Por que é importante bocejar?

O comportamento é observado tanto em humanos quanto nos animais. Estudos indicam que o reflexo é uma adaptação evolutiva relacionada à atividade do cérebro.

Vista de perto de um leão do orgulho Talek, bocejando. Masai Mara, Quênia.

Foto de Charlie Hamilton James
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 24 de nov. de 2022, 09:42 BRT

Uma pessoa boceja em média de 5 a 10 vezes por dia. O sinal, causado por um reflexo involuntário, acontece quando se está sonolento, entediado ou ansioso, mas a importância do bocejo para o organismo ainda é pouco esclarecida. 

Um estudo do Instituto Politécnico da Universidade Estadual de Nova York publicado em 2021 na revista científica Communications Biology tentou entender qual o efeito do bocejo no corpo. 

Por que bocejamos?

Até então, acreditava-se que uma das finalidades do bocejo seria a de despertar o indivíduo ao fazer ele estirar os músculos e ajudar o sangue a circular. Outra hipótese é que o reflexo funcione para oxigenar o corpo. 

Entretanto, o estudo norte-americano mostrou que o bocejo esfria o cérebro. Através da inalação simultânea de ar frio e do alongamento dos músculos ao redor das cavidades orais, o bocejo aumenta o fluxo de sangue mais frio para o cérebro e, portanto, tem uma função termorreguladora.

Essa função, segundo a pesquisa, está ligada ao nível de atenção do indivíduo. Isso porque os cérebros funcionam melhor em uma temperatura ideal, portanto se a temperatura cerebral aumentar demais por qualquer motivo, ficamos menos alertas e atentos.

Garrison, um chimpanzé macho adulto, solta um bocejo. Rachna Reddy investigando o desenvolvimento das relações sociais macho-fêmea em chimpanzés selvagens. Uganda.

Foto de RACHNA REDDY

Animais também bocejam

Além dos humanos, estudos também observaram o bocejo em outros vertebrados, como peixes, sapos, cobras, passarinhos, golfinhos, gatos e macacos. 

A pesquisa do Instituto Politécnico de Nova York apóia a ideia de que o bocejo em animais está ligado com o quanto o cérebro é ativo. A hipótese é que quanto mais ativo, mais resfriamento ele precisa.

Em conclusão, os pesquisadores acreditam que, por isso, a duração do bocejo entre as espécies aumenta com o tamanho e o número de neurônios no cérebro. Os mamíferos parecem bocejar mais e por mais tempo do que os pássaros, por exemplo. 

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