Furacão, terremoto e avalanches: 3 em cada 10 latino-americanos já enfrentaram desastres naturais

Relatório recente das Nações Unidas mostra o impacto de calamidades ligadas à natureza ocorridas na região no século 21. ONU afirma que as pessoas mais vulneráveis são afetadas em maior número.
Foto de Andrea Bruce

Uma mulher olha para um edifício colonial desabado após o terremoto de magnitude 7,2 no Haiti em 2021, Jeremie, Haiti.

Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 11 de set. de 2023, 11:57 BRT

Mais de 190 milhões de pessoas na América Latina e no Caribe enfrentaram algum tipo de desastre natural desde o ano 2000 até hoje, como informa um relatório do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) e do Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (Undrr).

O documento, publicado na última quinta-feira, 7 de setembro, revela que somente no século 21, três em cada dez latino-americanos tiveram de enfrentar um furacão, um terremoto, uma seca, uma avalanche ou a atividade de um vulcão, entre outras calamidades comuns na região, que totalizaram mais de 1.500 no período analisado.

Quais são os efeitos dos desastres na região?

O estudo analisa o impacto social e econômico dos desastres naturais na América Latina, bem como as tendências históricas, a fim de exigir ações para mitigar riscos futuros. Especificamente, a agência observa que a exposição e a vulnerabilidade desempenham um papel importante diante desses fenômenos. 

"Eventos climáticos e sísmicos extremos estão ocorrendo em lugares onde a pobreza, a desigualdade, a insegurança alimentar, o deslocamento e a violência fazem parte da vida diária de milhões de pessoas", disse Shelley Cheatham, chefe regional do Ocha para a América Latina e o Caribe.

Ela acrescentou que o aumento dos riscos, aliado à contínua vulnerabilidade dessas pessoas, "significa que os desastres têm maior probabilidade de ocorrer e, portanto, mais vidas e meios de subsistência são colocados em risco, resultando em mais perdas humanas e materiais".

Que fatores pioram os desastres naturais?

As agências da ONU alertam que a alta densidade populacional, o crescimento urbano imprevisível, as mudanças climáticas, o deslocamento, a degradação ambiental e a exploração dos recursos naturais aumentam muito os riscos.

Nesse sentido, o relatório enfatiza que nem todos esses fenômenos resultam em desastres. Em vez disso, as vulnerabilidades afetam a capacidade de preparação e resposta, o que pode fazer com que eventos menos perigosos sejam tão destrutivos quanto eventos de grande escala.

Os efeitos dos desastres naturais podem ser evitados

Por outro lado, a Organização das Nações Unidas alerta que os furacões desta temporada já afetaram partes do Caribe. Esse cenário é agravado pelos efeitos do fenômeno El Niño, que pode ter um impacto destrutivo em comunidades vulneráveis no centro e no sul do continente.

Embora os fenômenos naturais nem sempre possam ser evitados, é possível evitar que as ameaças (como secas ou furacões) se transformem em desastres se medidas apropriadas, como alertas antecipados, forem implementadas, de acordo com a organização mundial. 

Por isso, a ONU pede que os setores público e privado façam investimentos que abordem os problemas de risco em suas raízes e gerem colaboração entre os diferentes setores econômicos, políticos e sociais.

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