No Alto Rio Negro, indígenas aliam produção de alimentos e conservação
O Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro, um patrimônio cultural brasileiro desde 2010, é um conjunto de símbolos, ritos e técnicas aplicado por indígenas de 23 povos.

As Serras Guerreiras de Tapuruquara estão situadas próximo à comunidade Cartucho, no município de Santa Isabel do Rio Negro.
Já com as manivas descascadas e lavadas, as mulheres usam os aturás para transportar as manivas para a casa de forno, onde serão destinadas a uma série de preparos, como farinha, beiju, tapioca,, curadá, caxiri, tucupi, mingau, entre outros. Confira reportagem completa.
Seu Jaime, pescador da etnia Baniwa, aproveita as primeiras luzes do dia para revisar as armadilhas de pesca espalhadas em estreitos igarapés do rio Uaupés.
Pimentas de diversas variedades recentemente colhidas na roça da Dona Ducila, na comunidade Boa Vista, em São Gabriel da Cachoeira.
Cristina da Silva, 49 anos, do povo Baniwa, carrega seu pesado aturá, com aproximadamente 30 quilos de maniva.
Rosivaldo Miranda, do povo Piratapuya, é um dos cerca de 50 agentes indígenas de manejo ambiental que atuam na bacia do Rio Negro. O projeto é uma parceria entre o Instituto Socioambiental e a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro.
Roça queimada na comunidade Itacoatiara Mirim, no município de São Gabriel da Cachoeira. Aproximadamente uma semana após a queima da roça, acontece o plantio das manivas. O plantio não pode demorar muito a acontecer, para evitar que o mato cresça e dispute os nutrientes do solo com as manivas plantadas.
Seu Paulo Alves Miranda, 61, agricultor e pescador do povo Piratapuya, vira os peixes que estão moqueando na estrutura de madeira. Nesse tipo de preparo, o peixe é cozido e defumado aos poucos com o calor e a fumaça da fogueira.
Na calha do Uaupés, um dos afluentes do Rio Negro, se concentram os povos indígenas da família linguística Tukano Oriental.
Dona Mercedes Gregório, 74, do povo Baniwa, descasca maniva na cozinha do Sítio São Bernardino, nas proximidades de São Gabriel da Cachoeira.
Cristina da Silva, Vanessa Hermínia e Elvi Hermínia Luiz, todas do povo Baniwa, preparam as manivas recém-colhidas e carregam os aturás – o tradicional cesto indígena.
Dona Ducila Oliveira Álvares, do povo Baniwa, colhe pimentas em sua linda roça. Em poucos minutos, ela já tinha colhido oito variedades diferentes de pimenta.
Dona Maria Célia, do povo Baré, prepara farinha de mandioca na cozinha do Sítio São Lázaro, localizado na comunidade Paraná, no município de Santa Isabel do Rio Negro.
Após a colheita, as mulheres Baniwas levam as manivas para a beira do igarapé Cachoeirinha, onde serão descascadas e lavadas na água corrente.
Barco corta as águas do rio Uaupés, depois de mais um dia de pesca.
