
Como foi criado o Estado de Israel?
Vista da antiga cidade de Jerusalém, Israel.
O surgimento de Israel foi um dos eventos históricos que moldaram o século 20 e está intimamente ligado com o fim da Segunda Guerra Mundial e do domínio britânico na região do Oriente Médio.
O país se autodenominou um estado independente em 14 de maio de 1948, como informa o site do Consulado Geral de Israel. O acontecimento foi parte de uma resolução da ONU (Organização das Nações Unidas) de novembro de 1947, em um plano para dividir a região da Palestina (antiga província palestina otomana) entre Israel e um estado que reunisse a população local de língua árabe.
Logo na sequência à criação de Israel, no entanto, o país teve que enfrentar a chamada Guerra da Independência contra Egito, Jordânia, Síria, Líbano e Iraque, que atacaram o território recém delimitado, informa o site do Consulado Geral de Israel. O conflito durou 15 meses e matou cerca de 6 mil israelenses, completa a Encyclopædia Britannica, plataforma de conhecimento do Reino Unido.
Atualmente, Israel é a única nação judaica do período moderno, como explica a Britannica, e possui cerca de 9 milhões e 153 mil habitantes. E apesar de já ter assinado acordos de paz com Egito e Jordânia, continua em conflito com o povo palestino em territórios como a Faixa de Gaza e a Cisjordânia.
Onde fica Israel no Oriente Médio?
Geograficamente, Israel está localizado no extremo leste do Mar Mediterrâneo. Faz fronteira ao norte com o Líbano, a nordeste com a Síria, a leste e sudeste com a Jordânia, e a sudoeste pelo Egito, diz a Britannica.
Israel abriga Jerusalém, cidade histórica sagrada para diversas religiões do mundo, como o cristianismo, o judaísmo e o islamismo, a qual controla desde 1967, conta a enciclopédia.
Já Tel Aviv, cidade fundada em 1909 e localizada a cerca de 66 quilômetros de Jerusalém, é a capital e a maior cidade de Israel, além de ser conhecida como seu principal centro cultural e econômico, descreve a Britannica.
Como país, Israel acabou se tornando próspero ao receber imigrantes judeus com alto nível de conhecimento e vindos de diversas partes do mundo, bem como grandes quantias de dinheiro após sua independência doados por personalidades judias, diz a plataforma do Reino Unido.
Além disso, investimentos vindos da Alemanha (como reparação ao Holocausto do regime nazista), bem como subsídios e ajudas enviadas dos governantes dos Estados Unidos, desenvolveram a nação, informa a Britannica, fazendo com Israel ocupe o posto de 22ª economia do mundo (entre 191 países) de acordo com o ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento da ONU.
(Sobre História e Cultura, leia também: A religião pode fazer uma pessoa feliz? Os cientistas devem descobrir isso em breve)

Os palestinos protestam contra um assentamento israelense que se estende até o seu lado da fronteira que os separa. Cisjordânia, Israel (2014).
Israel e a Faixa de Gaza
Também é diante do Mar Mediterrâneo, espremida entre o mar e o Estado de Israel, que está a Faixa de Gaza. Ela ocupa uma pequena área de 363 km² de terra disputada entre colonos israelenses e palestinos.
Segundo dados da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (Unrwa), Gaza abrigava 2,1 milhões de pessoas, em sua maioria refugiados palestinos.
A situação tensa entre os dois territórios alcançou um novo patamar quando em 7 de outubro de 2023, o Hamas (grupo nacionalista islamista que governa a Faixa de Gaza) iniciou uma operação de invasão e ataque no território israelense, disparando centenas de projéteis civis e militares locais, e tomando por terra a região da fronteira, em uma ação que matou centenas de pessoas. O ato se configurou, historicamente, em um dos maiores e mais graves ataques ao Estado de Israel desde o seu surgimento.
Em resposta, Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, declarou estado de guerra e ordenou o lançamento de ataques aéreos, terrestres e marítimos contra a Faixa de Gaza, completa o órgão internacional sobre o conflito nesses territórios.
Desde então, a guerra na região cresceu e se agravou levando à morte milhares de pessoas na Faixa de Gaza, com diversos civis palestinos mortos, inclusive mulheres, crianças e idosos. Em 2025, a situação segue extremamente tensa e sem uma solução final pacífica.
