Caminhar pelo quarteirão é bom para saúde – e por um motivo surpreendente
Um homem caminha entre prédios em Baisha, Lijiang, na China. Caminhar pelo quarteirão pode ajudar principalmente a melhorar a saúde mental.
Já está mais do que comprovado que o simples ato de caminhar diariamente faz muito bem à saúde e é um antídoto para o sedentarismo a quase todas as pessoas, independentemente da idade e da quantidade de exercícios físicos que faz semanalmente.
Segundo a revista científica British Journal of Sports Medicine, a prática de caminhar de 9 a 10 mil passos diários reduz o risco de morte em mais de 1/3. Também diminui o risco de doenças cardiovasculares em pelo menos 20%, como reforça um artigo de National Geographic sobre o tema, intitulado “A sua caminhada diária precisa ter 10 mil passos? Veja o que a ciência diz”. “Mesmo aumentos menores no número diário de passos mostraram benefício à saúde”, informam os pesquisadores após um estudo da realizado com mais de 72 mil pessoas.
Já de acordo com o American Council of Exercise (organização global sem fins lucrativos que trabalha para melhorar os níveis de atividade física) mesmo o ato de caminhar em volta do quarteirão, no próprio bairro, já beneficia o corpo – e faz dessa atividade a mais acessível para cuidar da saúde.
A seguir, confira o que diz a entidade médica sobre praticar esse exercício bem perto de casa, caminhando pelo quarteirão.
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Os benefícios de fazer uma caminhada no quarteirão
“De baixo risco e fácil de começar, a caminhada deve ser incentivada por causa de seus vários benefícios à saúde, que incluem redução da pressão arterial e melhora da saúde mental”, reforça a ACE sobre o tema.
A entidade explica que a caminhada pelo bairro também ajuda a conectar as pessoas com seus vizinhos e a própria comunidade. “Só nos Estados Unidos, mais de um quinto dos adultos diz que frequentemente ou sempre se sente solitário ou isolado dos outros. Ao incentivar as pessoas a caminharem em suas vizinhanças, elas encontram mais oportunidades de se envolverem com os membros de suas comunidades, obtendo assim benefícios sociais e de saúde”, informa a ACE.
Ainda segundo dados do órgão norte-americano, pesquisas apontam para a importância de “bairros que podem ser percorridos a pé” e da “caminhada como um meio de restaurar as conexões sociais”.
Em tempos nos quais diversos serviços de saúde mundo afora indicam que há uma “epidemia de solidão” entre as pessoas adultas, a ACE defende que a caminhada pelo quarteirão acompanhado de um vizinho ou membro da comunidade traz vantagens adicionais semelhantes às de um “amigo do fitness”, ou seja, o famoso “colega de academia”. “Ambos proporcionam um benefício social, bem como um fator de responsabilidade, o que aumenta a probabilidade de que a atividade física seja mantida e continuada”.