Covid-19: qual é a nova cepa que gera aumento de casos no Brasil

Nova variante BQ.1, uma sublinhagem da Ômicron, deve se tornar a cepa dominante no Brasil a partir de dezembro.

Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 29 de nov. de 2022, 15:47 BRT

Comerciante vende máscaras de pano em Brasília (DF). Circulação de nova cepa de Covid-19 faz aumentar números de casos e hospitalizações no Brasil.

Foto de Marcelo Camargo Agência Brasil

Os casos de covid-19 vem crescendo no Brasil nas últimas semanas, aumentando o alerta para uma nova onda da doença  e tendo como foco a variante BQ.1. No domingo (27), o país registrou 5.667 novos casos e 15 mortes, de acordo com dados das Secretarias de Saúde estaduais reunidos pelo Consórcio de veículos de imprensa. 

A média móvel de casos, também segundo o levantamento do Consórcio, está em 22 mil casos, uma alta de 131% em relação às primeiras semanas de novembro de 2022. Além disso, o Brasil alcançou uma média móvel de 80 mortes. Os índices, que avaliam a média dos últimos sete dias, permitem o dimensionamento do cenário epidemiológico, que é um dos maiores registrados desde agosto.

O aumento, segundo levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), começou a ser notado no início de novembro. Esta alta, também segundo a fundação, está ligada à circulação de uma nova variante do Sars-Cov-2 (vírus causador da Covid), chamada de BQ,1, que deve se tornar predominante nos próximos meses. 

BQ.1: da onde vem e quão preocupante é a nova variante

A BQ.1 está sendo relacionada com o aumento de casos tanto no Brasil, quanto em outras partes do mundo, principalmente nos Estados Unidos e Europa. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), essa variante já foi detectada em 65 países. 

Segundo a organização, a cepa é uma das mais de 300 sublinhagens da Ômicron, variando especificamente da BA.5, relacionada com o pico da doença observado em junho de 2022 no Brasil. 

De acordo com o Grupo Consultivo Técnico sobre Evolução do Vírus SARS-CoV-2 da OMS, a BQ.1 carrega mutações em pontos importantes do vírus, como a proteína Spike, que podem contribuir para o aumento da transmissibilidade e na capacidade de infecção pelo coronavírus. 

Apesar de não haver dados sugerindo que a variante aumente a gravidade da doença, a OMS estima que essas mutações adicionais tenham conferido uma vantagem de escape imunológico sobre outras sub-linhagens circulantes da Ômicron. Isso, portanto, configura um maior risco de reinfecção. 

No Brasil, ela começou a ser detectada em outubro deste ano, com o primeiro caso registrado no estado do Amazonas, divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado. A primeira morte relacionada com essa variante ocorreu em São Paulo, em 9 de novembro. A vítima foi uma mulher de 72 anos com comorbidades, segundo a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

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