Nossas melhores fotos de animais de 2020
Abelhas clicadas enquanto sugavam água e chimpanzés à espreita em um vilarejo na Uganda estão nessa seleção de fotos impressionantes dos editores da National Geographic.

Uma zebra sedada é suspensa por um helicóptero em um rancho do Texas denominado Sexy Whitetails, próximo a San Angelo. A zebra é um dos cerca de um milhão de animais exóticos mantidos em propriedades rurais em todo o estado. A compra, venda e comercialização de animais são comuns entre propriedades. Muitos são oferecidos para caça por preços elevados.
Após as refeições dos clientes de Kayabuki Tavern, em Utsonomiya, no Japão, os macacos de estimação dos proprietários sobem em um palco improvisado nos fundos do restaurante e obedientemente põem uma coleção de máscaras de papel machê. Considerados mensageiros dos deuses, muitos macacos são adestrados atualmente para usar fantasias, dar cambalhotas e andar sobre pernas de pau para agradar ao público.
Ursos-pardos pescam salmão em McNeil Falls, no Alasca, lar de uma das maiores concentrações sazonais de ursos do planeta. Até 80 indivíduos foram avistados juntos nesse local. Os ursos são acostumados com pequenos grupos de turistas, que visitam o local para observá-los. Um projeto de mina na região ameaça o corredor de migração dos ursos.
Um enxame de gafanhotos pousa sobre acácias no norte do Quênia em abril. Os enxames podem chegar a 70 bilhões de insetos — o suficiente para cobrir 1,5 vez toda a cidade de Nova York — e podem destruir 136 milhões de quilos de plantações em um único dia.
Um leão-marinho-do-sul nada próximo à Ilha dos Estados, na parte argentina da Terra do Fogo. O projeto Pristine Seas, liderado pela National Geographic Society, tem como objetivo proteger um terço dos oceanos mundiais.
O Maine foi o pioneiro na remoção de barragens para restaurar as migrações de salmão. Agora, milhões de peixes, entre eles o da espécie Alosa pseudoharengu — um tipo de arenque fluvial com cerca de 25 centímetros de comprimento — voltaram a nadar rio acima para desovar em Highland Lake, perto de Portland, Maine.
Com línguas tubulares, as abelhas-europeias em Langen, Alemanha, sugam a água para transportá-la à colmeia. A água será transferida a outro grupo de abelhas, que ajudará a evaporá-la em um processo especial para resfriar a colmeia.
Um lençol iluminado nas montanhas Chiricahua, no Arizona, é coberto por grandes mariposas da espécie Hyles lineata e percevejos da espécie Chinavia hilaris. O ecólogo Lee Dyer, que monta armadilhas luminosas para monitorar populações de insetos, afirma que, em anos anteriores, essa armadilha capturava insetos muito mais raros e em quantidades bem maiores.
Galgos de corrida em um canil na Flórida. Embora geralmente dóceis e inofensivos, os cães costumam ser mantidos com focinheiras quando juntos devido a sua pele delicada e porque podem se tornar competitivos em razão do treinamento para perseguir a mesma isca. Os moradores da Flórida votaram em 2018 pela proibição das apostas em corridas de galgos até o fim de 2020, encerrando efetivamente a atividade. Os críticos do esporte afirmam que as corridas de cães são cruéis e desumanas, porém aqueles que atuam no setor lamentam a perda do que alegam ser uma instituição cultural.
No entorno de alguns vilarejos no oeste de Uganda, pequenos grupos de chimpanzés ficaram relegados a espaços isolados e frações remanescentes de floresta. Privados de sua alimentação natural, os chimpanzés invadem plantações e pomares, em uma competição desesperada com as pessoas por seu sustento, território e sobrevivência. Em julho de 2014, um grande chimpanzé agarrou e matou um bebê do lado de fora de sua casa, mostrada na imagem, no vilarejo de Kyamajaka. Com o tempo, os chimpanzés voltaram a se aproximar ameaçadoramente da casa, representando uma ameaça às outras crianças.
Merel Doest se encolhe após Dollie, um pombo, pousar em sua varanda nos Países Baixos. Jasper, pai de Merel, começou a fotografar Dollie e seu companheiro Ollie durante a quarentena em março. Os pombos logo ficaram ousados o suficiente para começar a explorar o apartamento da família — empoleirando-se em pratos e no sofá da sala.
Bob, um flamingo, dá um mergulho noturno na piscina de água salgada atrás da casa de sua protetora Odette Doest, em Curaçao. Após colidir com a janela de um hotel em 2016, ele sofreu uma concussão e feriu a asa esquerda, o que o deixou impossibilitado de retornar à natureza. Ele está entre os cerca de 90 animais mantidos no santuário de Doest e se tornou símbolo de preservação — Doest o leva em visitas a escolas para conscientizar as crianças sobre a importância da proteção de animais silvestres.
Todos os anos no mês de maio, vaga-lumes conhecidos por “piscarem em sincronia” iluminam as planícies do Parque Nacional de Congaree, na Carolina do Sul, criando um espetáculo pulsante com piscadas rápidas coordenadas. David Shelley, biólogo do parque, considera que as criaturas são uma “microfauna carismática” e servem como lembrete da importância dos insetos.
