.”
AL 'ULA, ARÁBIA SAUDITA
“Minha primeira viagem ao deserto foi com um grupo de sauditas que eu não conhecia. Apesar de morar no país que tem o segundo maior deserto do mundo, eu nunca tinha passado uma noite inteira no deserto”, conta o fotógrafo Tasneem Alsultan. “Um amigo sugeriu que eu me unisse a um grupo de amigos dele e me sentasse perto da fogueira e simplesmente curtisse as estrelas e a natureza. Adorei cada minuto.”
FIORDLAND, NOVA ZELÂNDIA
“Na superfície, Fiordland tem uma paisagem sombria semelhante à do filme Senhor dos Anéis, com montanhas escarpadas e fiordes pacatos. Sob a água, é como visitar outros planetas”, afirma o fotógrafo Brian Skerry. “Os rios de água doce que desaguam no mar nessa região são manchados com tanino, o que cria uma camada escura e permanente sobre a superfície da água e impedem que a luz solar atinja o fundo do mar. Explorar esse local foi como nadar pelas páginas de um livro, com criaturas exóticas e paisagens surreais a cada mergulho.”
UTQIAGVIK, ALASCA
Um caçador inupiat espera pacientemente por uma baleia às margens de uma geleira em Utqiagvik, no Alasca — um costume de pelo menos mil anos. O fotógrafo Kiliii Yüyan é descendente de caçadores e pescadores hezhe (nanai em russo) do norte da China e do sudeste da Sibéria. Ao longo de cinco anos, Yüyan passou um total de 10 meses acampado com sua tripulação nas geleiras marinhas para observar as baleias. “Comecei esse projeto buscando o senso de comunidade que perdi quando minha família foi obrigada a deixar sua terra natal”, conta Yüyan. “Saí de lá com uma consciência inupiat oculta e profundamente enraizada e uma nova comunidade para chamar de lar.”
PEQUIM, CHINA
A fotógrafa Camilla Ferrari retrata sua irmã caminhando pela rua principal do badalado bairro de Sanlitun, em Pequim, na China. “Lembro-me de meditar sobre a quietude das águas do lago de Houhai, ficar hipnotizada e perplexa com o ritmo das pessoas andando e correndo nas ruas e metrôs”, relembra Ferrari. “Lembro-me dos sons de um idioma que não entendia e de minhas tentativas fracassadas de decifrar os gestos. Esse sentimento é algo que desejo aprofundar assim que pudermos viajar novamente.”
DOLPO, NEPAL
Iaques criam uma crista no vale de Chu-tang em Dolpo, no Nepal. “Os vilarejos e mosteiros dessa região remota pareciam atemporais”, afirma a fotógrafa Beth Wald. “Santuários budistas e enormes pilhas de pedras mani ou sagradas esculpidas — muitas vezes esvoaçantes com bandeiras de oração penduradas — alinham a entrada da maioria dos vilarejos, de modo que toda a paisagem emanava um aspecto sagrado.”
PULTA, OAXACA, MÉXICO
Tiliches tradicionalmente vestidos (homens vestidos com farrapos) escoltam a rainha do Carnaval Putleco pelas ruas de Putla para dar as boas-vindas à temporada de festas. “No México, sempre há um bom motivo para se reunir e comemorar”, afirma Luján Agusti.
HONOLULU, HAVAÍ
Um arco-íris duplo brilha sobre o Monte Tântalo próximo a Honolulu, no Havaí. “Meu irmão é piloto da Força Aérea e trabalhou no Havaí por muitos anos. Foi lá que ele conheceu sua esposa e, no aniversário de um ano de namoro, planejou um pedido de casamento inusitado. Depois que minha cunhada disse sim, seus pais, que meu irmão tinha levado de Nova York, se aproximaram e a surpreenderam e nossas famílias tiveram a oportunidade de comemorar juntas”, conta a fotógrafa Maddie McGarvey. “Meu pai faleceu no início deste ano e essa memória de felicidade plena vivenciada pela minha família sempre será muito especial para mim.”
SALZBURGO, ÁUSTRIA
A Fortaleza de Hohensalzburg, o maior castelo totalmente preservado da Europa central, proporciona uma vista de 360 graus de Salzburgo. “Devido à pandemia, eu não via meu namorado há mais de seis meses. Quando a Alemanha permitiu que casais se encontrassem, pudemos nos ver, e durante esse tempo, viajamos de carro para a Áustria”, conta a fotógrafa Ester Ruth Mbabazi. “[Fomos] parados em Salzburgo por conta das restrições da covid-19, mas queríamos ter ido para Viena.”
