O que é um ciclone extratropical? Fenômeno e frente fria chegam ao Sul do Brasil

Ciclone extratropical atinge a Região Sul a partir desta quarta-feira (12), intensificando os ventos ao longo do dia, de acordo com o Inmet.

Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 12 de jul. de 2023, 01:55 BRT
Ciclone pode causar ventos de até 110 km/h em cidades do Rio Grande do Sul.

Ciclone pode causar ventos de até 110 km/h em cidades do Rio Grande do Sul.

Foto de INMET

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para a formação de um ciclone extratropical sobre o Sul do Brasil a partir desta quarta-feira (12), intensificando os ventos ao longo do dia sobre grande parte da Região Sul. As rajadas podem superar os 80 km/h. Na faixa litorânea do Rio Grande do Sul, as rajadas devem ser ainda mais intensas, podendo superar os 110 km/h em alguns pontos

Entre a noite da quarta e sexta-feira (14), há previsão de ressaca na faixa litorânea entre a Região Sul e o Rio de Janeiro. O ciclone extratropical estará associado a uma frente fria que deverá avançar de forma continental pelo País ao longo da quinta-feira, atingindo não só o Sul, mas também áreas do Sudeste e Centro-Oeste, podendo chegar, inclusive, ao sul da região amazônica, informa o Inmet.

Atrás desta frente fria, uma intensa massa de ar frio atingirá o país no decorrer da quinta-feira. Com isso, de acordo com o boletim do instituto, as temperaturas terão queda significativa na Região Sul, no Mato Grosso do Sul, sul de Mato Grosso, extremo sul de Goiás e em São Paulo. 

O que é um ciclone extratropical?

Os ciclones podem ser caracterizados de três formas: extratropical, subtropical e tropical. A diferença, de acordo com o Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos (NWS, na sigla em inglês), é importante uma vez que os sistemas tropicais têm o potencial de se transformar rapidamente em furacões, enquanto as tempestades extratropicais ou subtropicais não o fazem. 

Os ciclones extratropicais, diz a NWS, possuem ar frio em seu núcleo e se desenvolvem quando há uma separação de uma massa de ar quente da massa de ar frio. Isso faz com que a pressão no centro do distúrbio diminua levando a ponto das massas de ar iniciarem uma circulação ciclônica. 

O fenômeno pode se formar tanto em terra quanto no oceano, como foi o caso do ciclone extratropical no Sul do Brasil, e pode ter ventos tão fracos quanto uma depressão tropical (inferior a 62 km/h) ou tão fortes quanto um furacão (acima de 118 km/h). 

Onde um ciclone extratropical pode ocorrer?

Este sistema de tempestade é formado em latitudes médias ou altas (a partir de 30º), em regiões com grandes variações de temperatura, chamadas de zonas frontais, explica a Enciclopédia Britannica, uma plataforma do Reino Unido voltada para a educação. Já os ciclones ou furacões mais violentos dos trópicos se formam em regiões de temperaturas relativamente uniformes.

Sequências climáticas típicas podem ser observadas na formação de um ciclone extratropical, informa a Britannica. Por exemplo, nuvens que se tornam cada vez mais densas e mais baixas, seguidas de precipitação, que normalmente persiste até que o centro do ciclone passe.

A plataforma do Reino Unido também explica que a dissipação desse fenômeno só ocorre quando o ar frio varre todo o ar tropical quente do sistema, de modo que o ciclone inteiro seja composto pela massa de ar frio. 

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