Um órix-da-arábia sedado em um reboque no Rancho 777, no Texas, aguarda transporte a outra instalação. Extintos na natureza, esses antílopes são criados, comprados e vendidos em muitas propriedades rurais no Texas. Michael Rann, sobrinho do dono da propriedade, cuida de seis mil animais no rancho. Embora Rann admita que as taxas pagas pela caça sejam a principal fonte de renda do rancho, ele lamenta a perda dos animais para a caça. “Gostaria que os animais que crio não fossem caçados”, afirma. “Mas não há nada que eu possa fazer. Sei no que estou envolvido.”
Um gavião-real oferece um tatu que acabou de caçar para alimentar seu filhote faminto na Amazônia. Desde o início do século 19, sua ocorrência na América Central e do Sul diminuiu em mais de 40%. Os cientistas estão monitorando esse ninho e outros como parte de uma iniciativa para proteger os gaviões-reais nas regiões mais vulneráveis ao desmatamento.
Em uma folha na Estação de Pesquisa La Selva, na Costa Rica, pupas de vespas-parasitas, o estágio entre a larva e a forma adulta, aglomeram-se na lagarta agonizante que lhes serve de alimento — e cuja população é controlada pelas vespas. “O declínio das vespas-parasitas é catastrófico a qualquer ecossistema terrestre”, afirma o ecólogo Lee Dyer. O local perdeu muitas espécies de ambos os tipos de organismos.
Antes de partir para caçar no mar por dois meses, uma fêmea de pinguim-imperador ajuda o companheiro a colocar o ovo em seus pés. A delicada manobra deve ser rápida ou o ovo poderá congelar. Essas aves, incapazes de voar, dependem das plataformas de gelo marinho da Antártida para encontrar companheiros, se reproduzir e criar os filhotes. Contudo, com o aumento das temperaturas globais, as plataformas estão desaparecendo.
Uma armadilha fotográfica captura um velho leopardo das neves em uma montanha com vista para o vale de Spiti, no Himalaia. O fotógrafo Prasenjeet Yadav observou este felino por dois anos antes de sua morte em março, quando perseguia um íbex em um penhasco.
Um pinguim-de-magalhães parece não se incomodar com a passagem de um bando de guanacos na reserva de Punta Tombo, na costa atlântica da Argentina. O grupo de Conservação Tompkins, de propriedade de um casal abastado, tenta comprar milhares de hectares de terra no Chile e na Argentina e doá-los para a criação de novos parques.
Um bisão levanta poeira na Reserva da Fundação American Prairie, um projeto de conservação que tem como objetivo criar uma imensa reserva de proteção na região central de Montana. Os bisões quase foram extintos no fim do século 19. Sua reintrodução é parte crítica — e polêmica — do plano da reserva para recompor uma grande área de planícies do norte, com a retirada do gado, recuperação da vegetação nativa e reintrodução de animais silvestres extintos na região.
Movimentando a língua, uma víbora-das-árvores fareja os arredores. Serpentes peçonhentas matam cerca de 30 mil pessoas na África Subsaariana a cada ano, mas muitas mortes não são registradas. O número real pode ser o dobro disso.
Em uma criação de avestruzes na Alemanha, um filhote se abriga entre as enormes patas da mãe. No século 18, penas de avestruzes ficaram tão populares na Europa que a caça predatória provocou um declínio das aves em grande parte de sua área de distribuição. Domesticadas na África do Sul na década de 1860, agora são criadas em todo o mundo para exploração de suas penas, carne e couro.
Um chimpanzé de laboratório aposentado pega guloseimas em potes empilhados presos ao lado de fora de uma jaula no Projeto Chimps, um dos maiores e mais novos santuários de chimpanzés nos Estados Unidos. O santuário da Geórgia acolheu 80 chimpanzés desde sua inauguração em 2014, porém mais de 20 ex-funcionários e ex-voluntários contaram à National Geographic que o Projeto Chimps é assolado por problemas.
Um xaréu-gigante jovem e uma água-viva interagem nas profundezas do mar na costa das Filipinas. Os fotógrafos David Doubilet e Jennifer Hayes fotografaram essa cena ao mergulhar em águas escuras — um mergulho no fundo do mar à noite. Doubilet e Hayes fazem uma analogia entre nadar no mar à noite e flutuar no espaço. “A única maneira de identificar qual é o lado de cima é observando a direção das bolhas”, conta Doubilet.
Dezenas de raposas-voadoras-de-cabeça-cinza ofegantes e sufocadas se aglomeram na tentativa de suportar o calor de mais de 43 graus Celsius no Parque Yarra Bend, nos arredores de Melbourne, no fim de dezembro de 2019. Cerca de 4,5 mil raposas, incluindo muitas das observadas na imagem, morreram no parque no decorrer de três dias.
Um cavalo de carruagem, um dos cerca de 200 da cidade de Nova York, aguarda no estábulo da empresa Clinton Park Stables, em Manhattan, com seu dono, Ariel Fintzi. A atividade histórica está há muito tempo no centro de um intenso debate que questiona se passeios em carruagens pelas cidades são prejudiciais aos cavalos.