SAINT-RÉMY-DE-PROVENCE, FRANÇA
“Este é um lugar dominado pelo espírito da arte — sombrio e preso no tempo”, afirma a fotógrafa Lynn Johnson. “A forma como a luz se move na paisagem e irradia das paredes para o teto abobadado dá vida a esses espaços.” Atualmente, o Mosteiro de Saint-Paul de Mausole — a inspiração da coleção de pinturas de Vincent van Gogh Saint-Paul Asylum, Saint-Rémy — ainda é um santuário, um espaço criativo para mulheres que lutam contra os desafios da saúde mental. “Suas pinturas vibram com um significado conhecido apenas por elas e são tão viciantes quanto a luz que habita essa região no sul da França”, afirma Johnson.
ILHAS BANDA, INDONÉSIA
Lahaji Lasiddiq trabalha como agricultor de noz-moscada na Ilha Ay, uma das 11 ilhas que compõem o arquipélago de Banda, na Indonésia. As Ilhas Banda fazem parte do que foi historicamente conhecido como as Ilhas das Especiarias e o lugar que deu origem à noz-moscada. “Chegar ao local não é nada fácil, mas é sempre especialmente agradável”, conta o fotógrafo Muhammad Fadli. “Um amigo me disse uma vez: ‘é um lugar tranquilo com uma história agitada’.”
PARQUE NACIONAL DE BADLANDS, DAKOTA DO SUL
Inaugurado como parque nacional em 1978, o Parque Nacional de Badlands na Dakota do Sul oferece vistas espetaculares das formações rochosas vermelhas e alaranjadas que se projetam da terra. “Depois de dirigir 2,7 mil quilômetros vindo da cidade de Nova York, cheguei ao Parque Nacional de Badlands”, conta o fotógrafo Ismail Ferdous. “Acampar no parque foi um momento inesquecível na minha vida. Os Estados Unidos são um país lindo!”
DELRAY BEACH, FLÓRIDA
Amalia Suarez de Fort Lauderdale conforta sua filha de 18 meses, Aliah, em Delray Beach, na Flórida, decepcionada por não poder mergulhar no mar por conta das águas turbulentas. “De certa forma, para mim, a magia do mar se esvai quando há pessoas”, afirma a fotógrafa Maggie Steber. “Não conseguimos ouvir o barulho das ondas nem ter uma troca pessoal com o ventre da Terra. Mas em minha exploração, redescobri [lugares] ao longo do Atlântico que eu ainda não havia explorado totalmente em meus 20 anos de vida em Miami”.
SIERRA MADRE OCIDENTAL, MÉXICO
Ceferino González e seu filho Licho descansam um pouco durante sua caminhada pela Sierra Madre Ocidental, um enorme sistema de cadeias montanhosas que desce a costa oeste do México. “Sinto muita saudade de viajar para áreas remotas do meu país e conhecer as pessoas e suas histórias, tradições e modo de vida”, afirma o fotógrafo César Rodríguez.
CARACAS, VENEZUELA
Uma jovem senta-se perto da fonte na Plaza Altamira durante o carnaval da Venezuela. “Lembro-me sempre dessa tarde, com saudades da minha comunidade de lá, com saudades da luz da tarde em Caracas e desses últimos dias de caminhada e vida em meio à multidão, sem medo ou noção de contágio”, afirma a fotógrafa Natalie Keyssar. “Algumas semanas após tirar essa foto, voltei para casa nos Estados Unidos para ficar perto da minha família durante a pandemia, mas quando imagino a vida após a pandemia, sei que Caracas será o primeiro lugar para onde voltarei.”
PARQUE NACIONAL BAND-E-AMIR, AFEGANISTÃO
Situado na cordilheira Hindu Kush, o Band-e-Amir é o primeiro parque nacional do Afeganistão. Seus lagos cerúleos, separados por represas naturais feitas de depósitos de travertino, são uma raridade geológica e as águas atraem milhares de afegãos de províncias de todo o país a cada ano. “Os afegãos acreditam que a água [do parque] é sagrada”, conta a fotógrafa Newsha Tavakolian. “Presenciei um soldado combalido sendo levado ao lago por sua família. Eles amarraram uma corda em volta dele e o empurraram para o lago. Disseram que a água iria curá-lo. Pedi a uma mulher que me jogasse na água. Foi a água mais fria que eu já vi na minha vida.”
MUMBAI, ÍNDIA
Uma viajante desfruta da brisa no vagão exclusivo para mulheres em Mumbai, na Índia. “Há tanta vida e cor nas ruas [de Mumbai] — A população dessa cidade é muito parecida com a de todo o meu país [Canadá] e a energia da cidade é contagiante”, afirma a fotógrafa Amber Bracken.
CIDADE DE HO CHI MINH, VIETNÃ
A fotógrafa Daniella Zalcman capta um de seus primos podando a floresta de bonsai no telhado de sua casa na Cidade de Ho Chi Minh. “Mal posso esperar pela vida após a pandemia”, afirma Zalcman, “para poder voltar e explorar a cidade de Ho Chi Minh, onde algumas regiões agora são quase irreconhecíveis para mim, e passar mais tempo com meus priminhos, que, por sinal, já devem estar adultos.”
