As 6 múmias mais famosas do mundo

Pirâmides do Oriente Médio, tumbas da dinastia chinesa e rituais indígenas conservam corpos em condições extraordinárias. Descubra as 6 das mumificações mais famosas da História arcaica.

A máscara funerária do rei Tutancâmon com a mão enluvada de um saqueador. Cairo, Egito.

Foto de JAVIER JAEN
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 7 de dez. de 2022, 15:30 BRT

A mumificação é um processo pelo qual cadáveres são dissecados de forma natural ou artificial e, com o passar do tempo, interrompem o processo de decomposição do corpo. O ritual, assim definido pela Real Academia Espanhola, foi visto em diferentes culturas do mundo antigo. 

Diante da curiosidade que este tema desperta, conheça as múmias mais populares, segundo especialistas na área, tanto por seu estado de conservação como pela História que guardaram ao longo dos séculos.

1. Rei Ramsés 2º

Segundo a revista antropológica norte-americana Archeology, os Templos de Abu Simbel são a maior obra construída que foi realizada pelo rei Ramsés 2º com a força de trabalho de mais de 10 mil homens. Os restos mumificados de Ramsés "O Grande" foram encontrados em 1886, dentro dos conventos de Deir el-Bahari, no Alto Egito.

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2. Rainha Nefertiti

Seu nome significa "a bela chegou" e alguns acreditam que ela foi a mãe de Tutancâmon, segundo a revista Archaeology. Nefertiti é conhecida pelo famoso busto esculpido e pintado em 1345 a.C., que foi encontrado no estúdio de Tuthmosis, seu escultor, em 1912. Ela é a rainha mais conhecida do Antigo Egito.

Quanto ao paradeiro dos restos mortais de Nefertiti, as respostas são incertas. Em 2003, o egiptólogo Joann Fletcher estudou os restos de uma múmia encontrada em 1898, dentro das tumbas do faraó Amenófis 2º, no Vale dos Reis, Luxor, no Egito. Fletcher defendeu sua teoria com base em uma peruca encontrada perto da tumba, conhecida como "núbia", usada pelas mulheres da época.

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    O busto de Nefertiti, encontrado em Tell el Amarna, Cairo, Egito.

    Foto de VICTOR R. BOSWELL JR

    No entanto, a revista Archaeology aponta que poucos egiptólogos endossaram a descoberta. Zahi Hawass, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito (CSA), classificou a ideia como "pura ficção".

    Em outubro de 2022, Hawass anunciou em uma conferência em Luxor que os restos mortais de Nefertiti poderiam ser encontrados em duas tumbas do Vale dos Reis, já que seus DNAs ainda estavam sendo estudados para confirmar a descoberta.

    3. Tutancâmon

    Descoberta em 1922 no Vale dos Reis, Egito, a múmia também conhecida como O Rei Tut foi o último faraó de uma longa dinastia do Antigo Egito que governou por 10 anos no final do século 14 a.C., quando ele tinha apenas 20 anos. Para a Archaeology, pela idade, ele já era considerado um adulto segundo os padrões da época. Tutancâmon pode ter liderado campanhas militares contra sírios e núbios antes de morrer.

    Uma pintura de parede do rei Tut de KV62. Vale dos Reis, Egito.

    Foto de WINDFALL FILMS LTD

    Os objetos de alto valor encontrados no sarcófago indicam a veneração que a corte egípcia tinha pelo rei e é o que torna a múmia uma descoberta popular em todo o mundo. No dia 4 de novembro de 2022, aconteceu o 100º aniversário de sua descoberta.

    A Lady Dai, também conhecida como Xin Zhui, viveu por volta de 100 a.C. e é popularmente conhecida como a múmia mais bem conservada do mundo. Descoberta em 1972 na província de Hunan, na China, foi encontrada dentro de uma câmara mortuária lacrada que, até o momento da descoberta, estava intacta.

    A múmia, explica a Archaeology, estava sepultada sob quatro caixões amadeirados, em uma solução contendo sais de mercúrio. O corpo estava tão bem preservado que pôde ser submetido a um exame médico, ginecológico e a uma autópsia.

    5. Múmias de Tarim

    Escavadas nas cavernas de Tarim, oeste da China, entre março e abril de 1995, as múmias de Tarim são um grupo de pessoas preservadas a seco que datam de 1800 a.C.. Segundo a revista antropológica americana Archaeology, esses corpos ganharam relevância na imprensa e na arqueologia por dois motivos:

    • As múmias estavam vestidas com roupas da região da Caxemira e sarja de lã. Graças à confecção de suas roupas, os profissionais indagaram sobre o uso de teares e ferramentas fornecidas pelos colonos euroasiáticos.
    • Por conta da descoberta sobre essas roupas de aparência europeia, os arqueólogos puderam expandir suas hipóteses sobre “os idiomas, as identidades, a migração, as tecnologias e as características físicas” das múmias que, mais tarde, seriam reconhecidas como asiático-orientais.

    (Conteúdo relacionado: Conheça estas remotas ruínas incas que rivalizam com Machu Picchu)

    6. As múmias de Llullaillaco

    Entre maio e junho de 1999, três corpos foram encontrados no topo do vulcão andino Llullaillaco, a uma altitude de 6700 quilômetros. Localizado no noroeste da Argentina, na província de Salta, duas meninas incas e um menino com idades entre 8 e 15 anos foram sacrificados em oferenda aos deuses há aproximadamente 500 anos.

    A preservação de seus corpos, explicaram os arqueólogos Johan Reinhard e Constanza Ceruti, foi possível devido ao ar frio e seco da região, somado às camadas de tecido que cobriam os corpos, que morreram em decorrência das condições a que foram expostos.

    A descoberta popular, uma vez estudada, mostrou que os corpos ainda conservavam "órgãos intactos com sangue ainda presente no coração e nos pulmões".

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