Veja 8 fotos de impactos ambientais para se conscientizar no Dia da Terra

A influência humana é diretamente responsável pelo aquecimento do planeta. Veja alguns dos maiores impactos ambientais desencadeados pelo aquecimento global e mudanças climáticas.

Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 21 de abr. de 2023, 18:00 BRT
A fumaça do incêndio de Caldor sobe sobre as montanhas perto do Lago Caples.

A fumaça do incêndio de Caldor sobe sobre as montanhas perto do Lago Caples.

Foto de Lynsey Addario

EarthDay.Org (EDO), organizadora global do Dia da Terra e maior recrutadora de movimentos ambientais em todo o mundo, definiu o tema “Invista em Nosso Planeta”, como objetivo central da campanha de 2023. 

O tema é focado em engajar governos, instituições, empresas e bilhões de cidadãos que participam anualmente do Dia da Terra para fazer sua parte. Isso porque, segundo a EDO, a influência humana é inequivocamente responsável pelo aquecimento do planeta, e algumas formas de perturbação climática já estão afetando a vida de milhares de pessoas. 

“Em 2023 devemos nos unir em parceria pelo planeta. Empresas, governos e sociedade civil são igualmente responsáveis ​​por agir contra a crise climática e acender a faísca para acelerar a mudança rumo a um futuro verde, próspero e equitativo”, disse Kathleen Rogers, presidente da EDO, em comunicado divulgado pela organização. 

Para incentivar a conscientização sobre os impactos humanos no meio ambiente, a National Geographic separou 8 fotos que ilustram a crise climática e ambiental atual: 

1. Gases do efeito estufa 

Um moinho que produz óleo de palma bruto.

Foto de Maitre Pascal

Principal causa das mudanças climáticas, as emissões de gases de efeito estufa dobraram desde 1980, elevando as temperaturas médias globais em pelo menos 0,7º C, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). 

aquecimento global já está afetando espécies e ecossistemas em todo o mundo, particularmente os ecossistemas mais vulneráveis, como recifes de corais, montanhas e ecossistemas polares. Há indícios de que os aumentos de temperatura, induzidos pelas mudanças climáticas, podem ameaçar até uma em cada seis espécies em nível global.

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    Restos carbonizados de um esquilo queimado em um incêndio florestal.

    Foto de Robb Kendrick

    Segundo o Pnuma, a atividade humana está levando 1 milhão de espécies de plantas e animais à extinção. O maior fator de perda da biodiversidade é como as pessoas usam a Terra e o mar. Isso inclui desmatamentos e queimadas para a conversão de coberturas de terra, como florestas, pântanos e outros habitats naturais, para usos agrícolas e urbanos. 

    3. Desmatamento 

    Uma vista aérea do desmatamento em Campeche, Brasil.

    Foto de Nadia Shira Cohen

    Dados de 2022 do Pnuma mostram que nos últimos 30 anos, 420 milhões de hectares de florestas foram destruídos e convertidos para outros fins no mundo. A quantidade é equivalente a uma área maior que a Índia. 

    perda de cobertura vegetal nativa está diretamente ligada ao aumento do aquecimento globa,l e restaurar ecossistemas é crucial para o combate às mudanças climáticas.

    4. Poluição das águas

    Um peixe morto como isca encontrado no topo de uma mancha de óleo na Baía de Barataria, EUA.

    Foto de JOEL SARTORE

    A poluição, inclusive de produtos químicos e resíduos, é um dos principais impulsionadores de mudanças do ecossistema, com efeitos diretos e arrasadores nos habitats marinhos e de água doce, segundo diz o Pnuma. 

    5. Poluição plástica

    Lixo plástico no Córrego Estero de Binondo, na área de Chinatown, em Manila, Filipinas.

    Foto de Randy Olson

    Segundo o Pnuma, o plástico representa 85% dos resíduos que chegam aos oceanos. Até 2040, a agência da ONU estima que os volumes de plástico que fluem para o mar quase triplicarão, com uma quantidade anual entre 23 e 37 milhões de toneladas. Isto significa cerca de 50 kg de plástico por cada metro de costa em todo o mundo.

    Uma redução drástica do plástico desnecessário e evitável é crucial para enfrentar a crise global de poluição, de acordo com a análise do programa das Nações Unidas. 

    (Leia mais: Nações finalmente concordam em resolver a crise da poluição plástica)

    6. Eventos extremos e desastres naturais

    Caminhões e motos circulam por uma rodovia inundada em Demak, na Indonésia.

    Foto de Aji Styawan

    Consequências diretas das mudanças climáticas, desastres como inundações extremas, calor e seca afetaram milhões de pessoas e custaram bilhões de dólares nos últimos anos. 

    Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), esses fenômenos ressaltam a necessidade de se fazer muito mais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, além de fortalecer a adaptação às mudanças climáticas, por meio do acesso universal a alertas precoces.

    (Veja mais fotos de eventos climáticos extremos)

    7. Incêndios florestais

    Poucas árvores perto de uma fundição de níquel sobreviveram ao duplo golpe da chuva ácida e ao consequente incêndios florestais no que outrora foi uma floresta exuberante.

    Foto de Gerd Ludwig

    Um relatório do Pnuma de 2022 alerta que a mudança climática e a mudança no uso da terra (para pastos, agricultura e espaços urbanos) serão a causa de incêndios mais frequentes e intensos nos próximos anos. A organização estima um aumento global de incêndios extremos de 14% até 2030, 30% até o final de 2050 e 50% até o final do século.

    8. Branqueamento de corais

    Recife de coral branco sob um barco no início do evento El Niño 2015-2016.

    Foto de Danielle Claar

    O Pnuma também alerta que, caso não haja uma drástica redução na emissão de gases de efeito estufa, todos os recifes de corais do mundo podem sofrer branqueamento (fenômeno desencadeado pelo aumento da temperatura da água e que causa morte dos corais) até o fim do século. 

    Os recifes de corais são extremamente importantes para sustentar uma grande variedade de vida marinha. Entre outras funções dos corais, está a proteção de regiões costeiras de erosões provocadas por ondas e tempestades, redução de carbono e nitrogênio na atmosfera e reciclagem de nutrientes.

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