Um jovem casal se beija em frente à catedral gótica de Milão, na Itália. Historiadores acreditam ...

Os 7 dados curiosos sobre o beijo descobertos pela ciência

O beijo feito boca a boca entre humanos aciona processos fisiológicos que podem resultar tanto em uma sensação de bem-estar, quanto na avaliação do potencial parceiro sexual.

Um jovem casal se beija em frente à catedral gótica de Milão, na Itália. Historiadores acreditam que os primeiros beijos boca a boca feito entre humanos datam de 2.500 a.C.

Foto de Dave Yoder
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 12 de abr. de 2024, 12:21 BRT

ato de beijar é considerado por estudiosos quase tão antigo quanto a própria humanidade. De acordo com uma pesquisa publicada pela revista científica “Science” em maio de 2023um dos primeiros registros confirmados de um beijo romântico-sexual entre humanos (ou seja, aquele em que os lábios de diferentes indivíduos são encostados um no outro) foi encontrado em um manuscrito da Idade do Bronze vindo do sul da Ásia, mais precisamente onde se encontra atualmente a Índia, com data estimada em 1500 a.C.

Alvo de curiosidade tanto por parte de especialistas em história como por aqueles do campo das ciências médicas, o beijo tem uma efeméride dedicada a ele – o Dia Internacional do Beijo – celebrado anualmente em 13 de abril

Para conhecer mais sobre esse ato hoje tão comum entre as pessoas, a National Geographic separou sete curiosidades sobre o beijo que são cientifica e históricamente impactantes. Acompanhe:

(Vale a pena ler também: Por que tocamos tanto uns nos outros? Eis as raízes do ‘aperto de mão’ e do ‘beijo no rosto’)

Qual é a origem do beijo na humanidade?

Ainda segundo o artigo da revista “Science”, evidências recentes mostram que o beijo nos lábios já havia sido documentado na Antiga Mesopotâmia e no Egito, a partir de 2500 a.C. 

A fonte científica explica que “como esse comportamento não surgiu abruptamente ou em uma sociedade específica”, ele pode ter sido praticado em várias culturas antigas ao longo de vários milênios, o que significa que ocorreu em vários períodos históricos simultaneamente. 

Um casal de paraquedistas se beija em Perris, Califórnia. O beijo romântico pode ser utilizado para ...

Um casal de paraquedistas se beija em Perris, Califórnia. O beijo romântico pode ser utilizado para avaliar aspectos da adequação de um parceiro em potencial, diz um dos estudos sobre o tema. 

Foto de David Guttenfelder, David Guttenfelder

Os 7 dados curiosos sobre o beijo, segundo a ciência

  1. O beijo romântico pode ser utilizado para avaliar aspectos da adequação de um parceiro em potencial nos relacionamentos sexuais entre humanos, segundo consta no artigo “Examining the Possible Functions of Kissing in Romantic Relationships” (“Examinando as possíveis funções do beijo em relacionamentos românticos”, em tradução livre), publicado na Biblioteca Nacional de Medicina, dos Estados Unidos (da sigla NIH). Essa “análise” seria feita pelo beijo por meio da “amostragem de sinais gustativos semioquímicos encontrados nos óleos da pele e nos compostos da saliva”. 
     
  2. O beijo também tem a função útil de avaliar o nível de atração pelo parceiro, principalmente no caso das mulheres, continua a pesquisa do NIH. “Foi encontrado apoio para a hipótese de que um beijo inicial tinha mais probabilidade de afetar a atração por um parceiro em potencial para as mulheres do que para os homens”, diz. 
     
  3. Já o beijo romântico como se conhece “é um comportamento comum em mais de 90% das culturas conhecidas”, detalha o artigo.  
     
  4. Cheirar, lamber ou esfregar a face na da outra pessoa têm as mesmas funções do beijo em sociedades nas quais os “contato boca a boca é desconhecido ou desaprovado”, diz o estudo. “Em murais do antigo Egito, o beijo era frequentemente representado por parceiros românticos pressionando os rostos para lamber ou inalar o cheiro do outro”, conta a fonte.
     
  5. Existe uma doença que é transmitida especificamente pelo beijo. Trata-se da mononucleose, uma infecção causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV) e cujos sintomas mais comuns são febre, mal-estar geral e dor de garganta. “A mononucleose é passada principalmente por contato oral com a troca de saliva - daí seu nome popular, ‘a doença do beijo’”, explica um artigo da Encyclopedia Britannica (plataforma de conhecimento do Reino Unido). 
     
  6. sensação de prazer que se experimenta durante um beijo na boca é poderosa porque é resultado da liberação de hormônios neurotransmissores – como dopamina e serotonina, estimulados pelo ato de beijar – e responsáveis pela sensação de bem-estar, como conta um estudo publicado pelo Estudo publicado no Annual Meeting of the American Association for the Advancement of Science (AAAS).
     
  7. De volta ao artigo encontrado na NIH, existem evidências que sugerem que “o ritual do beijo romântico tem várias funções possíveis no processo de acasalamento humano”, para além das já descritas. Entre elas estão “aumentar os níveis de excitação autonômica (e iniciar a relação sexual); e mediar sentimentos de apego em relacionamentos entre pares”. 

Ainda há muito o que se pesquisar sobre este tipo específico de interação humana, que além de obedecer a processos biológicostambém está ligado a tradições culturais que o preenchem de significado, orientando sua prática. Enquanto isso não acontece, as pessoas seguem praticando o beijo sem sequer pensar em todos os gatilhos que ele dispara no organismo humano

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