Por que é importante vacinar as crianças?

As vacinas evitam a propagação de diversas doenças. Entretanto, dados oficiais indicam que as taxas de imunização vêm sofrendo quedas, no mundo todo, nos últimos anos.

Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 18 de out. de 2022, 13:46 BRT
Um membro da equipe da Clay County High School recebe uma dose de vacina Covid-19 no ...

Um membro da equipe da Clay County High School recebe uma dose de vacina Covid-19 no ginásio da escola em Clay County, West Virginia, EUA.

Foto de Monique Jaques

A cobertura global de vacinação infantil diminuiu em 2021. Só neste ano, 25 milhões de crianças não foram imunizadas. Esta é a maior queda ininterrupta em 30 anos, segundo um comunicado elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef, na sigla em inglês), publicado em julho de 2022.

Segundo o documento, alguns dos fatores que explicam esse declínio são o aumento do número de crianças que vivem em situação de vulnerabilidade e conflito, onde o acesso à vacinação é limitado; o aumento da desinformação; e questões relacionadas à Covid-19, como interrupções nos serviços de saúde e nas cadeias de suprimentos.

Nesse sentido, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), alertou que “as repercussões dessas interrupções nos serviços de imunização serão sentidas por décadas”.

Por que é importante vacinar as crianças?

“É importante manter um bom nível de vacinação, pois é a única maneira de bloquear a propagação de um vírus, bactéria ou germe que pode causar doenças”, diz Nelson Douglas Ejzenbaum, pediatra e membro da Academia Americana de Pediatria (AAP).

Segundo estimativas da OMS, as vacinas infantis salvam a vida de 4 milhões de crianças a cada ano. “Os dois principais motivos para se vacinar são proteger a nós mesmos e aos que nos rodeiam”, diz a organização. Isso porque a imunização evita o contágio de doenças evitáveis. 

Quais doenças podem retornar por falta de vacinação?

Segundo Ejzenbaum, qualquer doença pode ressurgir por falta de vacinação. Como exemplo, ele menciona o sarampo.

Dados da OMS mostram que, entre janeiro e fevereiro de 2022, foram notificados mais de 17 mil casos dessa doença em todo o mundo, ante 9.665 nos dois primeiros meses do ano anterior.

A entidade mundial alerta que este cenário revela que “há um risco maior de aumentar a propagação de doenças que podem ser prevenidas pela vacinação, o que poderia desencadear um aumento de surtos epidêmicos”.

“Nos últimos 12 meses, ocorreram surtos evitáveis ​​de sarampo e poliomielite devido a níveis de cobertura inadequados, destacando a importância vital da vacinação para preservar a saúde de crianças, adolescentes, adultos e sociedades em geral”, insiste o comunicado divulgado em julho passado.

Quais são as vacinas mais importantes para as crianças?

O calendário de vacinação para crianças pode variar entre os países, explica o pediatra da AAP. 

Ele comenta ainda que entre as mais difundidas estão as vacinas contra difteria, tétano, coqueluche, poliomielite, hemofilia, sarampo, caxumba, rubéola, hepatite B e catapora.

Além disso, o Unicef ​​menciona vacinas contra tuberculose, doenças pneumocócicas (como meningite, pneumonia ou infecções de ouvido), rotavírus e a vacina contra o papilomavírus humano (HPV).

Para conhecer detalhadamente o calendário de vacinação de cada país, recomenda-se entrar em contato com seu médico, centro de saúde ou Ministério da Saúde de referência.

O órgão internacional também destaca que as vacinas são seguras e passam por rigorosos testes de segurança (como ensaios clínicos) antes de serem aprovadas para uso público.

Por que a vacinação em massa é importante?

Para Ejzenbaum, a vacinação em massa é essencial para evitar a propagação do vírus.

“Se um número suficiente de pessoas em uma comunidade for imunizado contra uma determinada doença, a chamada imunidade do rebanho pode ser alcançada. Quando isso acontece, as doenças não podem se espalhar facilmente de pessoa para pessoa porque a maioria delas está imune”, indica o Unicef. 

Esse cenário, de acordo com o pediatra, fornece uma camada de proteção contra a doença mesmo para aqueles que não podem ser vacinados, como pessoas imunossuprimidas, ou seja, cujo sistema imunológico é debilitado por algum fator de saúde. 

Além disso, a ampla imunização ajuda a prevenir surtos de doenças, fazendo com que se tornem menos comuns e às vezes desapareçam completamente.

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