Por que sonhamos? Veja a explicação dada pela ciência

O sonho ocorre nas fases REM e NREM do sono e, dependendo de quando ocorrem, podem ter certas características particulares.

Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 27 de mar. de 2023, 14:18 BRT

Uma refugiada afegã dorme em um beliche num centro One-stop em Adasevci, perto da fronteira com a Croácia, na Sérvia. Os sonhos tendem a ocorrer com mais frequência durante os períodos de sono REM.

Foto de Muhammed Muheisen

Os sonhos são um estado fisiológico e psicologicamente consciente que ocorre durante o sono e que se caracteriza frequentemente por um rico conjunto de experiências sensoriais, motoras e emocionais do organismo, segundo define a Associação Americana de Psiquiatria (APA, na sigla em inglês).

Os sonhos tendem a ocorrer com mais frequência durante os períodos de sono REM (movimento rápido dos olhos) e, em menor grau, durante o sono NREM (movimento não rápido dos olhos). As características do sono variam de acordo com a fase em que ocorrem. 

Por um lado, os sonhos que ocorrem durante a fase NREM são principalmente caracterizados por pensamentos e emoções. As pessoas que acordam durante o sono NREM relatam menos sonhos, de acordo com a APA.

Por sua vez, os sonhos na fase REM caracterizam-se principalmente por imagens visuais juntamente com um sentido de movimento no espaço; emoção intensa; crença de que as personagens, eventos e situações dos sonhos são reais; e descontinuidades repentinas nas personagens, situações e elementos da trama do sonho.

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A ciência por trás dos sonhos

A natureza, significado e função dos sonhos há muito interessam aos estudiosos. Por exemplo, o médico grego Hipócrates (460-377 a.C.) sugeriu que os sonhos fornecem provas precoces de doença, relata a APA. 

Além dele, Sigmund Freud (1856-1939), considerado o pai da psicanálise, estudou os sonhos e sugeriu que eles são condensações simbólicas de impulsos conflituosos que são rejeitados pelo despertar da consciência para evitar angústia emocional. 

Nas décadas de 1950 e 1960, novas descobertas sobre o sono REM e NREM iniciaram o estudo científico dos sonhos como um processo neurocognitivo, e várias hipóteses surgiram desde então, diz a associação estadunidense. 

Ainda assim, as razões pelas quais as pessoas sonham e o significado dessas imagens percebidas durante o sono permanecem um mistério, apesar da investigação científica, esclarece um artigo da Divisão de Medicina do Sono da Faculdade de Medicina de Harvard.

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Qual a utilidade dos sonhos?

Os cientistas ainda têm um longo caminho a percorrer na sua busca para compreender os sonhos e a sua utilidade. Ainda assim, existem algumas teorias.

Acredita-se que o sono REM desempenha um papel fundamental no processamento de experiências emocionais da vida acordada, contribuindo fortemente para a consolidação da memória emocional, segundo diz o artigo O papel funcional do sonho nos processos emocionais, uma revisão da literatura acadêmica publicado na revista científica Frontiers in Psychology, em 2019.

De acordo com o artigo, os sonhos podem também representar um mecanismo de simulação do mundo real, como uma forma de resolução de problemas baseada em estratégias emocionais de sobrevivência.

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