Conheça 4 animais amazônicos que podem ser perigosos para os humanos

A Amazônia abriga milhões de espécies de animais e muitos deles com potencial mortal para os humanos, seja por seu veneno ou até por sua eletricidade natural.

Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 27 de mar. de 2023, 17:16 BRT
O peixe poraquê, encontrado em rios e lagos com fundos lodosos e águas calmas da bacia ...

O peixe poraquê, encontrado em rios e lagos com fundos lodosos e águas calmas da bacia amazônica, pode produzir choques elétricos capazes de paralisar ou até mesmo matar uma pessoa. 

Foto de Rubenaldo Ferreira MUSA

Amazônia é o bioma com a maior biodiversidade do planeta, mas alguns dos incríveis animais encontrados na floresta – ainda que não sejam agressivos – podem podem ferir gravemente humanos Por isso, é importante conhecer a região e sua fauna antes de se aventurar pela mata. 

Entre esses animais, National Geographic separou quatro deles que têm o real potencial de ferir os seres humanos:

Dendrobatidae: as rãs coloridas e venenosas

Bonitas, mas mortais. As coloridas rãs da família Dendrobatidae possuem um veneno potente em sua pele que deriva da sua alimentação. 

Foto de Wikimedia Commons

Com uma variedade de amarelos, laranjas, vermelhos, verdes e azuis vivos, as rãs da família Dendrobatidae são consideradas umas das espécies mais tóxicas ou venenosas da Terra. 

Naturais da Amazônia, elas usam suas cores como sinais de alerta para possíveis predadores e humanos. Isso porque seu veneno é bastante potente. De acordo com o Instituto Butantan, essas rãs se alimentam de formigas, besouros ou ácaros que, por sua vez, se alimentam de fungos venenosos. Elas sequestram esse veneno, que se acumula nas glândulas da pele.

Uma reportagem da National Geographic aponta uma espécie em particular da família Dendrobatidae: a rã-flecha-dourada (Phyllobates terribilis), como o vertebrado mais venenoso do mundo. Também de acordo com o Butantan, o veneno da Phyllobates é 8.750 vezes mais letal do que o de uma jararaca. 

Candiru, o “peixe-vampiro”

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    O peixe candiru é temido pelos nativos da região amazônica pois ele é capaz de entrar em orifícios do corpo atraído pelo rastro de urina. Com seus dentes afiados, ele se fixa na vítima e só pode ser retirado por meio cirúrgico. 

    Foto de Divulgação Prefeitura de Belém

    Outra espécie amazônica que causa alerta é o peixe candiru (Vandellia cirrhosa), conhecido como "peixe-vampiro". Segundo dados da Enciclopédia da Vida, mantida pelo Museu Nacional de História Natural do Smithsonian, o animal é hematófago, ou seja, se alimenta de sangue, normalmente de outros peixes, mas também pode atacar pessoas causando cortes superficiais. 

    Entretanto, o que mais amedronta quem entra nas águas dos rios amazônicos é que esse animal é capaz de entrar nos orifícios do corpo, como pênis, ânus e vagina. Segundo a prefeitura de Belém, capital do estado do Pará, no Brasil, alerta à população sobre o animal em suas publicações oficiais. O “peixe-vampiro” é encontrado por toda a Bacia Amazônica, como nos rios Amazonas, Negro, Tapajós e Madeira. 

    Isso porque o candiru é atraído pelo fluxo da urina e, com seus dentes afiados, morde e se fixa na vítima, o que torna sua remoção difícil e dolorosa. Este peixe parasita é geralmente encontrado em tocas no fundo de rios, em áreas lamacentas ou arenosas.  

    Jararaca-do-norte: a cobra mais comum da Amazônia

    A jararaca-do-norte (Bothrops atrox) é uma das cobras peçonhentas mais comuns no bioma amazônico. Na foto, uma jararaca residente do Museu da Amazônia. 

    Foto de Vanessa Gama MUSA

    A jararaca-do-norte (Bothrops atrox) ocorre em praticamente toda a parte norte da América do Sul, sendo amplamente distribuída pela bacia amazônica, que nasce nos Andes peruanos e deságua no Atlântico, na foz do Rio Amazonas. 

    Segundo o Museu da Amazônia (Musa), instituição de pesquisa e cultura que ocupa 100 hectares da Reserva Florestal Adolpho Ducke, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus, o animal – que é peçonhento – chega a um comprimento de 1,5 metro, em média, e é uma das espécies mais comuns e abundantes no bioma amazônico. 

    Em 2020, um estudo apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) descreveu a espécie como responsável pela maior parte dos acidentes ofídicos na região norte do Brasil.  

    De acordo com o Butantan, os principais sintomas da picada de uma jararaca adulta em humanos são dor e inchaço local, às vezes com manchas arroxeadas e sangramento no ferimento. Também podem ocorrer sangramentos em mucosas como nas gengivas e as complicações podem provocar infecção e necrose na região da picada. 

    Existem quatro espécies distintas do peixe poraquê. Na imagem, um Electrophorus voltai, que emite a maior voltagem já registrada em um animal, chegando a 860 volts.

    Foto de L. Souza Agência Fapesp

    O peixe poraquê (ou puraquê) se refere a quatro espécies desses animais amazônicos que têm a capacidade de produzir eletricidade

    Também segundo o Musa, biobaterias recarregáveis ocupam 3/4 do corpo do animal e alimentam a criação de um campo elétrico que o envolve como uma capa sensível. 

    Essa capa funciona quase como um “GPS” para o peixe, permitindo que ele detecte obstáculos e outros peixes, já que sua visão é fraca. Quando essa capa é perturbada por um predador ou uma presa, ele intensifica o campo elétrico provocando uma descarga que afugenta quem quer atacá-lo ou paralisa a presa, a qual ele localiza e devora.

    Uma espécie de poraquê em especial, o Electrophorus voltai, é capaz de produzir choques elétricos com uma voltagem de 860 volts, o que pode paralisar ou até mesmo matar uma pessoa.

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